O efeito do feedback auditivo atrasado e da alteração da frequência na severidade da gagueira

Data
2013
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introdução: A gagueira e um disturbio de fala conhecido ha muito tempo, porem ate hoje nao existe um consenso em sua definicao e provavel causa. Ha uma variedade de fatores que sugerem uma multicausalidade, tais como geneticos, neurofisiologicos, auditivos, ambientais, entre outros. Diversas pesquisas tem mostrado dados importantes em relacao aos aspectos auditivos, enfatizando seu papel no estudo da gagueira. Algumas veem pesquisando sobre a utilizacao do feedback auditivo atrasado como tecnica terapeutica que pode levar a um efeito de melhora da fluencia da fala em individuos que gaguejam. Entretanto, e de consenso, que inumeros fatores podem interferir na eficacia deste recurso, sendo dificil prever quando um individuo tera beneficios na fala ou nao. Objetivo: Verificar o efeito do feedback auditivo atrasado e alteracao da frequencia na severidade da gagueira, por meio do aparelho SpeechEasy Metodo: Foram selecionados 16 individuos adultos com diagnostico de gagueira, do sexo masculino e feminino, na faixa etaria entre 17 e 49 anos e com escolaridade variando da Graduacao ao Ensino Medio Completo. Os individuos foram distribuidos em 2 grupos, sendo um grupo (G1) formado por 8 individuos gagos submetidos a terapia de fala com o uso do aparelho SpeechEasy, e o outro, (G2) formado por 8 individuos gagos submetidos a terapia sem o uso do aparelho. Todos os individuos submeteram-se a avaliacao fonoaudiologica convencional, avaliacao especifica da gagueira, avaliacao audiologica basica, avaliacao do processamento auditivo, avaliacao da dominancia lateral e treinamento de fala com ou sem o uso do aparelho. Os dados obtidos foram submetidos a analise estatistica pertinente. Resultados: Nos grupos G1 e G2 houve uma diminuicao estatisticamente significante do grau de gagueira (p<0,001) e das disfluencias atipicas (p<0,001), na avaliacao final quando comparadas a inicial. No G1 (com SpeechEasy), a media de disfluencias atipicas na avaliacao inicial foi de 9,6% e na avaliacao final, 5,5%, enquanto que no G2 (sem SpeechEasy), a media foi de 10,8% e de 8,7%, respectivamente. Nao houve diferenca estatisticamente significante entre os individuos do G1 e G2 estudados, quanto ao desempenho nos testes de PAC, tanto verbais quanto nao verbais, porem ambos os grupos apresentaram alteracoes nos testes de processamento auditivo investigados. Tambem nao houve correlacao das alteracoes nos testes de processamento auditivo com o grau de severidade da gagueira. Entretanto, houve uma tendencia dos individuos que obtiveram o teste RGDT normal apresentar maior reducao da gagueira com o uso do SpeechEasy. Conclusoes: Houve melhora do grau da gagueira com o treinamento de fala em ambos os grupos, com tendencia do G1 que utilizou o dispositivo SpeechEasy apresentar maior reducao no indice de disfluencias e maior ganho nas taxas de velocidade articulatoria e de producao de informacao. Apos treinamento de fala nao houve correlacao entre a orelha de preferencia inicial do individuo e a orelha que apresentou melhor desempenho
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2013. 95 p.
CARRASCO, Eliane Regina. efeito do feedback auditivo atrasado e da alteração da frequência na severidade da gagueira.2013. 96f. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Distúrbios da Comunicação Humana) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2013.
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