Comparação da coronariografia de mulheres diabéticas e não-diabéticas com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento de ST
Data
2006-02-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: Compare hemodynamic and angiographic patterns, as well as atherosclerotic lesion morphology, in diabetic and non-diabetic females with unstable angina or non-ST-segment-elevation myocardial infarction (UA/NSTEMI). METHODS: Two interventional cardiologists determined the presence of severe atherosclerotic lesion, defined as those > 70%; plaque morphology, according to the American Heart Association classification; collateral circulation; plus ventricular and aortic pressures. Ejection fraction was calculated by angiography or echocardiography. RESULTS: During eight and a half years, 645 coronary angiographies were performed in women with UA/NSTEMI. In the present study, 593 female patients were assessed (215 diabetic - 36%). This group differed from the non-diabetic in the following aspects: older age (61 ± 10.6 x 58.1 ± 11.4), higher prevalence of postmenopausal women and lower prevalence of the smoking habit. Severe three-vessel disease was significantly more frequent in diabetic patients (28% x 10%), as well as totally occluded vessels: 51 (23%) x 54 (14.3%), p < 0.005. Additionally, ejection fraction < 50% was more common in diabetic patients. CONCLUSION: These findings confirm the diffuse pattern of atherosclerotic disease in diabetic patients, as well a greater deterioration of ventricular function, which may be associated to the poorer prognosis seen in this population both in the short- and long-term.
OBJETIVO: Comparar o padrão hemodinâmico, angiográfico e a morfologia da lesão aterosclerótica em diabéticas e não-diabéticas com angina instável ou infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (AI/IAMSS). MÉTODOS: Dois hemodinamicistas determinaram a presença de lesão aterosclerótica grave, definida como > 70%, a morfologia da placa, de acordo com a classificação da American Heart Association, a presença de circulação colateral e as pressões ventriculares e aórticas. A fração de ejeção foi calculada pela angiografia ou pelo ecocardiograma. RESULTADOS: Em oito anos e meio, foram realizados 645 coronariografias em mulheres com AI/IAMSS. Foram analisadas 593 pacientes (215 diabéticas - 36%). Este grupo diferiu das não-diabéticas nos seguintes aspectos: idade mais alta (61 ± 10,6 x 58,1 ± 11,4), prevalência maior de mulheres pós-menopausa e menor prevalência de tabagismo. Lesão grave em três vasos foi significativamente mais freqüente nas pacientes diabéticas (28% x 10%), assim como vasos totalmente ocluídos: 51 (23%) x 54 (14.3%), p < 0.005.Fração de ejeção < 50% foi mais comum nas diabéticas. CONCLUSÃO: Estes achados confirmam o acometimento difuso da doença aterosclerótica em pacientes diabéticas, assim como maior deterioração da função ventricular, que pode estar relacionada ao pior prognóstico dessa população em curto e em longo prazo.
OBJETIVO: Comparar o padrão hemodinâmico, angiográfico e a morfologia da lesão aterosclerótica em diabéticas e não-diabéticas com angina instável ou infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (AI/IAMSS). MÉTODOS: Dois hemodinamicistas determinaram a presença de lesão aterosclerótica grave, definida como > 70%, a morfologia da placa, de acordo com a classificação da American Heart Association, a presença de circulação colateral e as pressões ventriculares e aórticas. A fração de ejeção foi calculada pela angiografia ou pelo ecocardiograma. RESULTADOS: Em oito anos e meio, foram realizados 645 coronariografias em mulheres com AI/IAMSS. Foram analisadas 593 pacientes (215 diabéticas - 36%). Este grupo diferiu das não-diabéticas nos seguintes aspectos: idade mais alta (61 ± 10,6 x 58,1 ± 11,4), prevalência maior de mulheres pós-menopausa e menor prevalência de tabagismo. Lesão grave em três vasos foi significativamente mais freqüente nas pacientes diabéticas (28% x 10%), assim como vasos totalmente ocluídos: 51 (23%) x 54 (14.3%), p < 0.005.Fração de ejeção < 50% foi mais comum nas diabéticas. CONCLUSÃO: Estes achados confirmam o acometimento difuso da doença aterosclerótica em pacientes diabéticas, assim como maior deterioração da função ventricular, que pode estar relacionada ao pior prognóstico dessa população em curto e em longo prazo.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 86, n. 2, p. 150-155, 2006.