Influência do uso de anticoncepcionais hormonais orais sobre o número de células de Langerhans em mulheres com captura híbrida negativa para papilomavírus humano

Data
2005-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: to study the influence of the use of oral contraceptives (OC) on the number of Langerhans' cells in women without cervical infection by human papillomavirus (HPV). METHODS: thirty women who presented abnormal cervical cytology and colposcopy-guided biopsy with samples of uterine cervix negative for HPV were selected. The absence of HPV DNA was confirmed by hybrid capture. Langerhans' cells were identified by immunohistochemistry using anti-S100 antigens. The cells visualized in light microscopy were counted using the Cytoviewer software. The nonparametric Wilcoxon rank sum test was employed for statistical analysis. RESULTS: the average number of Langerhans' cells in OC users was 320.7/mm² and in non-users 190.7/mm², this difference being statistically nonsignificant. In the intermediary layer of the cervical epithelium a tendency towards the increase of these cells was observed, with the averages 192.1/mm² for OC users and 93.4/mm² for non-users (p=0.05). CONCLUSIONS: the present study reports a tendency towards the increase in the number of the Langerhans' cells among OC users. This result suggests the OC may induce alterations in the number of Langerhans' cells, but considering the limited number of cases, more studies should be developed for a definitive conclusion.
OBJETIVO: estudar a influência do uso de anticoncepcionais orais (AO) sobre o número de células de Langerhans em mulheres sem infecção cervical por papilomavírus humano (HPV). MÉTODOS: foram incluídas trinta mulheres com alterações citológicas e biópsia dirigida pela colposcopia com amostras de colo uterino sem sinais de infecção por HPV. A ausência de DNA de HPV foi confirmada pela captura híbrida. As células de Langerhans foram identificadas pela reação de imuno-histoquímica com uso de antígenos anti-S100. As células visualizadas em microscopia de luz foram contadas utilizando o software Cytoviewer. Para análise estatística utilizou-se o teste não paramétrico de soma das ordens de Wilcoxon. RESULTADOS: a média do número de células de Langerhans em mulheres usuárias de AO foi de 320,7/mm² e em não usuárias 190,7/mm², não sendo esta diferença significante. Na camada intermediária do epitélio cervical observou-se tendência ao aumento dessas células, com as médias 192,1/mm² para usuárias e 93,4/mm² para não usuárias de AO (p=0,05). CONCLUSÕES: no presente estudo não se observou diferença significativa no total de células de Langerhans entre as usuárias e não usuárias de AO, porém, na camada intermediária do epitélio observou-se tendência ao aumento no número dessas células entre as usuárias de AO. Este resultado sugere que os AO podem induzir alterações no número das células de Langerhans, considerando porém o limitado número de casos, este achado não pode ser confirmado.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 27, n. 12, p. 726-730, 2005.
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