Presença de determinantes genéticos de virulência de Escherichia coli patogênica extra-intestinal (ExPEC) em enterobacterias isoladas de bacteremia humana: relação entre a prevalência destes determinantes e a filogenia nas amostras de E. coli estuadas.
Data
2008
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
As infecções extra-intestinais causadas por bacilos Gram-negativo são importantes em todo 0 mundo por estarem associadas a alta morbidade e mortalidade, além de tornarem extremamente oneroso 0 custo da Saúde Pública. No Brasil, assim como em outros países, as bactérias mais comumente envolvidas nestas infecções pertencem à família Enterobacteriaceae, estando entre as mais freqüentes: Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp. 0 trato urinário é 0 principal sitio acometido por estas infecções seguindo-¬se, 0 sistema nervoso central, 0 trato respiratório inferior e a corrente sangüínea. Embora as bacteremias causadas por enterobacterias sejam de grande risco e, na maioria das vezes, de difícil tratamento, pouco se sabe sobre os mecanismos de virulência bacterianos que contribuem para 0 seu desenvolvimento. Este trabalho visou pesquisar os fatores de virulência presentes em amostras isoladas do sangue de pacientes com bacteremia, bem como estudar a relação entre 0 perfil de virulência e algumas características do hospedeiro. Vinte e três marcadores de virulência relacionados com a aderência, invasão celular, escape das defesas do hospedeiro, aquisição de ferro e produção de toxinas e proteases, anteriormente descritos para E. coli patogênica extra-intestinal (ExPEC) foram pesquisados por hibridação de colônias e/ou PCR em 74 amostras de E. coli, 92 de Klebsiella spp. e 62 de Enterobacter spp., isoladas de bacteremia humana entre dezembro de 2004 e março de 2006, na cidade de São Paulo, Brasil. 0 emprego da técnica de PCR para classificação filogenética determinou que a maioria das amostras de E. coli estudadas pertence aos grupos B2 (35 %) e D (30 %), enquanto os grupos Bl (19 %) e A (16 %) são menos representados. Os grupos filogenéticos distribuíram-se de forma distinta em relação ao sexo e idade dos pacientes. Nas mulheres houve predomínio do grupo B2 nas idades entre zero e 60 anos, e do grupo D acima de 61 anos. Já, nos homens, D predominou entre zero e 20 anos e B2 entre 21 e 60 anos. Nos homens mais velhos os grupos B 1 e B2 foram os mais freqüentes. Dezessete dos 23 marcadores de virulência pesquisados foram detectados nesta amostragem, os fatores relacionados à aderência, escape do sistema imune e aquisição de ferro foram os mais abundantes, estando presentes em, no mínimo, 82 % das amostras de E. coli. Apenas duas amostras não possuíam nenhum dos genes pesquisados. Individualmente, jimH, irp2 e kpsMT II foram os mais freqüentes (93 %, 76 % e 65 %, respectivamente). 0 sexo pareceu ter um papel na distribuição dos marcadores de virulência uma vez que a presença dos genes iucD, papC, iha e hlyA foi maior em pacientes do sexo feminino (P:S 0,05). 0 maior número de...(au).
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2008. 155 p.