Efeito da memória operaciona nas habilidades auditivas de localização e ordenação temporal após reconto de histórias

dc.contributor.advisorPereira, Liliane Desgualdo [UNIFESP]
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0546134611213515
dc.contributor.authorFaria, Sônia Aparecida [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3471770720070663
dc.coverage.spatialSão Paulo
dc.date.accessioned2024-08-06T17:25:09Z
dc.date.available2024-08-06T17:25:09Z
dc.date.issued2024
dc.description.abstractObjetivo: o presente estudo se propõe a elaborar e aplicar um programa de intervenção auditiva em crianças de oito anos de idade, e analisar o seu efeito na memória operacional, nas habilidades auditivas de localização e ordenação temporal, bem como na percepção do comportamento auditivo do dia a dia relatado por seus pais e professores. Métodos: Este estudo foi desenvolvido no Núcleo de Investigação em Neuroaudiologia (NINA) do Departamento de Fonoaudiologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. Os dados foram coletados numa escola municipal da cidade de São Paulo. Todos os cuidados éticos foram tomados (protocolo de envio CAAE 36192920.2.0000.5505) e o estudo foi iniciado somente após a aprovação do Comitê de Ética Institucional - conforme parecer número 5.384.402. Os 31 participantes, com 8 anos de idade, sendo 18 crianças do sexo biológico feminino e 13 do masculino foram selecionados dentre os 57 matriculados no 3º ano do ensino Fundamental. Essas crianças foram reunidas em grupos: o grupo estudo (GE) com 15 crianças, e o grupo comparação (GC) com 16 crianças. Esse agrupamento foi feito por sorteio realizado juntamente com os professores. Foram tomados cuidados para que não ocorressem desistências. A fase de intervenção foi realizada com o GE em subgrupos de cinco em cinco crianças que foram submetidas por três meses, a um programa denominada PERH de escuto e reconto de histórias, elaborado para este estudo. Para esse programa PERH foram selecionadas 12 histórias do livro Fábula de Esopo ilustradas para apresentação visual e gravadas para apresentação auditiva. As crianças do GC também passaram pelo mesmo programa após a coleta de dados Todas as crianças de ambos os grupos passaram pela fase de avaliação comportamental psicológica e por uma triagem do processamento auditivo. Para o GE ocorreu a intervenção e para o GC ocorreu um tempo de espera sem essa intervenção. Os testes selecionados para avaliação psicológica foram: Raven para avaliar a inteligência não verbal, e o Span de Dígitos para avaliar a memória operacional. Os testes de triagem do processamento auditivo foram: Avaliação simplificada do processamento auditivo (ASPAC) e o questionário SAB de relato de pais/responsáveis e docentes sobre o comportamento auditivo do dia a dia, e somente os pais responderam um questionário de nível socioeconômico (NSE/ CRITÉRIO BRASIL). Ocorreu avaliação em dois momentos, denominados momento PRÉ e PÓS tendo intervalo de três meses entre esses dois momentos, utilizando-se os procedimentos de avaliação auditiva e de memória operacional. Os demais procedimentos caracterizaram a amostra. Para participar desta pesquisa as crianças precisaram se ausentar da sala de aula regular durante o período escolar. Quando uma criança faltava, a pesquisadora usava um dia da semana para repor as faltas em atendimento individualizado. Resultados: cada história foi gravada com a voz da pesquisadora, e com dois tipos de distorção da mensagem, sendo uma dela um ruído e a outra uma música clássica. Um programa de psicoeducação foi elaborado para os pais e professores contendo informações sobre memoria operacional e processamento auditivo. Foram duas horas distribuídas em dois encontros presencias com os professores e online com o grupo de pais. Em relação ao nível socioeconômico dos pais foi possível verificar que a maioria (74,19%) são famílias de médio poder aquisitivo. Em relação à caracterização da inteligência não verbal da amostra foi verificado que as crianças mostraram um desempenho médio em habilidades de raciocínio não verbal de acordo com a população de referência do teste. Isso significa que essas crianças possuem habilidades típicas para sua faixa etária quando necessitam fazer conexões logicas com informações visuais, bem como resolver problemas básicos que envolvam figuras e padrões. Em relação às avaliações comportamentais de cada grupo de crianças e dois momentos PRÉ E PÓS destacam-se os seguintes resultados: na análise inferencial em memória operacional para todos os desfechos, os valores do momento pós, foram superiores aos do momento pré; houve diferença estatisticamente significante no grupo estudo para percentil de dígitos ordem direta (p= 0.005) e pontuação bruta de dígito ordem inversa (p<0.001) e percentil de digito ordem inversa (p 0.005); no grupo comparação ocorreu melhora significante em dígitos ordem direta (p<0,001); para a variável dígitos ordem direta spam foi observado efeito significativo de momento (p =0,047), e para a variável ordem inversa foi observado um efeito significativo de momento (p <0,001) e de interação entre momento e grupo (p<o,o1); na análise comparativa entre grupos no momento PÓS em dígitos ordem inversa percentil observou-se que o grupo estudo apresentou valores significativamente maiores (p=0,012) do que o grupo comparação. O PERH teve um efeito significativo na memória operacional. Em relação ao SAB relatado pelos docentes verificou-se um efeito significativo de interação entre momento e grupo para o domínio aprendizagem (p= 0,044). Vale destacar que ocorreu uma variabilidade menor no momento PÓS do que no PRE no GE. Em ambos os modelos de análise estatística não houve efeito significativo de grupo ou momento para as variáveis localização e ordenação em ASPAC; em SAB pais nos domínios audição, aprendizagem, compreensão, e pontuação total; em SAB docentes para os domínios atenção, compreensão, audição e pontuação total. Conclusão: As intervenções baseadas em contos e recontos de histórias revelaram-se eficazes na promoção de melhorias significativas na memória operacional. Além disso, constatou-se que os professores, uma vez sensibilizados sobre as alterações no comportamento auditivo das crianças, puderam identificar com maior precisão as mudanças no processo de aprendizagem. pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
dc.emailadvisor.customlilianedesgualdo@gmail.com; liliane.desgualdo@unifesp.br
dc.format.extent135 f.
dc.identifier.citationFARIA, Sônia Aparecida. Efeito da memória operacional nas habilidades auditivas de localização e ordenação temporal após reconto de histórias. 2024. 135 f. Tese (Doutorado em Fonoudiologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11600/71540
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.subjectPercepção auditivapt_BR
dc.subjectMemória operacionalpt_BR
dc.subjectProcessamento temporalpt_BR
dc.subjectDificuldades de aprendiagempt_BR
dc.subjectEducaçãopt_BR
dc.subjectCriançapt_BR
dc.titleEfeito da memória operaciona nas habilidades auditivas de localização e ordenação temporal após reconto de históriaspt_BR
dc.title.alternativeEffect of working memory on auditory localization and temporal ordering abilities after story retelling.en
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis
unifesp.campusEscola Paulista de Medicina (EPM)
unifesp.graduateProgramDistúrbios da Comunicação Humana
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