Terapia preemptiva de acordo com a percepção do risco de infecção por CMV após o transplante renal
Data
2016-10-31
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Background: The identification of the best strategy to manage CMV infection is hampered by uncertainties regarding the risk/benefit ratios of universal prophylaxis versus preemptive therapy, the impact of indirect CMV effects and the associated costs. This study investigated the efficacy and safety of targeted preemptive therapy according to perceived risk of CMV infection after kidney transplantation. Methods: 144 adult kidney transplant recipient were enrolled in this 12 month study. None received CMV pharmacological prophylaxis. Only high risk patients (D+/R-, use of induction therapy with antithymocyte globulin, treatment of rejection) received preemptive therapy using pp65 antigenemia test. When the low-risk patients had symptoms related to CMV , it was applied screening with pp65 antigenemia and treatment initiated if confirmed CMV disease. Blinded CMV DNAemia was collected weekly during the first 3 months. Results: The incidence of CMV infection was 34 % and CMV disease was 17 %. DNAemia was detected by week 3, was observed in 30% of patients who were not treated for CMV infection/disease, and ?2,384 copies/ml showed a sensitivity of 61% and specificity 85% to detect CMV disease (AUC=0.849±0.042, p<0.001). Using multivariable analysis, only antithymocyte globulin induction was associated with CMV infection/disease whereas only expanded donor criteria and renal function at 30 days were associated with renal function 12 months after transplantation. Conclusion: Targeted preemptive therapy in patients with perceived higher risk for CMV infection/disease was effective in preventing severe clinical presentation, including tissue invasive and late CMV infection. This strategy is associated with direct and indirect cost-savings.
Indtrodução: Infecção por citomegalovírus (CMV) continua sendo uma das complicações mais comuns que afetam receptores de transplante, com significante morbidade e mortalidade ocasional. O impacto adverso da infecção por CMV na disfunção do enxerto destaca a importância do CMV nos desfechos do transplante. Métodos: Foram acompanhados 144 receptores de transplante renal durante 12 meses. Nenhum recebeu profilaxia farmacológica para CMV. Apenas os pacientes de alto risco (D + / R-, uso de terapia de indução com timogluluna e os que receberam tratamento para rejeição aguda) foram rastreados através da terapia preemptiva por meio do teste de antigenemia pp65. Quando os pacientes de baixo risco tiveram sintomas relacionados com CMV, foi aplicado teste com antigenemia pp65 e o tratamento iniciado se confirmação de doença CMV. A carga viral dos pacientes foi quantificada por meio de PCR quantitativo coletado semanalmente durante os primeiros 3 meses, sendo esta informação mantida em caráter cego. Resultados: A incidência de infecção por CMV foi de 34% e de doença foi de 17%. A carga viral foi detectada na terceira semana pós-transplante. Foi observado que 30% dos pacientes apresentavam carga viral, porém não necessitaram de tratamento para CMV. Foi feito uma curva ROC com a carga viral e foi estabalecido que um ponto maior ou igual a 2,384 cópias / ml apresentava uma sensibilidade de 61% e especificidade de 85% para detectar a doença CMV (AUC = 0,849 ± 0,042 , p <0,001). Utilizando análise multivariada, apenas indução com timoglulina foi associado com CMV enquanto que doador de critério expandido e baixa função renal (TFG < 45ml/min) em 30 dias foi associada com baixa função renal após 12 meses (TFG < 51,7 ml/min). xii Conclusão: Terapia preemptiva em pacientes de alto risco para CMV infecção / doença foi eficaz em detectar precocemente a infecção por CMV. Esta estratégia está associada com redução de custos diretos e indiretos.
Indtrodução: Infecção por citomegalovírus (CMV) continua sendo uma das complicações mais comuns que afetam receptores de transplante, com significante morbidade e mortalidade ocasional. O impacto adverso da infecção por CMV na disfunção do enxerto destaca a importância do CMV nos desfechos do transplante. Métodos: Foram acompanhados 144 receptores de transplante renal durante 12 meses. Nenhum recebeu profilaxia farmacológica para CMV. Apenas os pacientes de alto risco (D + / R-, uso de terapia de indução com timogluluna e os que receberam tratamento para rejeição aguda) foram rastreados através da terapia preemptiva por meio do teste de antigenemia pp65. Quando os pacientes de baixo risco tiveram sintomas relacionados com CMV, foi aplicado teste com antigenemia pp65 e o tratamento iniciado se confirmação de doença CMV. A carga viral dos pacientes foi quantificada por meio de PCR quantitativo coletado semanalmente durante os primeiros 3 meses, sendo esta informação mantida em caráter cego. Resultados: A incidência de infecção por CMV foi de 34% e de doença foi de 17%. A carga viral foi detectada na terceira semana pós-transplante. Foi observado que 30% dos pacientes apresentavam carga viral, porém não necessitaram de tratamento para CMV. Foi feito uma curva ROC com a carga viral e foi estabalecido que um ponto maior ou igual a 2,384 cópias / ml apresentava uma sensibilidade de 61% e especificidade de 85% para detectar a doença CMV (AUC = 0,849 ± 0,042 , p <0,001). Utilizando análise multivariada, apenas indução com timoglulina foi associado com CMV enquanto que doador de critério expandido e baixa função renal (TFG < 45ml/min) em 30 dias foi associada com baixa função renal após 12 meses (TFG < 51,7 ml/min). xii Conclusão: Terapia preemptiva em pacientes de alto risco para CMV infecção / doença foi eficaz em detectar precocemente a infecção por CMV. Esta estratégia está associada com redução de custos diretos e indiretos.
Descrição
Citação
PINTO, Cahue Henrique Motta Coli. Terapia preemptiva de acordo com a percepção do risco de infecção por cmv após o transplante renal. 2016. Dissertação (Mestrado em Medicina: Nefrologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.