Ressonância Magnética Com Contraste Dinâmico Como Ferramenta Complementar Para A Avaliação De Calcificações Bi-Rads 4
Data
2017-11-30
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Breast cancer is the second most common neoplasm in the world among women, with an average estimate of 22% of new cases each year. According to the National Institute of Cancer José Alencar Gomes da Silva (INCA), the estimate for 2014 is 57120 new cases with 13345 deaths, 13225 women and 120 men (1). Due to the limitations in the primary prevention of breast cancer applicable to the population in general, the technological advances have been directed to its early diagnosis, once that in the early stages or in the noninvasive form, this disease has a good chance of cure, with a 5-year survival rate of 98% (2). As a result, tracking programs have emerged, the main role of which is to reduction of breast cancer mortality through the detection of early-stage cancer in asymptomatic women, ie without clinical signs that can be detected in self-examination or clinical examination. As a secondary result, there is an increase in survival due to the disease and reduction of surgical treatment extension, allowing less mutilating surgeries, as well as as reducing the need for chemotherapy (3). Despite the significant increase in the number of new cases both in developed countries, mortality rates are in decline in populations under regular programs of screening (4,5). These programs chose to adopt mammography as the method of which is considered the most sensitive method to detect breast cancer in the pre-clinical phase (6). The most important mammographic finding for screening is calcification. She may represent the only sign of malignancy, the first finding being in about 70% of ductal carcinomas in situ (DCIS) detected in screening tests (7). Histologically, these represent intraductal calcifications in areas of necrotic tumor or calcifications mucin secreting tumors, such as the cribriform or micropapillary subtype of intraductal cancer (8-10). The radiological appearance of suspected calcifications includes amorphous, coarse and heterogenous and fine pleomorphic with or without a linear branching pattern (2,7,8). Branched linear calcifications have a higher predictive value for malignancy than nonlinear calcifications, especially for high grade DCIS. Unfortunately, cancer of the breast, including CDIS, most often presents as granular, overlapping 6 with benign findings, which reduces the specificity of mammography (10% to 60%) and results in in the detection of a large number of calcifications that require a complementary examination (7,10). The mammographic aspect just can not differentiate between breast cancers invasive ductal carcinomas, because there is no invasion of the basement membrane. In addition, the method may be limited in the assessment of the extension of the disease, due to areas of the tumor without calcification in the interior (11,12). Due to the fact that some areas of these tumors are not calcified, several studies report changes in therapeutic planning in 11% to 15% of cases when mammography to another imaging method, evidencing additional foci of malignancy not detectable mammographically in about 27% to 34% of the cases (4,11,13). In this scenario, magnetic resonance imaging (MRI) complement the mammographic evaluation (11,13,14). Recent studies have shown that the magnetic resonance imaging of the breast with intravenous contrast injection has sensitivity exceptional for the diagnosis of invasive carcinoma (88% - 100%) (13,15,16). For another To date, there has been no agreement on the sensitivity and specificity of magnetic resonance imaging for the detection of CDIS; although cases of DCIS detected only in MRI have been reported, the role of magnetic resonance imaging in the characterization of suspect calcifications remains a controversial subject (13,17).
O câncer de mama é a segunda neoplasia no mundo mais frequente entre as mulheres, com estimativa média de 22% de casos novos a cada ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a estimativa para 2014 é de 57120 novos casos com 13345 mortes, sendo 13225 mulheres e 120 homens (1). Devido às limitações na prevenção primária do câncer de mama aplicáveis à população em geral, os avanços tecnológicos têm sido direcionados ao seu diagnóstico precoce, uma vez que nas fases iniciais ou na forma não invasiva, esta doença tem ótimas chances de cura, com uma sobrevida em 5 anos de 98% (2). Em decorrência disso, surgiram os programas de rastreamento, cujo principal papel é a redução da mortalidade por câncer de mama, através da detecção do câncer em estadio precoce em mulheres assintomáticas, ou seja sem sinais clínicos que possam ser detectados no autoexame ou exame clínico. Como resultado secundário, há aumento na sobrevida pela doença e redução da extensão do tratamento cirúrgico, permitindo cirurgias menos mutiladoras, bem como redução da necessidade de quimioterapia (3). Apesar do aumento significativo no número de novos casos tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, as taxas de mortalidade correspondentes encontram-se em declínio nas populações submetidas a programas regulares de rastreamento (4,5). Tais programas optaram por adotar a mamografia como método de eleição uma vez que é considerada o método mais sensível para detectar o câncer de mama na fase pré-clinica (6). O achado mamográfico de maior relevância para o rastreamento é a calcificação. Ela pode representar o único sinal de malignidade, sendo o primeiro achado em cerca de 70% dos carcinomas ductais in situ (CDIS) detectados em testes de triagem (7). Histologicamente, estes representam calcificações intraductais em áreas de tumor necrosado ou calcificações dentro de tumores secretores de mucina, como o cribriforme ou subtipo micropapilar de câncer intraductal (8-10). A aparência radiológica de calcificações suspeitas inclui amorfa, grosseira e heterogênea e pleomórfica fina com ou sem um padrão de ramificação linear (2,7,8). Calcificações lineares ramificadas tem um maior valor preditivo para malignidade do que as calcificações não lineares, especialmente para CDIS de alto grau. Infelizmente, o câncer de mama, incluindo o CDIS, mais frequentemente apresenta-se como granular, sobrepondo-se 6 com achados benignos, o que reduz a especificidade da mamografia (10% a 60%) e resulta na detecção de um grande número de calcificações que requerem um exame complementar (7,10). O aspecto mamográfico apenas não consegue diferenciar entre cânceres de mama puramente intraductais dos ductais invasivos, porque não há correlação mamográfica de invasão da membrana basal. Além disso, o método pode apresentar limitação na avaliação da extensão da doença, devido a áreas do tumor sem calcificação no interior (11,12). Devido ao fato de algumas áreas destes tumores não serem calcificadas, diversos estudos relatam mudanças no planejamento terapêutico em 11% a 15% dos casos quando se associa a mamografia a outro método de imagem, evidenciando focos adicionais de malignidade não detectáveis mamograficamente em cerca de 27% a 34% dos casos (4,11,13). Neste cenário, o estudo com contraste por ressonância magnética (MRI) poderia complementar a avaliação mamográfica (11,13,14). Estudos recentes têm demonstrado que a ressonância magnética de mama com injeção de contraste intravenoso tem sensibilidade excepcional para o diagnóstico de carcinoma invasivo (88% - 100%) (13,15,16). Por outro lado, até agora, não há acordo quanto à sensibilidade e especificidade da ressonância magnética de mama para a detecção do CDIS; embora casos de CDIS detectados somente em MRI têm sido relatados, o papel da ressonância magnética na caracterização de calcificações suspeitas continua sendo um assunto controverso (13,17).
