Efeito do risedronato sobre a densidade mineral óssea de pacientes ambulatoriais com osteoporose previamente tratados com alendronato

Data
2016-12-08
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: Osteoporosis is the most common bone metabolic disease. There is no evidence of difference in efficacy between oral bisphosphonates. On the other hand, the exchange of a drug by another is common in clinical practice. Objectives: To investigate the reasons associated with switching between oral bisphosphonates and evaluate the response of bone mass and the incidence of vertebral and non-vertebral fracture 12 months after the exchange of medication. Methods: Patients with osteoporosis who have made the exchange of bisphosphonates (alendronate and risedronate) between January 1990 and December 2014 were included in the present study. Data on bone mass measured by DXA and fracture prevalence have been reported. Results: A total of 112 patients were included and most of them were women (95.5%). Mean age was 73.1 years and average time of diagnosis was 13.1 years. About 98% of the women were postmenopausal. All patients were taking Alendronate at the time of exchange for Risedronate. In 91 patients (81.3%) a reason for the exchange of medication was identified: bone loss (59.8%), adverse events (11.6% - mainly gastrointestinal events in 92.3%) and fracture in 10.7%. One year after the exchange, bone densitometry revealed bone loss in 51 patients (45.5%), bone mass maintenance in 34 (30.4%) and bone mass gain in 27 (24.1%). The reason for the exchange between bisphosphonates did not associate with bone mass outcome (gain, loss or maintenance). Similarly, none of the parameters evaluated in this study was predictor of good densitometric response (gain or maintenance). Conclusions: Our findings suggest that the use of risedronate should not be recommended in the scenario of treatment failure or in the presence of adverse events associated with the use of alendronate.
Introdução: A osteoporose é a doença osteometabólica mais comum. Não há evidência convincente da diferença de eficácia entre os bisfosfonatos orais, embora a troca de um fármaco por outro seja comum na prática clínica. Objetivos: Investigar as razões associadas a troca entre bisfosfonatos orais e avaliar a resposta da massa óssea e a incidência de fraturas vertebrais e não vertebrais 12 meses após a troca da medicação. Casuística e Métodos: Foram incluídos no presente estudo pacientes com osteoporose que fizeram a troca de bisfosfonatos (alendronato e risedronato) entre janeiro de 1990 e dezembro de 2014. Dados acerca da evolução da massa óssea e da prevalência de fraturas foram reportados. Resultados: Dos 112 pacientes incluídos, 95,5% eram mulheres. A média de idade foi de 73,1 anos e média de tempo de diagnóstico foi de 13,1 anos. Das 107 mulheres, 105 estavam na menopausa. Todos os pacientes estavam em uso de Alendronato no momento da troca por Risedronato. Em 91 pacientes (81,3%) foi identificada a causa para a troca da medicação: perda de massa óssea (59,8%), eventos adversos (11,6% - principalmente relacionados ao trato gastrointestinal em 92,3%) e fratura em 10,7%. Após 1 ano da troca a primeira densitometria óssea mostrou perda de massa em 51 pacientes (45,5%), manutenção em 34 (30,4%) e ganho em 27 (24,1%). Não houve diferenças significativas na análise individual da coluna lombar, fêmur total, e colo do fêmur. A razão para a troca entre os bisfosfonatos não se associou ao desfecho de massa óssea (ganho, manutenção ou perda). Da mesma forma, nenhum parâmetro avaliado no presente estudo foi preditor de boa resposta densitométrica (ganho ou manutenção). Conclusões: Nossos achados sugerem que o uso do risedronato não deve ser recomendado no cenário de falha terapêutica ou na presença de evento adverso associado ao uso do alendronato.
Descrição
Citação
MENDONCA, Leonardo Teixeira de. Efeito do risedronato sobre a densidade mineral óssea de pacientes ambulatoriais com osteoporose previamente tratados com alendronato. 2016. 47 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.