Hemorragia intracraniana fetal: achados ultrassonográficos em fetos com diagnóstico confirmado por ressonância magnética
Data
2016-12-21
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objective: To recognize and describe the ultrasonographic findings of fetuses diagnosed with intracranial hemorrhage, confirmed by magnetic resonance imaging. Patients and methods: 411 MRI exams of fetuses with CNS changes detected on routine ultrasonography, and confirmed by a specialist in fetal medicine in our service, performed from 2004 to 2015, were retrospectively reviewed. Fetuses with intracranial hemorrhage confirmed by MRI were divided into 3 groups, according to their location: encephalic (group 1), extra-encephalic (group 2) and encephalic and extra-encephalic (group 3). Group 1 was subdivided into 4 types: subependymal (1A); Subependymal with extension to white matter or parenchyma thinning (1B); Subependymal to the cortex ie the entire parenchyma thickness (1C) and diffuse encephalic hemorrhage supra and infratentorial (1D). After this division such fetuses had their ultrasound reports reviewed. Results: MRI findings: 5.8% (24/411) presented intracranial hemorrhage; 75% (18/24) encephalic (group 1); 12.5% ??(3/24) extraencephalic (group 2); 12.5% ??(3/24) encephalic and extra-encephalic (group 3). Among the fetuses with brain hemorrhage (group 1), subependymal involvement (1A) was observed in 22% (4/18); Subependymal and adjacent white matter (1B) in 28% (5/18); Of all parenchymal thickness (1C) in 44% (8/18) and diffuse of the cerebral parenchyma and cerebellum (1D) in 5% (1/18). In group 2 all the fetuses presented arteriovenous malformation (AVM): 33.3% (1/3) AVM pial; 33.3% (1/3) dural MAV and 33.3% (1/3) Galene vein malformation (MFVG). In group 3, it was observed an AVM of the MFVG type, with major cerebral ischemia in 33.3% (1/3) and subdural and subarachnoid haemorrhage, associated with involvement of the cerebral parenchyma in 66.7% (2/3). Ultrasound findings: ventriculomegaly was the most prevalent finding (87.5%, 21/24), isolated in only 1 case and with a statistically significant association with peri or intraventricular changes (p = 0.028), with masses (p = 0.009) And with deviations of the midline structures (p = 0.013). Conclusion: ventriculomegaly is the main ultrasonographic alteration related to intracranial hemorrhages, especially when associated with other findings, detectable in routine ultrasonography, allowing diagnostic follow-up with dedicated laboratory and imaging exams
Objetivo: Reconhecer e descrever os achados ultrassonográficos de fetos com diagnóstico de hemorragia intracraniana, confirmados pela ressonância magnética. Pacientes e métodos: 411 exames de RM de fetos com alterações no SNC detectadas na ultrassonografia de rotina, e confirmadas por especialista em medicina fetal no nosso serviço, realizados no período de 2004 a 2015, foram reavaliados retrospectivamente. Os fetos com hemorragia intracraniana confirmada pela RM foram divididos em 3 grupos, de acordo com a sua localização: encefálica (grupo 1), extraencefálica (grupo 2) e encefálica e extraencefálica (grupo 3). O grupo 1 foi subdividido em 4 tipos: subependimária (1A); subependimária com extensão para a substância branca ou a afilamento do parênquima (1B); subependimária até o córtex ou seja, toda a espessura do parênquima (1C) e hemorragia encefálica difusa supra e infratentorial (1D). Após esta divisão tais fetos tiveram seus relatórios ultrassonográficos revisados. Resultados: Achados de RM: 5,8% (24/411) apresentaram hemorragia intracraniana; 75% (18/24) encefálica (grupo 1); 12,5% (3/24) extraencefálica (grupo 2); 12,5% (3/24) encefálica e extraencefálica (grupo 3). Dentre os fetos com hemorragia encefálica (grupo 1), observou-se de acometimento subependimário (1A) em 