Características do tecido ósseo e cartilagíneo do fêmur de um modelo experimental para Distrofia Muscular de Duchenne

Data
2019-07-08
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Duchenne muscular dystrophy (DMD) is induced by genetic mutation in the protein dystrophy. Patients suffering DMD have muscle weakness, loss of mobility and, greater bone resorption, reduced bone mass and greater susceptibility to fracture. The experimental MDX murine model, as in dystrophic humans, has a genetic mutation that causes the lack of dystrophin. However, unlike dystrophic humans, these animals have muscle regeneration and non-progressive disease phenotype. Thus, the study aims to evaluate bone and cartilage from femur of murine models DMD, C57BL/10-dmdmdx (MDX group, n=3), and their respective controls (Control group, n=3). Both animal groups were euthanized at 16 weeks-old. After that, the proximal epiphysis was separated and processed through histological techniques for obtaining some tissue that were subsequently submitted to staining HE and Sirius red staining for structural, cellular analysis such as, collagen and immunohistochemistry for RUNX-2/RANK-L; MMP-2 e MMP-9; Caspase-3 and KI-67. Statistical analyzes were performed by the unpaired Student t test. The results showed that both articular cartilage and bone tissue underwent severe morphological changes due to muscular dystrophy. In addition, histopathology analysis showed a predominance of type I collagen fibers, with the pantographic mesh compacted in the articular cartilage from dystrophic animals. In the immunohistochemical analyzes, the MDX group showed expression for all proteins used in this study, particularly in the regions of subchondral bone, medulla and diaphysis. These results indicate that the changes present in bone and cartilage tissue are not exclusively related to muscle weakness, but also due to action of the osteogenic regulation proteins and remodeling bone process.
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é causada por uma mutação genética da proteína distrofina. Pacientes com DMD apresentam enfraquecimento muscular, perda da mobilidade e, em consequência disso, maior reabsorção óssea, massa óssea reduzida e maior susceptibilidade à fratura. O modelo experimental de camundongo MDX, assim como em seres humanos distróficos, possui mutação genética que causa a falta de distrofina. No entanto, ao contrário do que ocorre em seres humanos distróficos, esses animais apresentam regeneração muscular e fenótipo não progressivo da doença. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar as características ósseas e cartilagíneas do fêmur do modelo experimental para DMD. Foram utilizados camundongos C57BL/10-dmdmdx (grupo MDX, n=3), e seus respectivos controles, camundongos C57BL/10 (grupo controle, n=3), com 16 semanas de vida. Após eutanásia, a epífise proximal direita foi separada e processada através de técnicas histológicas para coloração de HE e Picro-Sírius, bem como imunoistoquímica para metaloproteinases de matriz (MMP-2 e MMP-9), dos fatores de regulação osteogênica (RUNX-2 e RANK-L), Caspase-3 e proliferação celular (KI-67). A análise estatística foi realizada pelo teste t de Student não pareado. Os resultados mostraram que tanto a cartilagem articular, quanto o tecido ósseo demonstraram alterações morfológicas em decorrência da distrofia muscular. Além disso, a histopatologia revelou predominância de fibras colágenas tipo I, com a malha pantográfica compactada na cartilagem articular dos animais distroficos. Na análise imunoistoquímica, o grupo MDX apresentou expressão de todos os marcadores utilizados nesse estudo, precisamente nas regiões de osso subcondral, medula e diáfise. Esses resultados indicam que as alterações presentes no tecido ósseo e cartilagíneo na DMD não estão exclusivamente ligadas à fraqueza muscular, mas também em decorrência da ação das proteínas de regulação osteogênica e remodelação óssea.
Descrição
Citação
SANTOS, José Fontes dos. Características do tecido ósseo e cartilagíneo do fêmur de um modelo experimental para Distrofia Muscular de Duchenne. 2019. 72f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2019.