Proposta de atuação fonoaudiológica para estudantes de comunicação: efeitos de dois tipos de treinamento
Data
2017-02-08
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Objective: To compare the effects of two voice improvement programs on communication students. Methods: The study was carried out in two phases. Phase 1 – it was performed the speech language pathology practice pathway mapping to oral expression. Next, two training programs were developed: Voice and Oral Communication Development Group (VG) and Oral Expression and Communication Development Group (EG). Each group had an average of 20 participants for 8 weeks, two hours training per week. In the last step of phase 1, the Speech-Language Pathologists (SLP) trainers were instructed. On phase 2, the subjects were recruited and randomly divided into the groups. Participated 103 communication students, 46 students in VG (16 men and 30 women, mean age 20.6 years) and 57 students in EG (10 men and 47 women, mean age 20.2 years) that were distributed in 5 groups throughout the year: G1 (N=19), G2 (N=24), G (N=20), G4 (N=25), and G5 (N=15). The following questionnaires were addressed: Communication Involvement and Efficiency Self-Assessment during training, Training Form and Content Assessment, Group Climate Questionnaire – GCQ, Voice self-assessment and Communication Competence Test – TACCOM. The participants had an informative text reading recorded at the beginning and end of training in which was performed voice general grade of deviation perceptual analysis, reading comparison and best emission characterization according to selected parameters. Results: EG participants reported to be more involved to training and evaluated their communication more efficient in comparison to VG. Training form and content had good evaluation and, despite the differences between the trainings, the grades were similar to both groups, with group engagement climate predominance in VG and EG. The students assessed their voice and communication better after training, and there were no differences between the studied groups. Voice general grade of deviation was classified as absent in the groups, pre and post training. The participants’ reading had better evaluation after training. Regarding the reasons to this improvement, ‘voice and speech’ and ‘interpretation’ parameters did not had differences in both groups, and ‘clean voice’ and ‘involvement’ demonstrated striking differences in VG and EG. The voice resources speech rate, pauses, intonation, and emphasizes were used properly during text reading after training in both groups. Conclusion: The research results demonstrated positive training effect on communication students in both studied groups. There was difference between pre and post training to all evaluated measures, and the better evaluated readings were correspondent to post training. In VG and EG comparison, the only difference between the groups was Communication Involvement and Efficiency Self-assessment during training in which EG had higher grades. There was no difference between the groups in the others selected parameters. Voice and expression training carried out together seems to be the most indicated speech-language pathology practice regarding communication oral skills improvement.
Objetivo: Comparar os efeitos de dois programas de aperfeiçoamento da comunicação oral para estudantes de comunicação. Métodos: O estudo foi desenvolvido em duas fases. Na Fase 1, foi feito o mapeamento do eixo condutor da prática fonoaudiológica em expressividade verbal, seguido da elaboração de dois treinamentos: Grupo de Desenvolvimento da Voz para a Comunicação Oral (GV) e Grupo de Desenvolvimento da Expressividade Verbal para a Comunicação Oral (GE). Cada grupo teve, em média, 20 participantes, oito semanas de duração e encontros de duas horas. Na última etapa da Fase 1 ocorreu a instrução dos fonoaudiólogos que conduziram os grupos. Na Fase 2, os sujeitos foram recrutados e divididos aleatoriamente entre os grupos. Participaram do estudo 103 estudantes de comunicação, sendo 46 alunos em GV (16 homens e 30 mulheres, média de 20,6 anos de idade) e 57 alunos em GE (10 homens e 47 mulheres, média de 20,2 anos), distribuídos em cinco grupos ao longo de um ano: G1 (n=19), G2 (n=24), G3 (n=20), G4 (n=25) e G5 (n=15). Aplicaram-se os protocolos: autoavaliação do envolvimento e do rendimento da comunicação durante o treinamento, avaliação da forma e do conteúdo do treinamento, Questionário de Clima de Grupo – QCG, autoavaliação da voz e Teste de Autoavaliação da Competência Comunicativa – TACCOM. Os participantes gravaram a leitura de um mesmo texto informativo no início e no final do treinamento, sendo realizada a análise perceptivo-auditiva do grau geral do desvio vocal, a comparação das leituras e a caracterização da melhor emissão de acordo com parâmetros selecionados. Resultados: Os participantes de GE mostraram-se mais envolvidos com o treinamento e consideraram melhor o rendimento de sua comunicação em comparação com GV. A forma e o conteúdo do treinamento foram bem avaliados e, apesar das diferenças entre as propostas, as notas atribuídas foram semelhantes em ambos os grupos, com predomínio do clima de grupo de engajamento em GV e GE. Os estudantes avaliaram melhor sua voz e sua competência comunicativa no momento pós-treinamento, não havendo diferenças entre os grupos estudados. O grau geral do desvio vocal foi classificado como ausente em ambos os grupos, nos momentos pré e pós-treinamento. As leituras foram consideradas melhores ao final do treinamento quando comparadas às emissões do momento inicial. Quanto à razão da melhoria, não houve diferença entre os parâmetros ‘voz e fala’ e ‘interpretação’ entre os grupos, e os indicadores ‘voz limpa’ e ‘envolvimento’ evidenciaram as mudanças mais marcantes em GV e GE. Os recursos vocais de velocidade de fala, pausas, modulação e ênfases foram utilizados de forma adequada ao texto durante a leitura no momento pós-treinamento, em ambos os grupos. Conclusão: Os resultados da pesquisa mostraram o efeito positivo do treinamento para estudantes de comunicação nos dois grupos estudados. Houve diferença entre os momentos pré e pós-treinamento em todas as medidas avaliadas, sendo que as leituras consideradas como melhores correspondiam às emissões pós-treinamento. Na comparação entre GV e GE, a única diferença encontrada entre os grupos foi a autoavaliação de envolvimento e de rendimento na comunicação ao longo do treinamento, sendo observadas maiores notas em GE. Não houve diferença entre os grupos nos demais parâmetros selecionados. As abordagens de voz e expressividade, se aplicadas conjuntamente, podem potencializar os resultados de um treinamento fonoaudiológico de aperfeiçoamento da comunicação oral de estudantes de comunicação.
