Trabalho compulsório indígena na província do Pará: 1826-1831

Data
2016
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
The presente study aims to undertand the Indian compulsory labor, between 1826 and 1831. The hypothesis is that it was governed by the law 1798, which constituted a indigenism polician, which focused especially on the tapuios, to meet demands for indígenas workers. In 1826 the Parlament was reopened, intensely discussing the imminent end of the africans slaves trafficking, including workforces alternatives. In these discussion, the use of indígenas workers was suggested. In addition, 1826 was the first year after independence civil war in Pará. In 1831 was the year in which the main recruiter institution indian workforce, the Milícia de Ligeiros, was abolished. In addition, the law 1798 suffered a strong contestation from the analysis of the project indígena's civilization of Antônio Baena by the General Council of the province of Pará. Added to this, a coup d ' état which deposed the presidente of province, shaking the representative system. At the nacional level, it was the year which the africans slaves traffickin has became illegal and that D. Pedro I abdicated. We use the craft, population maps listed in códices in the Pará Public Archive. In Addtion, we analyse the annais of the Parliament, essays about the indígena question writtes in the 19 century and project indígena's civilization. Methodologically, we will seek to understand the provincial reality from a broader observation scale, the national. Add this, the prospect that the Indians are subjects of history makes it obligatory to take account of their action and aspects that the enable. This research is part of a larger group, Vassalos ou cidadãos, obrigados ao trabalho, coordenated of Professor André Machado.
O presente estudo tem como objetivo compreender o trabalho compulsório indígena na província do Pará, entre 1826 e 1831. Parte-se da hipótese de que ele foi regulado pela lei de 1798, que constituiu uma política indigenista, que incidiu especialmente sobre os tapuios, para atender demandas por mão de obra. Em 1826, o Parlamento foi reaberto, discutindo intensamente o iminente fim do trato negreiro, incluindo alternativas de mão de obra. Nessas discussões a utilização de braços indígenas chegou a ser aventada. Além disso, 1826 é o primeiro ano pós guerra civil de independência no Pará. O segundo marco temporal, 1831, foi o ano em que a principal instituição arregimentadora de mão de obra indígena no Pará, a Milícia de Ligeiros, foi abolida. Além disso, a lei de 1798 sofreu um forte questionamento a partir da apreciação do projeto de civilização dos índios de Antônio Baena pelo Conselho Geral da província do Pará. Some-se a isso que um golpe de estado depôs o presidente da província, abalando assim o sistema representativo. No plano nacional, foi ano em que o trato negreiro tornou-se ilegal e que D. Pedro I abdicou. Utilizaremos ofícios, mapas de população, arrolados em códices no Arquivo Público do Pará. Além disso, lançaremos mão dos Anais do Parlamento, ensaios de intelectuais oitocentistas e projetos civilização de índios. Metodologicamente, procuraremos entender a realidade provincial a partir de uma escala de observação mais ampla, a nacional. Some-se a isso a perspectiva de que os índios são sujeitos da história, o torna obrigatório levar em consideração ação deles e os aspectos que a informaram. Essa pesquisa faz parte de um grupo maior, Vassalos ou cidadãos obrigados ao trabalho, sob coordenação do professor Dr. André Machado.
Descrição
Citação
FERREIRA, Samuel Rocha. Trabalho compulsório indígena na província do Pará: 1826-1831. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado e Licenciatura em História) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2016.
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