Estudo de uma intervencao grupal para familiares de individuos com diagnostico de esquizofrenia
Data
1998
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Com o surgimento da teoria do duplo-vinculo, a familia do individuo com diagnostico de esquizofrenia passou a ser vista como um fator causal desta. Nos anos setenta, com o trabalho de Brown sobre as emocoes expressas, a famflia passou a ser vista como um fator de grande influencia na evolucao clinica do quadro, nao como causadora. A partir deste ponto, surgiram estudos controles comparando, entre outros indices, as taxas de recaidas de grupos que passavam por uma intervencao familiar. Essas intervencoes tem a finalidade de proporcionar a este individuo um ambiente familiar com niveis menores de emocoes expressas, menor tensao, reducao no tempo de contato com familiares considerados com altas emocoes expressas, ensinando aos familiares como resolver os conflitos do ambiente, a mudanca do sistema de crencas sobre a esquizofrenia e a inclusao dos familiares como aliados no tratamento. Neste trabalho, estudamos o alcance de uma intervencao semanal grupal para familiares de individuos com diagnostico de esquizofrenia, segundo criterios do DSM-IV, acompanhados no programa de atendimento a esquizofrenia (PROESQ) da Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina. Foram selecionadas e analisadas quanto a dinamica grupal, oito sessoes do grupo, cobrindo um periodo de um ano de seguimento. As analises forma realizadas sob uma otica psicanalitica, em especial a teoria de Bion e Melanie Klein, para a analise de fenomenos grupais e individuais, respectivamente. O grupo apresentou em sua evolucao um maior contato com a realidade e as limitacoes de seu parente em tratamento, com diminuicao na frequencia e intensidade de idealizacoes em torno dos poderes de cura dos terapeutas, adequando suas expectativas em relacao ao parente as suas reais possibilidades. Dentre os temas abordados pelo grupo com maior frequencia, encontram-se crises, agressividade, cronicidade, cuidados e limites para o parente em tratamento, culpa, etiologia da esquizofrenia, estigma do individuo com transtorno esquizofrenico, solidao e desamparo. Dentre os motivos de adesao dos familiares que participaram deste grupo, observamos o fato de encontrarem um espaco continente as suas angustias, em que identificavam-se com outros membros do grupo, com a possibilidade de resolucao de conffitos atraves de suas projecoes nos terapeutas e outros membros do grupo e a troca de experencias entre os familiares. A partir desta experiencia,...(au)
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Citação
São Paulo: [s.n.], 1998. 294 p.