Duguetia lanceolata (Annonaceae): desreplicação, isolamento e caracterização de metabólitos especiais obtidos de frações apolares e fase alcaloídica e avaliação das atividades antiparasitária e antimicrobiana

Data
2021
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Duguetia lanceolata A. St.-Hil (Annonaceae) is popularly known as “pindaíva” or “ateira-da-mata”. This species is native to Subtropical America and can be easily found in many states of Brazil. Although the genus Duguetia has an increased number of cataloged native species of tropical America, the chemical data for D. lanceolata are unexplored. In this way, the present work aimed to perform a dereplication, isolation and characterization of special metabolites obtained from non-polar fractions and the alkaloid phase, as well as to evaluate the biological antiparasitic and antimicrobial potential. From the crude extract of the D. lanceolata leaves, an extraction with ethanol was performed, followed by partitioning with organic hexane solvent, making it possible to obtain the nonpolar fractions that were subjected to biomonitored fractionation against the parasites of L. amazonenses. After different chromatographic procedures, it was possible to purify and identify substances analyzed by ¹H and ¹³C nuclear magnetic resonance spectroscopy, DEPT, two-dimensional techniques (HMBC, HMQC, COZY, NOESY) and by mass spectrometry. The study of nonpolar fractions allowed the identification of eight terpenes (Cyclocolorenone, Ficaprenol, β-caryophylene oxide, isomers E,E- and E,Z- of Farnesal, Spatulenol, Ledol and Fitol), which showed a promising antileishmania. The crude extract was also subjected to an acid-base extraction, making it possible to obtain the alkaloid extract. The dereplication methodology via hyphenated liquid chromatography using the mass spectrometer (HPLC/EMAR/EM) was used in four alkaloid fractions. Analyzed for HPLC/EM/EM it was possible to evaluate the fragmentation pattern that identified the different types of alkaloids found by the species, being identified four aporphine alkaloids: glaucine, norglaucine, isocoridine and N-metillaurotetanine; three oxoaporfinic alkaloids: oxoglaucine, liriodenine and lanuginosine; in addition to an aporphinic derivative dehydroglaucine. Fractions containing these alkaloids were also evaluated for their antiparasitic potential against L. infantum, L. amazonensis and T. cruzi parasites. This work allowed the exploration of the bioactive substances chemical profile of D. lanceolata, once this species presents few studies on the description of its metabolites in the literature, producing valuable chemotaxonomic information of the species, besides the promising biological activity attributed to these compounds.
Duguetia lanceolata A. St.-Hil (Annonaceae), nome popular: “pindaíva” ou “ateira-da-mata” é umae espécie nativa da América Subtropical e pode ser facilmente encontrada em muitos estados do Brasil. Embora o gênero Duguetia possua um número considerável de espécies nativas da América tropical catalogadas, dados químicos disponíveis de D. lanceolata são limitados. Desta forma, o presente trabalho visou realizar a desreplicação, isolamento e caracterização de metabólitos especiais obtidos de frações apolares e da fase alcaloídica, bem como avaliar o potencial antiparasitário e antimicrobiano de extratos, frações e substâncias isoladas. A partir do extrato bruto das folhas de folhas de D. lanceolata foi realizada a extração com etanol seguido da partição com solvente orgânico hexano, possibilitando a obtenção das frações apolares que foram submetidas ao fracionamento biomonitorado frente aos parasitos de L. amazonensis. Após diversas etapas cromatográficas, foi possível a purificação e identificação de substâncias analisadas por espectroscopia de ressonância magnética nuclear de ¹H e ¹³C, DEPT, técnicas bidimensionais (HMBC, HMQC, COSY, NOESY) e por espectrometria de massas. O estudo das frações apolares possibilitou a identificação de oito terpenos (ciclocolorenona, ficaprenol, óxido de β-cariofileno, isômeros E,E e E,Z do farnesal, espatulenol, ledol e fitol). Destas substâncias, ciclocolorenona apresentou uma promissora atividade antileishmania com baixa citotoxicidade. Adicionalmente o extrato bruto foi também submetido a uma extração ácido-base, possibilitando a obtenção da fase alcaloídica e a metodologia de desreplicação via cromatografia líquida hifenada ao espectrômetro de massas (CLAE/EMAR/EM) foi utilizada em quatro frações alcaloídicas. Analisadas por CLAE-EM/EM foi possível avaliar o padrão de fragmentação que permitiu identificar os diferentes tipos de alcaloides produzidos pela espécie, sendo identificados quatro alcalóides aporfínicos: glaucina, norglaucina, isocoridina e N-metillaurotetanina; três alcaloides oxoaporfinicos: oxoglaucina, liriodenina e lanuginosina; além de um derivado aporfinico deidroglaucina. As frações contendo estes alcaloides também foram avaliadas frente ao seu potencial antiparasitário frente aos parasitos de L. infantum, L. amazonensis e T. cruzi. Este trabalho possibilitou exploração o perfil químico de substâncias bioativas desta espécie que apresenta poucos estudos sobre a descrição de seus metabólitos na literatura, acrescentando valiosas informações quimiotaxonômicas para a espécie, além da promissora atividade biológica atribuída aos seus compostos.
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