Anastomoses vasculares no transplante renal pediátrico e uma nova estratégia para anastomoses em crianças de baixo peso
Arquivos
Data
2014-09-30
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: The technical aspects of renal transplantation (RT) performed in children should be specific, particularly with regard to vascular anastomoses (VA) in those that are lower-weight. Objectives: To assess the main VA options in paediatric renal transplantations and propose a new strategy for renal artery trajectory when using the aorta (Ao) and the inferior vena cava (iVC) on the right side. Methods: Data were obtained through a retrospective review of medical records. The sample was represented by 81 patients consecutively undergoing transplantation at Hospital Samaritano in the city of São Paulo, who were classified into two groups: Group 1 (G1) consisted of children under 16 kg, and Group 2 (G2) with children weighing 16 kg or more. Results: The smaller children (G1) received the graft predominantly on Ao and iVC (63%), while the options used for VA varied in children weighing 16 kg or more (G2), predominanting the anastomoses on the common iliac vessels (46%). In the first group, when the Ao was the selected vessel for anastomosis on the right side, the trajectory adopted for the transplanted kidney artery was posterior to the iVC. No vascular complications related to the surgical technique were observed. Conclusions: The Ao and the iVC were the main options for the VA in G1, while the common iliac artery and vein were commonly used in G2. The trajectory for the renal artery posterior to the iVC is feasible and can eliminate one of the possibilities of compression of this vein, and also allows the reconstitution of the usual anatomical pathway of the renal artery on the right side.
Introdução: O transplante renal na criança guarda estreita relação com o realizado em adultos, entretanto, apresenta aspectos distintos que merecem atenção especial. A doença renal crônica acomete a criança em momento crítico do seu desenvolvimento neurológico e corporal, sua etiologia com grande frequência é decorrente das anomalias do trato urinário e, por último, apresenta características e detalhes técnicos distintos relacionados ao ato operatório. Os aspectos técnicos do transplante renal (TR) realizado em crianças deveriam ser específicos, principalmente no que diz respeito às anastomoses vasculares (AVs) em crianças de baixo peso, muitas vezes responsabilizadas pelas tromboses dos vasos do enxerto e vasos diretamente relacionados. Objetivos: Avaliar as principais opções de AVs dos transplantes realizados em crianças e propor uma nova estratégia para o trajeto da artéria renal quando se utiliza a artéria aorta (Ao) e a veia cava inferior (VCi), do lado direito. Método: Os dados foram obtidos através de uma revisão retrospectiva dos prontuários médicos. A casuística foi representada por 81 doentes submetidos consecutivamente ao transplante, no Hospital Samaritano de São Paulo, que foram classificados em dois grupos, sendo o Grupo 1 (G1) composto por crianças com menos de 16 kg e o Grupo 2 (G2) por crianças de 16 kg ou mais. Resultados: As crianças menores (G1) receberam o enxerto predominantemente na Ao e VCi (63%); enquanto que, nas crianças com 16 kg ou mais (G2), as opções utilizadas para as AVs variaram, predominando as anastomoses com os vasos ilíacos comuns (46%). Principalmente no primeiro grupo, quando a Ao foi a artéria selecionada para receber o enxerto do lado direito, o trajeto adotado para a artéria do rim transplantado foi posterior à VCi. Não foram observadas complicações vasculares relacionadas com a técnica operatória. Conclusões: A Ao e VCi foram as principais opções para as AVs no G1; enquanto que, os vasos mais utilizados no G2, foram as artérias e veias ilíacas comuns. O trajeto retrocava da artéria renal do enxerto é factível e deve ser preferencial para evitar a compressão da veia cava infrarrenal quando o implante for do lado direito.
Introdução: O transplante renal na criança guarda estreita relação com o realizado em adultos, entretanto, apresenta aspectos distintos que merecem atenção especial. A doença renal crônica acomete a criança em momento crítico do seu desenvolvimento neurológico e corporal, sua etiologia com grande frequência é decorrente das anomalias do trato urinário e, por último, apresenta características e detalhes técnicos distintos relacionados ao ato operatório. Os aspectos técnicos do transplante renal (TR) realizado em crianças deveriam ser específicos, principalmente no que diz respeito às anastomoses vasculares (AVs) em crianças de baixo peso, muitas vezes responsabilizadas pelas tromboses dos vasos do enxerto e vasos diretamente relacionados. Objetivos: Avaliar as principais opções de AVs dos transplantes realizados em crianças e propor uma nova estratégia para o trajeto da artéria renal quando se utiliza a artéria aorta (Ao) e a veia cava inferior (VCi), do lado direito. Método: Os dados foram obtidos através de uma revisão retrospectiva dos prontuários médicos. A casuística foi representada por 81 doentes submetidos consecutivamente ao transplante, no Hospital Samaritano de São Paulo, que foram classificados em dois grupos, sendo o Grupo 1 (G1) composto por crianças com menos de 16 kg e o Grupo 2 (G2) por crianças de 16 kg ou mais. Resultados: As crianças menores (G1) receberam o enxerto predominantemente na Ao e VCi (63%); enquanto que, nas crianças com 16 kg ou mais (G2), as opções utilizadas para as AVs variaram, predominando as anastomoses com os vasos ilíacos comuns (46%). Principalmente no primeiro grupo, quando a Ao foi a artéria selecionada para receber o enxerto do lado direito, o trajeto adotado para a artéria do rim transplantado foi posterior à VCi. Não foram observadas complicações vasculares relacionadas com a técnica operatória. Conclusões: A Ao e VCi foram as principais opções para as AVs no G1; enquanto que, os vasos mais utilizados no G2, foram as artérias e veias ilíacas comuns. O trajeto retrocava da artéria renal do enxerto é factível e deve ser preferencial para evitar a compressão da veia cava infrarrenal quando o implante for do lado direito.
Descrição
Citação
GOMES, Adriano Luis. Anastomoses vasculares no transplante renal pediátrico e uma nova estratégia para anastomoses em crianças de baixo peso. 2014. 89 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.