Dopplervelocimetria das artérias uterinas, arqueadas e espiraladas no prognóstico de receptividade endometrial de mulheres em ciclos estimulados para fertilização in vitro

Data
1999
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Avaliaram-se 20 pacientes com diagnostico de infertilidade atendidas no Huntington - Centro de Medicina Reprodutiva de São Paulo. Adotaram-se, como criterios de exclusao, idade superior a 38 anos, FSH >l5 mUl/ml e estradiol < 60 pg/ml no 3º dia do ciclo menstrual, afeccoes na cavidade uterina, tabagismo, bem como pacientes hipertensas. cardiopatas, hepatopatas ou as usuarias de drogas que pudessem influenciar na circulacao sanguinea. As pacientes apresentavam indicacao de fertilizacao in vitro e o mesmo protocolo de inducao ovariana foi realizado em todos os ciclos. Na manha do dia da ministracao de gonadotrofina corionica humana (hCG), realizou-se ultra-sonografia transvaginal com doppler colorido para avaliacao folicular e endometrial, seguida da dopplervelocimetria dos ramos ascendentes das arterias uterinas, das arterias arqueadas e das arteriolas espiraladas, obtendo-se os indices de resistencia (IR) e pulsatilidade (IP). Avaliou-se, tambem, o padrao subjetivo de fluxo intramiometrial pelo mapa vascular. Apenas as pacientes que apresentavam eco endometrial com espessura acima de 7mm e padrao trilaminar de ecotextura a ultra-sonografia ,foram incluidas no estudo. Transferiram-se tres ou quatro embrioes de excelente qualidade avaliados pelo cumulative embryo score (CES) (media do CES por embriao 31O,5). Dividiram-se as pacientes em dois grupos de acordo com a presenca (grupo I) ou nao de gravidez (grupo II), a qual definiu-se pela visibilizacao de embriao com batimentos cardiacos pela ultra-sonografia transvaginal. O IP medio das arterias uterinas foi significantemente menor no grupo I em relacao ao grupo II. Do mesmo modo, o IR medio das arterias uterinas foi significantemente menor no grupo de pacientes que engravidaram quando comparadas as que nao ficaram gravidas. Nao observamos diferenca significante nos IP e IR das arterias arqueadas e espiraladas entre os dois grupos, bem como no padrao subjetivo de fluxo. Nao ocorreu gravidez quando o IP medio das arterias uterinas foi maior que 3,00. A taxa de implantacao foi de 20,2 por cento e, a de gravidez, de 50 por cento . Nossos achados comprovam que o fluxo sanguineo uterino desempenha relevante papel no processo de implantacao em ciclos induzidos de fertilizacao in vitro. Assim, recomendamos que a dopplervelocimetria das arterias uterinas deva fazer parte da rotina propedeutica em Reproducao Assistida
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1999. 120 p. ilustab.