De reforma em reforma: as recomendações dos organismos internacionais para a organização do ensino médio
Data
2020-12-03
Autores
Muniz, Tatiana Ludmila Santos Brandao 
Orientadores
Novaes, Luiz Carlos
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Brazilian public policies on secondary education have undergone constant changes in recent decades, with emphasis on projects undertaken since the 1990s; High School for Life in 1998, High School in 2011 and New High School in 2017. We are interested in this research to investigate the international recommendations that impacted on the conduct of policies aimed at this level of education that, in different ways, impacted different countries in Latin America; therefore, the objective of this work is to identify and discuss the speeches, guidelines and prescriptions contained in documents from two international organizations, the World Bank (BM) and the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) , about high school. To carry out the investigation, the methodological procedure adopted was the documentary analysis, using, for this purpose, the documents produced by these organizations. For the work with the documentary corpus, and according to Bardin (1977), we use lexicology as a technique to carry out documentary analysis, since the focus of content analysis is the word and its semantic and metaphorical field; likewise, we observe the recommendations of SHIROMA, E. O., CAMPOS, R. F. and GARCIA, R. M. (2005) for documentary analysis. As an analytical resource, we adopted the policy approach cycle, proposed by Stephen Ball and Richard Bowe (1992), with emphasis on the dimensions related to the context of influence of the policy discourse, which allowed us to specifically assess the prescriptions of international organizations related to high school. The investigation allowed us to conclude that the guidelines of international organizations direct educational reforms to the economic interests of the capital system, antagonizing in some orientations of their policies with other texts of educational research that are supported in sciences other than economics, such as sociology, psychology and history.
As políticas públicas brasileiras sobre o ensino médio sofreram constantes alterações nas últimas décadas, com destaque para os projetos empreendidos a partir da década de 1990; Ensino Médio para a Vida em 1998, o Ensino Médio Inovador em 2011 e o Novo Ensino Médio de 2017. Nos interessa nessa pesquisa investigar as recomendações internacionais que repercutiram sobre a condução das políticas voltadas para esse nível de ensino que, de diferentes maneiras, impactou diferentes países da América Latina; portanto, o objetivo desse trabalho é o de identificar e discutir os discursos, orientações e prescrições contidos em documentos de dois organismos internacionais, do Banco Mundial (BM) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), acerca do ensino médio. Para a realização da investigação o procedimento metodológico adotado foi a análise documental, utilizando, para tanto, os documentos produzidos por esses organismos. Para o trabalho com o corpus documental, e de acordo com Bardin (1977), utilizamos a lexicologia como técnica para efetuarmos as análises documentais, visto que o foco da análise de conteúdo é a palavra e seu campo semântico e metafórico; do mesmo modo, observamos as recomendações de SHIROMA, E. O., CAMPOS, R. F. e GARCIA, R. M. (2005) para análise documental. Como recurso analítico adotamos o ciclo de abordagem de políticas, proposto por Stephen Ball e Richard Bowe (1992), com destaque para as dimensões referentes ao contexto de influência do discurso da política, o que nos permitiu avaliar, especificamente, as prescrições dos organismos internacionais relacionadas ao ensino médio. A investigação nos permitiu concluir que as orientações dos organismos internacionais direcionam as reformas educacionais aos interesses econômicos do sistema capital, antagonizando em alguns norteamentos de suas políticas com outros textos de pesquisas educacionais que são amparadas em outras ciências que não a econômica, como a sociologia, psicologia e história.
As políticas públicas brasileiras sobre o ensino médio sofreram constantes alterações nas últimas décadas, com destaque para os projetos empreendidos a partir da década de 1990; Ensino Médio para a Vida em 1998, o Ensino Médio Inovador em 2011 e o Novo Ensino Médio de 2017. Nos interessa nessa pesquisa investigar as recomendações internacionais que repercutiram sobre a condução das políticas voltadas para esse nível de ensino que, de diferentes maneiras, impactou diferentes países da América Latina; portanto, o objetivo desse trabalho é o de identificar e discutir os discursos, orientações e prescrições contidos em documentos de dois organismos internacionais, do Banco Mundial (BM) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), acerca do ensino médio. Para a realização da investigação o procedimento metodológico adotado foi a análise documental, utilizando, para tanto, os documentos produzidos por esses organismos. Para o trabalho com o corpus documental, e de acordo com Bardin (1977), utilizamos a lexicologia como técnica para efetuarmos as análises documentais, visto que o foco da análise de conteúdo é a palavra e seu campo semântico e metafórico; do mesmo modo, observamos as recomendações de SHIROMA, E. O., CAMPOS, R. F. e GARCIA, R. M. (2005) para análise documental. Como recurso analítico adotamos o ciclo de abordagem de políticas, proposto por Stephen Ball e Richard Bowe (1992), com destaque para as dimensões referentes ao contexto de influência do discurso da política, o que nos permitiu avaliar, especificamente, as prescrições dos organismos internacionais relacionadas ao ensino médio. A investigação nos permitiu concluir que as orientações dos organismos internacionais direcionam as reformas educacionais aos interesses econômicos do sistema capital, antagonizando em alguns norteamentos de suas políticas com outros textos de pesquisas educacionais que são amparadas em outras ciências que não a econômica, como a sociologia, psicologia e história.