22% (4/18); subependimária e substância branca adjacente (1B) em 28% (5/18); de toda a espessura do parênquima cerebral (1C) em 44% (8/18) e difuso do parênquima cerebral e cerebelo (1D) em 5% (1/18). No grupo 2 todos os fetos apresentaram malformação arteriovenosa (MAV): 33,3% (1/3) MAV pial; 33,3% (1/3) MAV dural e 33,3% (1/3) malformação da veia de Galeno (MFVG). No grupo 3 observou-se MAV do tipo MFVG, com isquemia cerebral importante em 33,3% (1/3) e hemorragia subdural e subaracnoídea, associada a acometimento do parênquima cerebral em 66,7% (2/3). Achados ultrassonográficos: ventriculomegalia foi o achado mais prevalente (87,5%; 21/24), isoladamente em apenas 1 caso e com associação estatisticamente significante com alterações peri ou intraventriculares (p= 0,028), com presença de massas (p= 0,009) e com desvios da estruturas da linha mediana (p= 0,013). Conclusão: ventriculomegalia é a principal alteração ultrassonográfica relacionada às hemorragias intracranianas, principalmente quando associada a outros achados, detectáveis na ultrassonografia de rotina, permitindo prosseguimento diagnóstico com exames laboratoriais e de imagem dedicados
Objetivo: Reconhecer e descrever os achados ultrassonográficos de fetos com diagnóstico de hemorragia intracraniana, confirmados pela ressonância magnética. Pacientes e métodos: 411 exames de RM de fetos com alterações no SNC detectadas na ultrassonografia de rotina, e confirmadas por especialista em medicina fetal no nosso serviço, realizados no período de 2004 a 2015, foram reavaliados retrospectivamente. Os fetos com hemorragia intracraniana confirmada pela RM foram divididos em 3 grupos, de acordo com a sua localização: encefálica (grupo 1), extraencefálica (grupo 2) e encefálica e extraencefálica (grupo 3). O grupo 1 foi subdividido em 4 tipos: subependimária (1A); subependimária com extensão para a substância branca ou a afilamento do parênquima (1B); subependimária até o córtex ou seja, toda a espessura do parênquima (1C) e hemorragia encefálica difusa supra e infratentorial (1D). Após esta divisão tais fetos tiveram seus relatórios ultrassonográficos revisados. Resultados: Achados de RM: 5,8% (24/411) apresentaram hemorragia intracraniana; 75% (18/24) encefálica (grupo 1); 12,5% (3/24) extraencefálica (grupo 2); 12,5% (3/24) encefálica e extraencefálica (grupo 3). Dentre os fetos com hemorragia encefálica (grupo 1), observou-se de acometimento subependimário (1A) em 22% (4/18); subependimária e substância branca adjacente (1B) em 28% (5/18); de toda a espessura do parênquima cerebral (1C) em 44% (8/18) e difuso do parênquima cerebral e cerebelo (1D) em 5% (1/18). No grupo 2 todos os fetos apresentaram malformação arteriovenosa (MAV): 33,3% (1/3) MAV pial; 33,3% (1/3) MAV dural e 33,3% (1/3) malformação da veia de Galeno (MFVG). No grupo 3 observou-se MAV do tipo MFVG, com isquemia cerebral importante em 33,3% (1/3) e hemorragia subdural e subaracnoídea, associada a acometimento do parênquima cerebral em 66,7% (2/3). Achados ultrassonográficos: ventriculomegalia foi o achado mais prevalente (87,5%; 21/24), isoladamente em apenas 1 caso e com associação estatisticamente significante com alterações peri ou intraventriculares (p= 0,028), com presença de massas (p= 0,009) e com desvios da estruturas da linha mediana (p= 0,013). Conclusão: ventriculomegalia é a principal alteração ultrassonográfica relacionada às hemorragias intracranianas, principalmente quando associada a outros achados, detectáveis na ultrassonografia de rotina, permitindo prosseguimento diagnóstico com exames laboratoriais e de imagem dedicados
Descrição
Citação
IANI, Leonardo Jorge. Hemorragia intracraniana fetal: achados ultrassonográficos em fetos com diagnóstico confirmado por ressonância magnética. 2016. 23 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.