Evolução paleoambiental holocênica do recife de corais mais austral do atlântico: perspectiva sedimentar e ecológica

dc.contributor.advisorMendes, Vinícius Ribau [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coPereira-Filho, Guilherme Henrique [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/1211745530577271pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5430672600389568pt_BR
dc.contributor.authorShintate, Gustavo Seichi Inouye [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8995645223277607pt_BR
dc.contributor.institutionUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.coverage.spatialSantospt_BR
dc.date.accessioned2021-12-08T16:16:41Z
dc.date.available2021-12-08T16:16:41Z
dc.date.issued2021-07-28
dc.description.abstractRecentemente um recife de corais marginal subtropical foi descoberto: o Recife da Queimada Grande (RQG). Datações de radiocarbono mostram que o crescimento coralino ocorreu em duas fases: a inicial ocorreu há pelo menos 5530 anos cal AP e a segunda de 2380 a 2580 anos cal AP, intercaladas por uma descontinuidade (hiato de 5530 a 2580 anos cal AP). Atribui-se que o religamento do crescimento coralino esteja relacionado a mudanças de posição do encontro de duas correntes oceânicas: a Confluência Brasil-Malvinas (CBM). Ambas as correntes carregam assinaturas sedimentares diferentes, que são acumuladas na estrutura recifal na forma de sedimento coalescido, o que permite a adoção de técnicas de luminescência opticamente estimulada para obter a idade de deposição do sedimento a partir de um testemunho e detectar mudanças de sensibilidade que podem ser interpretadas como mudanças de proveniência sedimentar. Além disso, técnicas de densitometria permitem identificar variações na taxa de crescimento anual de corais bem conservados. Neste trabalho utilizamos tais técnicas para avaliar i) se o sedimento pode auxiliar na interpretação do desenvolvimento recifal e ii) se o crescimento coralino varia no RQG. Apresentamos dados de sensibilidade dos últimos ~4400 anos utilizando subamostras de um testemunho coletado na zona proximal do recife. Com dados sedimentológicos a cada 4 cm ao longo do testemunho, observamos que houve mudança de sensibilidade LOE na transição do hiato para a segunda fase de crescimento em ~2,6 ka atrás, o que também é detectado na variação de matéria orgânica. Nossos dados indicam evidências da relação do recife com mudanças da posição da CBM e, possivelmente, com mudança de frequência de El Niño. Comparando o crescimento de corais das três zonas do recife (proximal, média e distal), e durante as duas fases de crescimento, obtivemos a média anual de crescimento coralíneo em 0,752 (±0.249) cm/ano que, mesmo variando de 0,4 até 1,4 cm, não há evidência de diferença entre médias nas zonas do recife e as fases de acreção. Hoje o recife se encontra senescente, apesar da taxa de crescimento média ser próxima a valores encontrados em M. decactis atuais do recife. Nosso trabalho indica que o crescimento coralíneo ocorreu em uma janela de oportunidade relacionada a uma mudança climática regional, mas próxima de valores ambientais limites, contribuindo com o entendimento da relação das variáveis ambientais com o crescimento de recifes marginais e subtropicais, além da sensibilidade do crescimento coralino a mudanças climáticas regionais.pt_BR
dc.description.abstractA marginal, subtropical reef was recently discovered: the Queimada Grande Reef (QGR). Radiocarbon datings show that coral growth occurred in two phases: the initial at least 5530 cal years BP and the second from 2380 to 2580 cal years BP, separated by a discontinuity (hiatus from 5530 to 2580 cal years BP). The most recent coral growth turn-on was attributed to changes in the convergence of two ocean currents: the Brazil-Malvinas Confluence (BMC). Both currents carry different sedimentary signatures, which accumulates on the reef framework as coalesced sediment. This feature allows the adoption of Optically Stimulated Luminescence techniques to obtain depositional sediment ages obtained from a reef core and detect sensitivity changes that can be interpreted as sediment provenance change. Besides, densitometry techniques allow the measurement of annual growth variation on well-preserved corals. Using said techniques, we assessed i) if sediment can help the interpreting of reef development and ii) if coral growth varies on QGR. We present sensitivity and organic matter data from the last ~4400 years using subsamples from a proximal reef zone core. With sediment data every 4cm along the core, we observed a change in OSL sensitivity on the transition between hiatus and second growth phase in ~2,6 kyrs ago, which is also detected on organic matter. Our data indicate evidence of the reef sensitivity to BMC position change and, possibly, with El Niño frequency. Comparing growth from three reef zones (proximal, mid and distal) and the two growth phases, we obtained a mean annual average of coral growth of 0.752 (±0.249) cm/yr and even though the 0.4 to 1.4 cm rate variation, there is no evidence that there is a difference between means considering reef zone or accretion cycle. Nowadays, the reef is senescent, despite the mean growth rate being close to values found in contemporary M. decactis on the reef. Our research indicates that coral growth occurred in a window of opportunity related to regional climate change but close to environment threshold values, an important contribution in understanding the relationship between environmental variables and subtropical, marginal coral reef development, and coral growth sensitivity to regional climate change.en
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)pt_BR
dc.description.sponsorshipIDCAPES: 88887.507546/2020-00pt_BR
dc.format.extent52 f.pt_BR
dc.identifier.citationSHINTATE, Gustavo Seichi Inouye. Evolução paleoambiental holocênica do recife de corais mais austral do atlântico: perspectiva sedimentar e ecológica. 2021. 52 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira) - Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2021.pt_BR
dc.identifier.otherProcesso SEI: 23089.012783/2021-80pt
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11600/62393
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulopt_BR
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/restrictedAccesspt_BR
dc.subjectQuaternário Tardiopt_BR
dc.subjectRecifes de coraispt_BR
dc.subjectLuminescênciapt_BR
dc.subjectFonte sedimentarpt_BR
dc.subjectMudança climáticapt_BR
dc.subjectLate-Quaternaryen
dc.subjectCoral reefsen
dc.subjectLuminescenceen
dc.subjectSediment provenanceen
dc.subjectClimate changeen
dc.titleEvolução paleoambiental holocênica do recife de corais mais austral do atlântico: perspectiva sedimentar e ecológicapt_BR
dc.title.alternativePaleoenvironmental Holocene Evolution of the Southernmost Atlantic Coral Reef: Sedimentary and Ecological perspectivesen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
unifesp.campusInstituto do Mar (IMar)pt_BR
unifesp.graduateProgramBiodiversidade e Ecologia Marinha e Costeirapt_BR
unifesp.knowledgeAreaGeologia do Quaternáriopt_BR
unifesp.researchAreaPaleoecologiapt_BR
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