Objetivo: Comparar os efeitos de dois programas de aperfeiçoamento da comunicação oral para estudantes de comunicação. Métodos: O estudo foi desenvolvido em duas fases. Na Fase 1, foi feito o mapeamento do eixo condutor da prática fonoaudiológica em expressividade verbal, seguido da elaboração de dois treinamentos: Grupo de Desenvolvimento da Voz para a Comunicação Oral (GV) e Grupo de Desenvolvimento da Expressividade Verbal para a Comunicação Oral (GE). Cada grupo teve, em média, 20 participantes, oito semanas de duração e encontros de duas horas. Na última etapa da Fase 1 ocorreu a instrução dos fonoaudiólogos que conduziram os grupos. Na Fase 2, os sujeitos foram recrutados e divididos aleatoriamente entre os grupos. Participaram do estudo 103 estudantes de comunicação, sendo 46 alunos em GV (16 homens e 30 mulheres, média de 20,6 anos de idade) e 57 alunos em GE (10 homens e 47 mulheres, média de 20,2 anos), distribuídos em cinco grupos ao longo de um ano: G1 (n=19), G2 (n=24), G3 (n=20), G4 (n=25) e G5 (n=15). Aplicaram-se os protocolos: autoavaliação do envolvimento e do rendimento da comunicação durante o treinamento, avaliação da forma e do conteúdo do treinamento, Questionário de Clima de Grupo – QCG, autoavaliação da voz e Teste de Autoavaliação da Competência Comunicativa – TACCOM. Os participantes gravaram a leitura de um mesmo texto informativo no início e no final do treinamento, sendo realizada a análise perceptivo-auditiva do grau geral do desvio vocal, a comparação das leituras e a caracterização da melhor emissão de acordo com parâmetros selecionados. Resultados: Os participantes de GE mostraram-se mais envolvidos com o treinamento e consideraram melhor o rendimento de sua comunicação em comparação com GV. A forma e o conteúdo do treinamento foram bem avaliados e, apesar das diferenças entre as propostas, as notas atribuídas foram semelhantes em ambos os grupos, com predomínio do clima de grupo de engajamento em GV e GE. Os estudantes avaliaram melhor sua voz e sua competência comunicativa no momento pós-treinamento, não havendo diferenças entre os grupos estudados. O grau geral do desvio vocal foi classificado como ausente em ambos os grupos, nos momentos pré e pós-treinamento. As leituras foram consideradas melhores ao final do treinamento quando comparadas às emissões do momento inicial. Quanto à razão da melhoria, não houve diferença entre os parâmetros ‘voz e fala’ e ‘interpretação’ entre os grupos, e os indicadores ‘voz limpa’ e ‘envolvimento’ evidenciaram as mudanças mais marcantes em GV e GE. Os recursos vocais de velocidade de fala, pausas, modulação e ênfases foram utilizados de forma adequada ao texto durante a leitura no momento pós-treinamento, em ambos os grupos. Conclusão: Os resultados da pesquisa mostraram o efeito positivo do treinamento para estudantes de comunicação nos dois grupos estudados. Houve diferença entre os momentos pré e pós-treinamento em todas as medidas avaliadas, sendo que as leituras consideradas como melhores correspondiam às emissões pós-treinamento. Na comparação entre GV e GE, a única diferença encontrada entre os grupos foi a autoavaliação de envolvimento e de rendimento na comunicação ao longo do treinamento, sendo observadas maiores notas em GE. Não houve diferença entre os grupos nos demais parâmetros selecionados. As abordagens de voz e expressividade, se aplicadas conjuntamente, podem potencializar os resultados de um treinamento fonoaudiológico de aperfeiçoamento da comunicação oral de estudantes de comunicação.