Diferencial de salários público-privado e ciclo econômico no Brasil

Data
2021
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This paper analyzes the wage premium paid to the Brazilian state government employees compared to the private sector ones. This differential is estimated with Mincerian equations using 1995 to 2015 annual data from the National Household Sample Survey (PNAD/IBGE) and corrected for selection bias by a bivariate probit model for the probabilities of taking part in the labor force and being a public employee. Once the public-private wage differentials are obtained for each year and state government, they are adopted as the dependent variable in a panel data approach to verify the hypothesis of a countercyclical behavior. The covariates used are the unemployment rate, public finance indicators, the percentage of public employees over total employment, industry share in GDP, and variables to identify electoral cycles. For the panel data models, we used different estimation methods and tested for the hypothesis of heterogeneity of impacts of the labor market and public finance covariates across states. Our findings show that the wage differential has a countercyclical behavior tied to a more rigid labor market in the public sector. However, the relation between the pay gap and the unemployment rate was found to be nonlinear, and for high levels of unemployment, the earnings of public employees are also affected.
Este trabalho analisa o comportamento do prêmio salarial pago ao funcionalismo público estadual brasileiro, relativamente aos empregados do setor privado. Esse diferencial é estimado por meio de equações mincerianas utilizando-se os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 1995 a 2015 e corrigido para viés de seleção por um modelo probit bivariado para a chance de se estar empregado e de ser funcionário público. Uma vez obtidos os diferenciais por ano e por UF, esses são adotados como variável dependente em uma abordagem de painel para verificar a hipótese de um comportamento cíclico, fazendo-se uso de covariadas como a taxa de desemprego, indicadores de finanças públicas, participação dos funcionários públicos na força de trabalho estadual, participação da indústria no PIB, bem como variáveis que captam os ciclos eleitorais. Para a construção dos modelos em painel foram considerados diferentes métodos de estimação, e por último, testada a hipótese de heterogeneidade por UF, especialmente em relação às finanças públicas e composição do mercado de trabalho. Os resultados mostram que o diferencial de salários apresenta comportamento contracíclico associado à rigidez de contratações e demissões no setor público. Entretanto, a relação com o desemprego se mostrou não linear e, para níveis de desemprego muito elevados, observa-se que os salários no funcionalismo público também começam a ser afetados.
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