Evolution of the biochemical profile of children treated or undergoing treatment for moderate or severe stunting: consequences of metabolic programming?

Data
2014-07-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE:to evaluate changes in the biochemical profile of children treated or being treated for moderate or severe stunting in a nutrition recovery and education center.METHODS:this was a retrospective longitudinal study of 263 children treated at this center between August of 2008 to August of 2011, aged 1 to 6 years, diagnosed with moderate (z-score of height-for-age [HAZ] < -2) or severe stunting (HAZ < -3). Data were collected on socioeconomic conditions, dietary habits, and biochemical changes, as well as height according to age.RESULTS:the nutritional intervention showed an increase in HAZ of children with moderate (0.51 ± 0.4, p = 0.001) and severe (0.91 ± 0.7, p = 0.001) stunting during the monitoring. Increased levels of insulin-like growth factor 1 (IGF-1) (initial: 71.7 ng/dL; final: 90.4 ng/dL; p = 0.01) were also observed, as well as a reduction in triglycerides (TG) in both severely (initial: 91.8 mg/dL; final: 79.1 mg/dL; p = 0.01) and in moderately malnourished children (initial: 109.2 mg/dL; final 88.7 mg/dL; p = 0.01), and a significant increase in high-density lipoprotein cholesterol HDL-C only in the third year of intervention (initial: 31.4 mg/dL; final: 42.2 mg/dL). The values of total cholesterol (TC) and low-density lipoprotein cholesterol (LDL-C) levels remained high throughout the treatment (initial: 165.1 mg/dL; final: 163.5 mg/dL and initial: 109.0 mg/dL; final: 107.3 mg/dL, respectively).CONCLUSION:the nutritional treatment for children with short stature was effective in reducing stunting and improving TG and HDL-C after three years of intervention. However, the levels of LDL-C and TC remained high even in treated children. It is therefore speculated that these changes may result from metabolic programming due to malnutrition.
OBJETIVO:avaliar as mudanças no perfil bioquímico de crianças tratadas ou em tratamento para déficit estatural moderado ou grave em um centro de recuperação e educação nutricional.MÉTODOS:estudo longitudinal retrospectivo com 263 crianças semi-internas no Centro no período de agosto/2008 a agosto/2011, com idade entre 1 e 6 anos e diagnóstico de déficit estatural moderado, escore-Z da altura-para-idade (AIZ) < -2 e grave (AIZ < -3). Foram coletados dados socioeconômicos, dietéticos e bioquímicos e a evolução estatural segundo a idade.RESULTADOS:com a intervenção nutricional observou-se incremento no escore-z das crianças com déficit estatural moderado (0,51 ± 0,4; p = 0,001) e grave (0,91 ± 0,7; p = 0,001) durante o período de acompanhamento. Observou-se, ainda, aumento nos níveis de fator de crescimento insulina-símile (IGF-1) (inicial: 71,7 ng/dL; final: 90,4 ng/dL; p = 0,01), redução nos triglicérides (TG) tanto nas crianças graves (inicial: 91,8 mg/dL; final: 79,1 mg/dL; p = 0,01) como nas moderadamente desnutridas (109,2 mg/dL para 88,7 mg/dL; p = 0,01) e aumento significativo do lipoproteína de alta densidade (HDL-C) apenas no terceiro ano de intervenção (inicial: 31,4 mg/dL; final: 42,2 mg/dL). Os valores de colesterol total (CT) e lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) continuaram elevados durante todo o tratamento (inicial: 165,1 mg/dL; final: 163,5 mg/dL e inicial: 109,0 mg/dL; final: 107,3 mg/dL, respectivamente).CONCLUSÃO:o tratamento nutricional para as crianças de baixa estatura mostrou-se eficaz na redução do déficit estatural e dos TG e melhora dos níveis de HDL-C após três anos de intervenção. Porém, os níveis de LDL-C e CT mostraram-se sempre elevados mesmo nas crianças tratadas. Questiona-se, pois, se essas alterações seriam resultantes da programação metabólica a desnutrição.
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Citação
Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 90, n. 4, p. 356-362, 2014.
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