Avaliacao da atividade da enzima conversora de angiotensina I (EC 1.4.15.1) tissular e quantificacao de peptideos vasoativos em ratos com diferentes fenotipos de atividade de ECA plasmatica

Data
2011
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Trabalhos anteriores de nosso laboratorio identificaram dois fenotipos de atividade da enzima conversora de angiotensina I (ECA) plasmatica em ratos femeas Wistar, possibilitando a classificacao destes animais de acordo com esta atividade em ratos com atividade de ECA alta (ECAa u 45,1 ± 7,4 nm/mL/min) e com atividade de ECA baixa (ECAb u 34,5 ± 6,8 nm/mL/min). Alem disso, foi demonstrada a hereditariedade destes fenotipos e diferencas de sensibilidade a drogas anti-hipertensivas. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi investigar uma possivel relacao entre os fenotipos de ECA plasmatica (ECAa e ECAb) com os niveis sanguineos e tissulares de peptideos (Angiotensina I u Ang I, Angiotensina II u Ang II e Bradicinina - BK) e com a atividade da ECA tissular em orgaos como coracao, rim e pulmao. A atividade da renina plasmatica nos animais ECAa e ECAb e um possivel dimorfismo sexual entre os componentes do SRA tambem foram investigados neste trabalho. Metodos: Foram utilizados ratos Wistar adultos, normotensos, machos (380 - 400 g) e femeas (260 u 300 g) com 14 meses de idade, provenientes do bioterio do INFAR da UNIFESP/EPM. A atividade da ECA plasmatica e tissular foi medida pelo metodo de fluorescencia apagada. Os peptideos foram extraidos dos tecidos (coracao e rim) e do sangue com solvente organico (acetonitrila p.a) e dosados por HPLC. Resultados: O peso corporal e o peso dos orgaos (coracao, pulmao e rim) nao foram influenciados pelos fenotipos ECAa e ECAb tanto em machos como em femeas. A atividade da ECA tissular acompanhou o mesmo fenotipo de atividade da ECA plasmatica. A concentracao plasmatica, cardiaca e renal dos peptideos (BK, Ang I e Ang II) nao foi diferente entre os grupos ECAa e ECAb. Os fenotipos de atividade da ECA plasmatica e tissular nao foram influenciados pelo genero, diferente das concentracoes de peptideos medidos na circulacao e nos tecidos. Em sangue de machos a concentracao de Ang II foi duas vezes maior e a de BK duas vezes menor, comparativamente as das femeas (Ang II: ECAa 0,150 ± 0,069 e ECAb 0,108 ± 0,09 mg/mL; BK: ECAa 3,043 ± 1,094 e ECAb 3,179 ± 1,211 mg/mL). No coracao de machos esta relacao foi mantida, com a concentracao de Ang II sendo quatro vezes maior e a de BK quatro vezes menor que a das femeas (Ang II: ECAa 0,189 ± 0,091 e ECAb 0,143 ± 0,043 mg/g; BK: ECAa 0,432 ± 0,077 e ECAb 0,402 ± 0,032 mg/g). No rim apenas a Ang II foi influenciada pelo genero, sendo duas vezes maior nos machos (Femeas Ang II: ECAa 0,246 ± 0,082 e ECAb 0,172 ± 0,055 mg/g). A concentracao de Ang I e a atividade da renina plasmatica nao foram afetadas nem pelo genero nem pelos fenotipos enzimaticos em questao. Conclusao: Os resultados expostos acima indicam que a atividade das ECAs plasmatica e tissular estariam sob controle genetico semelhante uma vez que as diferencas do fenotipo enzimatico plasmatico foram mantidas nos tecidos. Os niveis sanguineos e tissulares de BK e Ang II nao foram influenciados pelo fenotipo enzimatico indicando que as alteracoes na atividade da ECA poderiam estar sendo compensadas por vias alternativas do SRA. O genero mostrou-se capaz de influenciar a concentracao sanguinea e tissular de BK e Ang II; o mecanismo por tras desta modulacao permanece desconhecido, uma vez que a atividade das principais enzimas do SRA, a renina e a ECA, nao se mostraram influenciadas pelo genero. Entretanto, deve-se levar em consideracao a possibilidade de modulacao dos componentes das vias alternativas do SRA tambem pelo genero do animal
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2011. 101 p.