Radioterapia para pacientes portadores de oftalmopatia de Graves: avaliação clínica e radiológica

Data
2009-09-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Purpose: To evaluate the clinical and radiological response of patients with Graves’ ophthalmopathy underwent to orbital radiotherapy concomitant or not with corticotherapy. Methods and materials: Eighteen patients (36 orbits) were underwent to orbital radiotherapy with a total dose of 10 Gy, fractioned in 1 Gy once a week over 10 weeks; nine of these patients made concomitant use of corticoids. The patients were evaluated clinically by means of a verbal questionnaire and by the evaluation of the clinical activity score (CAS), and radiologically, by magnetic resonance (MR) imaging parameters, before treatment and six months following it. Results: After treatment, total improvement of ocular pain, palpebral edema, visual acuity and ocular motility was observed. The patients presented a significant decrease in the symptoms such as tearing, diplopia, conjunctival hyperemia and ocular grittiness. There was a significant reduction of the inflammatory activity in the left eye, and all patients were classified as quiescent in the right eye. The MR indicated a marked decrease in ocular muscle thickness and in signal intensity bilaterally. The comparative analysis between groups I (radiotherapy exclusively) and II (radiotherapy combined with corticotherapy) showed no statistical difference regarding the clinical and radiological parameters evaluated. Conclusion: Whether associated or not with corticotherapy, radiotherapy delivered in low dose and in a protracted scheme suggest to be effective and safe, as verified by the clinical and radiological improvements, and is an efficient therapeutic option for patients with Graves’ ophthalmopathy.
Objetivo: Avaliar a melhora clínica e radiológica de pacientes com oftalmopatia de Graves, submetidos à radioterapia em órbitas concomitante ou não à corticoterapia. Métodos e materiais: Foram avaliados dezoito pacientes (36 órbitas) submetidos à radioterapia em órbitas com dose total de 10 Gy, fracionado em 1 Gy uma vez por semana durante 10 semanas, sendo que nove destes pacientes utilizaram corticoide concomitante. Os pacientes foram avaliados clinicamente através de questionário verbal e pela avaliação do escore de atividade clínica (CAS) e radiologicamente através de parâmetros de ressonância magnética (RM), antes e seis meses após o tratamento. Resultados: Após o tratamento houve melhora completa da dor ocular, edema palpebral, acuidade visual e motilidade ocular. Ocorreu diminuição significante dos sintomas de lacrimejamento, diplopia, hiperemia conjuntival e sensação de corpo estranho nos olhos. Os pacientes apresentaram significante redução da atividade inflamatória no olho esquerdo, e no olho direito, todos foram classificados como quiescentes. À RM observou-se nítida diminuição da espessura das musculaturas oculares e intensidade de sinal bilateralmente. A análise comparativa entre os grupos I (radioterapia exclusiva) e II (radioterapia e corticoterapia) não mostrou diferença estatística em relação aos parâmetros clínicos e radiológicos avaliados. Conclusão: A radioterapia associada ou não à corticoterapia, em doses baixas e esquema protraído, mostrou-se eficaz e segura, conforme verificado pela melhora clínica e radiológica e constitui uma atraente opção terapêutica para os pacientes com oftalmopatia de Graves.
Descrição
Citação
CARDOSO, Cejana Casimiro de Deus. Radioterapia para pacientes portadores de oftalmopatia de Graves: avaliação clínica e radiológica. 2009. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.
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