Complicações de ferida operatória em receptores de transplante renal recebendo everolimo
Data
2016-09-30
Autores
Ueno, Priscilla Sayuri 
Orientadores
Pestana, Jose Osmar Medina de Abreu
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Background: De novo use of mammalian target of rapamycin inhibitors after kidney transplantation is associated with a concentration-dependent incidence of wound healing adverse events (WHAE). The objective of this analysis was to compare the incidence of WHAE in patients receiving everolimus (EVR) or mycophenolate sodium (MPS). Methods: This was a predefined sub-analysis of a single center prospective randomized study in which 288 kidney transplant recipients receiving tacrolimus (TAC) and prednisone were randomized for three different regimens: antithymocyte globulin (r-ATG)/EVR(N=85); basiliximab (BAS)/EVR(N=102); BAS/MPS(N=101). Clinical WHAE were prospectively collected using a pre-specified case report form in all study visits. Abdominal ultrasound was performed at 30 days posttransplant to capture subclinical abnormalities. Surgeons were blinded to randomized treatment and no specific surgical procedures were implemented. Results: A higher proportion of patients in BAS/EVR showed at least one clinical WHAE (22.3 vs. 35.3 vs. 22.0%, p=0.03) and total clinical and subclinical WHAE (35 vs. 42 vs. 26%, p=0.014) compared to BAS/MPS, respectively. A higher proportion of patients in r-ATG/EVR showed subclinical WHAE (13 vs. 7 vs. 4%, p=0.025) compared to BAS/MPS, respectively. Patients receiving EVR showed a higher risk of developing clinical or subclinical WHAE (r-ATG/EVR vs. BAS/MPS hazard ratio 1.30 ; BAS/EVR vs. BAS/MPS hazard ratio 1.73,p=0.028).Conclusion: In this cohort of de novo kidney transplant recipients receiving TAC and prednisone, the use of EVR was associated with higher incidence of combined clinical and subclinical WHAE compared to MPS.
Introdução: O uso de novo de inibidores da proteína alvo da rapamicina em mamíferos após o transplante renal está associado a uma incidência concentração-dependente de eventos adversos relacionados à ferida operatória (EAFO). O objetivo desta análise foi comparar a incidência de EAFO em pacientes que receberam everolimo (EVR) ou micofenolato de sódio (MPS). Métodos: Este foi uma subanálise de um estudo prospectivo e controlado de centro único, no qual 288 receptores de transplante renal foram randomizados para receber, além de tacrolimo (TAC) e prednisona, três regimes diferentes: globulina antitimócitária (r-ATG)/EVR (N=85); basiliximabe (BAS)/EVR (N=102); BAS/MPS (N=101). EAFOs clínicos foram coletados prospectivamente utilizando um formulário pré-especificado em todas as visitas de estudo. Uma ultrassonografia abdominal foi realizada 30 dias após o transplante para capturar anormalidades subclínicas. Os cirurgiões eram cegos com relação ao tratamento randomizado e nenhum procedimento cirúrgico específico foi implementado. Resultados: Uma maior proporção de pacientes do grupo BAS/EVR apresentou pelo menos um EAFO clínico (22,3 vs. 35,3 vs 22,0%, p = 0,03) e um maior número total de EAFOs clínicos e subclínicos (35 vs. 42 vs. 26%, p = 0,014) em comparação com aqueles do grupo BAS/MPS, respectivamente. Uma maior proporção de pacientes do grupo r-ATG/EVR mostrou maior número de EAFOs subclínicos (13 vs. 7 vs. 4%, p = 0,025) comparada ao grupo BAS/MPS, respectivamente. Os pacientes que receberam EVR apresentaram maior risco de desenvolver tanto EAFO clínico quanto subclínico (r-ATG/EVR vs. BAS/MPS taxa de risco=1,30; BAS/EVR vs. BAS/MPS taxa de risco=1,73, p=0,028). Conclusão: Nesta coorte de receptores de transplante renal de novo que receberam TAC e prednisona, o uso de EVR foi associado com maior incidência de EAFOs clínicos e subclínicos combinados em relação ao MPS.
Introdução: O uso de novo de inibidores da proteína alvo da rapamicina em mamíferos após o transplante renal está associado a uma incidência concentração-dependente de eventos adversos relacionados à ferida operatória (EAFO). O objetivo desta análise foi comparar a incidência de EAFO em pacientes que receberam everolimo (EVR) ou micofenolato de sódio (MPS). Métodos: Este foi uma subanálise de um estudo prospectivo e controlado de centro único, no qual 288 receptores de transplante renal foram randomizados para receber, além de tacrolimo (TAC) e prednisona, três regimes diferentes: globulina antitimócitária (r-ATG)/EVR (N=85); basiliximabe (BAS)/EVR (N=102); BAS/MPS (N=101). EAFOs clínicos foram coletados prospectivamente utilizando um formulário pré-especificado em todas as visitas de estudo. Uma ultrassonografia abdominal foi realizada 30 dias após o transplante para capturar anormalidades subclínicas. Os cirurgiões eram cegos com relação ao tratamento randomizado e nenhum procedimento cirúrgico específico foi implementado. Resultados: Uma maior proporção de pacientes do grupo BAS/EVR apresentou pelo menos um EAFO clínico (22,3 vs. 35,3 vs 22,0%, p = 0,03) e um maior número total de EAFOs clínicos e subclínicos (35 vs. 42 vs. 26%, p = 0,014) em comparação com aqueles do grupo BAS/MPS, respectivamente. Uma maior proporção de pacientes do grupo r-ATG/EVR mostrou maior número de EAFOs subclínicos (13 vs. 7 vs. 4%, p = 0,025) comparada ao grupo BAS/MPS, respectivamente. Os pacientes que receberam EVR apresentaram maior risco de desenvolver tanto EAFO clínico quanto subclínico (r-ATG/EVR vs. BAS/MPS taxa de risco=1,30; BAS/EVR vs. BAS/MPS taxa de risco=1,73, p=0,028). Conclusão: Nesta coorte de receptores de transplante renal de novo que receberam TAC e prednisona, o uso de EVR foi associado com maior incidência de EAFOs clínicos e subclínicos combinados em relação ao MPS.
Descrição
Citação
UENO, Priscilla Sayuri. Complicações de ferida operatória em receptores de transplante renal recebendo everolimo. 2016. 46 p. Dissertação (Mestrado em Medicina: Nefrologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.