Doença Fúngica Invasiva Por Fungo Filamentoso: Aspectos Radiológicos Encontrados Em Pacientes Pediátricos Com Câncer Atendidos No Instituto De Oncologia Pediátrica- Graacc-Unifesp
Data
2017-03-29
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Currently, with the evolution in the treatment of cancer, introduction of new antineoplastic drugs leading to prolonged granulocytopenia and the possibility of transplantation of hematopoietic stem cells (HSCT) 1, infectious complications have become the major causes of morbidity and mortality in these patients. Among them are diseases invasive fungi (DFI) are highlighted. Candida spp. remains the main agent However, an etiological finding in the DFI, however, has been observed an increase in the infections with filamentous fungi especially Aspergillus spp., and Fusarium spp. The incidence of invasive aspergillosis (AI) has increased by 357% since 19802. adult population are contributing to the knowledge of this disease, however, few data are observed in the pediatric population. It is important to emphasize that the disease especially those with haematological malignancies due to the high degree of immunosuppression and prolonged neutropenia, and that in spite of the evolution of the methods and the use of prophylactic antifungals, mortality 52%, with HSCT being an independent risk factor3. The principal procurement mechanism is the inhalation of spores being the breasts of the face and the lung the most affected organs. Research indicate the Aspergillus flavus as the most common in the pediatric population3. Fusarium spp. is another emerging cause of DFI mainly in Brazil4, with a high rate of mortality in this population, reaching 70% 5. The mode of acquisition is variable and the breakdown of the skin barrier such as onychomycosis6 and the inhalation of spores frequently. Central venous catheter infection is less common. About 50 However, F. oxysporum and F.solani account for 70% of humans5. Fusarium spp. has a high degree of systemic spread and can cause fungemia and characteristic skin lesions in immunosuppressed patients. Therefore, due to the high mortality rate and the therapeutic limitation for these agents, it is diagnosis is performed early. Imaging exams are a an important tool for the detection of DFI, but currently published works are aimed at the adult population. The pediatric population has its own characteristics which makes the extrapolation of these data at least inappropriate.
Atualmente, com a evolução no tratamento do câncer, introdução de novas drogas antineoplásicas levando a granulocitopenia prolongada e a possibilidade da realização de transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) 1, as complicações infecciosas se tornaram as maiores causas de morbi-mortalidade nesses pacientes. Entre elas as doenças fúngicas invasivas (DFI) merecem destaque. A Candida spp. continua sendo o principal agente etiológico encontrado nas DFI, entretanto vem se observando um aumento da incidência das infecções por fungos filamentosos em especial Aspergillus spp., e Fusarium spp. A incidência de aspergilose invasiva (AI) aumentou 357% desde 19802. Diversos estudos na população adulta estão contribuindo com o conhecimento dessa doença, entretanto, poucos dados são observados na população pediátrica. É importante ressaltar que a doença acomete principalmente os pacientes com neoplasias hematológicas devido ao alto grau de imunossupressão e ao tempo prolongado de neutropenia, e que a despeito da evolução dos métodos diagnósticos e do uso de antifúngicos profiláticos, a mortalidade gira em torno de 52%, sendo o TCTH, fator de risco independente3. O mecanismo de aquisição principal é a inalação de esporos sendo os seios da face e o pulmão os órgãos mais acometidos. Estudos apontam o Aspergillus flavus como o mais comum na população pediátrica3. O Fusarium spp. é outra causa emergente de DFI principalmente no Brasil4, com alta taxa de mortalidade nesta população, chegando a 70%5. O modo de aquisição é variável sendo a quebra de barreira cutânea como onicomicose6 e a inalação de esporos as vias mais frequentes. A infecção em cateter venoso central é menos comum. São descritas cerca de 50 espécies, porém o F. oxysporum e o F.solani são responsáveis por 70% das infecções em humanos5. O Fusarium spp. possui alto grau de disseminação sistêmica podendo causar fungemia e lesões de pele características em pacientes imunossuprimidos. Portanto, devido à alta taxa de mortalidade e a limitação terapêutica para esses agentes, é emergencial que seja realizado o diagnóstico precoce. Os exames de imagem são uma ferramenta importante para a detecção das DFI, porém os trabalhos publicados atualmente são voltados para a população adulta. A população pediátrica apresenta características próprias o que torna a extrapolação desses dados no mínimo inapropriada.
Atualmente, com a evolução no tratamento do câncer, introdução de novas drogas antineoplásicas levando a granulocitopenia prolongada e a possibilidade da realização de transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) 1, as complicações infecciosas se tornaram as maiores causas de morbi-mortalidade nesses pacientes. Entre elas as doenças fúngicas invasivas (DFI) merecem destaque. A Candida spp. continua sendo o principal agente etiológico encontrado nas DFI, entretanto vem se observando um aumento da incidência das infecções por fungos filamentosos em especial Aspergillus spp., e Fusarium spp. A incidência de aspergilose invasiva (AI) aumentou 357% desde 19802. Diversos estudos na população adulta estão contribuindo com o conhecimento dessa doença, entretanto, poucos dados são observados na população pediátrica. É importante ressaltar que a doença acomete principalmente os pacientes com neoplasias hematológicas devido ao alto grau de imunossupressão e ao tempo prolongado de neutropenia, e que a despeito da evolução dos métodos diagnósticos e do uso de antifúngicos profiláticos, a mortalidade gira em torno de 52%, sendo o TCTH, fator de risco independente3. O mecanismo de aquisição principal é a inalação de esporos sendo os seios da face e o pulmão os órgãos mais acometidos. Estudos apontam o Aspergillus flavus como o mais comum na população pediátrica3. O Fusarium spp. é outra causa emergente de DFI principalmente no Brasil4, com alta taxa de mortalidade nesta população, chegando a 70%5. O modo de aquisição é variável sendo a quebra de barreira cutânea como onicomicose6 e a inalação de esporos as vias mais frequentes. A infecção em cateter venoso central é menos comum. São descritas cerca de 50 espécies, porém o F. oxysporum e o F.solani são responsáveis por 70% das infecções em humanos5. O Fusarium spp. possui alto grau de disseminação sistêmica podendo causar fungemia e lesões de pele características em pacientes imunossuprimidos. Portanto, devido à alta taxa de mortalidade e a limitação terapêutica para esses agentes, é emergencial que seja realizado o diagnóstico precoce. Os exames de imagem são uma ferramenta importante para a detecção das DFI, porém os trabalhos publicados atualmente são voltados para a população adulta. A população pediátrica apresenta características próprias o que torna a extrapolação desses dados no mínimo inapropriada.