Possibilidades da bissexualidade em narrativas de jovens bi: análise do podcast Bi sem carteirinha

Data
2021-08-20
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Esta monografia decorre de um estudo de abordagem qualitativa que objetivou compreender a bissexualidade por meio de narrativas de jovens bissexuais. Para isso, foi analisado o conteúdo do podcast Bi sem carteirinha, disponível para acesso livre no Spotify e em outras plataformas digitais. A pesquisa se insere no campo teórico do Serviço Social e nos estudos de gêneros e sexualidades, com referencial teórico que os compreende como construções sociais. A partir da experiência em pesquisa e extensão universitária, volta o olhar para jovens, como sujeitos de direitos e plurais. O material foi analisado com o método podcast ethnography (Markus Lundström; Tomas Poletti Lundström), a partir das categorias: bifobia, representatividade bissexual, descoberta, gêneros, interseccionalidade e narrativas bi contra-hegemônicas como posição política. Foram discutidas a não-binaridade, a questão-étnico racial, a não-monogamia e a assexualidade a partir da interseccionalidade como instrumento teórico-metodológico de análise (Kimberlé Crenshaw; Carla Akotirene). Utilizou-se do feminismo afro-latino-americano (Lélia Gonzalez) para situar o conteúdo perante à formação sócio-histórica brasileira com herança escravocrata. Concluiu-se que a representatividade bissexual positiva e o combate à bifobia, articulados à interseccionalidade com outras lutas por reconhecimento e por redistribuição de renda (Nancy Fraser) e alinhadas ao Projeto Ético-Político do Serviço Social (José Paulo Netto) têm potencial político anticapitalista, antiracista e contra o cisheretopatriarcado.
This monograph stems from a qualitative study that aimed to understand bisexuality through narratives of young bisexuals. For this, the content of the Brazilian podcast Bi without id card (Bi sem carteirinha), available for free access on Spotify and other digital platforms, was analyzed. The research is inserted in the theoretical field of Social Work and in gender and sexuality studies, with a theoretical framework that understands them as social constructions. Based on the experience in research and university extension, it looks at young people as plural subjects with rights. The material was analyzed with the podcast ethnography method (Markus Lundström; Tomas Poletti Lundström), from the categories: biphobia, discovering, gender, intersectionality, bisexual representativeness and counter-hegemonic bi narratives as a political position. Non-binarity, racial-ethnicity, non-monogamy and asexuality were discussed from the intersectionality as a theoretical and methodological tool of analysis (Kimberlé Crenshaw; Carla Akotirene). Afro-Latin American feminism (Lélia Gonzalez) was used to situate the content in relation to the Brazilian socio-historical formation with a slave heritage. It was concluded that bisexual positive representation and the fight against biphobia, articulated to intersectionality with other struggles for recognition and income redistribution (Nancy Fraser) and aligned with the Ethical-Political Project of Social Work (José Paulo Netto) have political potential anti-capitalist, anti-racist and against the cisheretopatriarchy.
Esta monografía surge de un estudio cualitativo que pretendía comprender la bisexualidad a través de las narrativas de jóvenes bisexuales. Para ello, se analizó el contenido del podcast Bi sin carnet (Bi sem carteirinha), de acceso gratuito en Spotify y otras plataformas digitales. La investigación se inserta en el campo teórico del Trabajo Social y en los estudios de género y sexualidad, con un marco teórico que los entiende como construcciones sociales. A partir de la experiencia en investigación y extensión universitaria, dirige su mirada a los jóvenes, como sujetos de derechos y plurales. El material fue analizado con el método de podcast ethnography (Markus Lundström; Tomas Poletti Lundström), a partir de las categorías: bifobia, descubrirse bi, género, interseccionalidad, representatividad bisexual y narrativas bi contrahegemónicas como posición política. La no binariedad, la cuestión étnico-racial, la no monogamia y la asexualidad fueron discutidas desde la interseccionalidad como herramienta teórica y metodológica de análisis (Kimberlé Crenshaw; Carla Akotirene). El feminismo afrolatinoamericano (Lélia Gonzalez) fue utilizado para situar el contenido en relación con la formación socio-histórica brasileña con herencia esclavista. Se concluyó que la representación positiva bisexual y la lucha contra la bifobia, articulada a la interseccionalidad con otras luchas por el reconocimiento y por la redistribución de la renta (Nancy Fraser) y alineada con el Proyecto Ético-Político de Trabajo Social (José Paulo Netto) tienen un potencial político anticapitalista, antirracista y contra el cisheretopatriarcado.
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Citação
ORTIZ, Estela Janine. Possibilidades da bissexualidade em narrativas de jovens bi: análise do podcast Bi sem carteirinha. 2021. 96 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Serviços Sociais) – Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2021.
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