O câncer de mama é a segunda neoplasia no mundo mais frequente entre as mulheres, com estimativa média de 22% de casos novos a cada ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), a estimativa para 2014 é de 57120 novos casos com 13345 mortes, sendo 13225 mulheres e 120 homens (1). Devido às limitações na prevenção primária do câncer de mama aplicáveis à população em geral, os avanços tecnológicos têm sido direcionados ao seu diagnóstico precoce, uma vez que nas fases iniciais ou na forma não invasiva, esta doença tem ótimas chances de cura, com uma sobrevida em 5 anos de 98% (2). Em decorrência disso, surgiram os programas de rastreamento, cujo principal papel é a redução da mortalidade por câncer de mama, através da detecção do câncer em estadio precoce em mulheres assintomáticas, ou seja sem sinais clínicos que possam ser detectados no autoexame ou exame clínico. Como resultado secundário, há aumento na sobrevida pela doença e redução da extensão do tratamento cirúrgico, permitindo cirurgias menos mutiladoras, bem como redução da necessidade de quimioterapia (3). Apesar do aumento significativo no número de novos casos tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, as taxas de mortalidade correspondentes encontram-se em declínio nas populações submetidas a programas regulares de rastreamento (4,5). Tais programas optaram por adotar a mamografia como método de eleição uma vez que é considerada o método mais sensível para detectar o câncer de mama na fase pré-clinica (6). O achado mamográfico de maior relevância para o rastreamento é a calcificação. Ela pode representar o único sinal de malignidade, sendo o primeiro achado em cerca de 70% dos carcinomas ductais in situ (CDIS) detectados em testes de triagem (7). Histologicamente, estes representam calcificações intraductais em áreas de tumor necrosado ou calcificações dentro de tumores secretores de mucina, como o cribriforme ou subtipo micropapilar de câncer intraductal (8-10). A aparência radiológica de calcificações suspeitas inclui amorfa, grosseira e heterogênea e pleomórfica fina com ou sem um padrão de ramificação linear (2,7,8). Calcificações lineares ramificadas tem um maior valor preditivo para malignidade do que as calcificações não lineares, especialmente para CDIS de alto grau. Infelizmente, o câncer de mama, incluindo o CDIS, mais frequentemente apresenta-se como granular, sobrepondo-se 6 com achados benignos, o que reduz a especificidade da mamografia (10% a 60%) e resulta na detecção de um grande número de calcificações que requerem um exame complementar (7,10). O aspecto mamográfico apenas não consegue diferenciar entre cânceres de mama puramente intraductais dos ductais invasivos, porque não há correlação mamográfica de invasão da membrana basal. Além disso, o método pode apresentar limitação na avaliação da extensão da doença, devido a áreas do tumor sem calcificação no interior (11,12). Devido ao fato de algumas áreas destes tumores não serem calcificadas, diversos estudos relatam mudanças no planejamento terapêutico em 11% a 15% dos casos quando se associa a mamografia a outro método de imagem, evidenciando focos adicionais de malignidade não detectáveis mamograficamente em cerca de 27% a 34% dos casos (4,11,13). Neste cenário, o estudo com contraste por ressonância magnética (MRI) poderia complementar a avaliação mamográfica (11,13,14). Estudos recentes têm demonstrado que a ressonância magnética de mama com injeção de contraste intravenoso tem sensibilidade excepcional para o diagnóstico de carcinoma invasivo (88% - 100%) (13,15,16). Por outro lado, até agora, não há acordo quanto à sensibilidade e especificidade da ressonância magnética de mama para a detecção do CDIS; embora casos de CDIS detectados somente em MRI têm sido relatados, o papel da ressonância magnética na caracterização de calcificações suspeitas continua sendo um assunto controverso (13,17).