Fatores biológicos e socioculturais na avaliação do vocabulário receptivo em português oral de deficientes auditivo pós-linguais
Data
2014-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PurposeAssess the receptive vocabulary in postlingual hearing impaired patients, regarding the influence of biological and sociocultural factors. MethodWe conducted a cross-sectional study, with 78 hearing impaired individual diagnosed with sensorineural, symetric, postlingual hearing loss; and age between 12 and 70 years (mean=51.3±21.6; median=53), who speak brazilian portuguese as first language. We raised data about sociocultural status, hearing loss and hearing aids characteristics. The “Teste de Vocabulário por figura USP–Tvfusp92o”, in portuguese, was used to evaluate the receptive vocabulary. ResultThe hearing impaired individuals mean score in the recepetive vocabulary test was 82.9 (SD=26.0), showing significant correlaton with the educational level, reading habits and the use of a hearing aid. When compared with the test normative data, 51,3% of the hearing impaired scored as having poor or very-poor receptive vocabulary. ConclusionSociocultural factors, as educational level and reading habit, and the use of a hearing aid have a positive influence on receptive vocabulary. By other side, biological factors as age and hearing loss characteristics did not demonstrate this influence. Mostly of hearing impaired subjects had worst scores in the receptive vocabulary test when compared to normal-hearing individuals, from seven to ten years old.
ObjetivoAvaliar o vocabulário receptivo em deficientes auditivos pós-linguais, analisando a influência de fatores biológicos e socioculturais. MétodoRealizou-se um estudo transversal com 78 indivíduos deficientes auditivos, com perda auditiva pós-lingual, neurossensorial, simétrica e idade entre 12 e 70 anos (média= 51,3 ± 21,6; mediana=53), usuários do português brasileiro como primeira língua. Foram levantados dados socioculturais, incluídos o nível de escolaridade e o hábito de leitura, e as características da perda auditiva e do dispositivo auditivo eletrônico utilizado (AASI ou Implante Coclear). Para a avaliação do vocabulário receptivo, foi utilizado o Teste de Vocabulário por figura, USP–Tvfusp92o. ResultadoO desempenho médio dos deficientes auditivos no teste de vocabulário receptivo foi de 82,9 pontos (DP=26,0), apresentando correlação significativa com a escolaridade, hábito de leitura e uso de dispositivo auditivos eletrônicos. Quando comparados aos resultados normativos do teste, 51,8% dos deficientes auditivos demonstraram vocabulário receptivo classificado como rebaixado ou muito rebaixado. ConclusãoOs fatores socioculturais, escolaridade e hábito de leitura e o uso de dispositivos eletrônicos influenciam positivamente o vocabulário receptivo oral. Já os fatores biológicos idade, grau da deficiência e tempo de aquisição da deficiência auditiva não tiveram influência sobre o mesmo. A maior parte dos participantes da amostra teve desempenho rebaixado ou muito rebaixado, quando comparados a ouvintes de 7 a 10 anos.
ObjetivoAvaliar o vocabulário receptivo em deficientes auditivos pós-linguais, analisando a influência de fatores biológicos e socioculturais. MétodoRealizou-se um estudo transversal com 78 indivíduos deficientes auditivos, com perda auditiva pós-lingual, neurossensorial, simétrica e idade entre 12 e 70 anos (média= 51,3 ± 21,6; mediana=53), usuários do português brasileiro como primeira língua. Foram levantados dados socioculturais, incluídos o nível de escolaridade e o hábito de leitura, e as características da perda auditiva e do dispositivo auditivo eletrônico utilizado (AASI ou Implante Coclear). Para a avaliação do vocabulário receptivo, foi utilizado o Teste de Vocabulário por figura, USP–Tvfusp92o. ResultadoO desempenho médio dos deficientes auditivos no teste de vocabulário receptivo foi de 82,9 pontos (DP=26,0), apresentando correlação significativa com a escolaridade, hábito de leitura e uso de dispositivo auditivos eletrônicos. Quando comparados aos resultados normativos do teste, 51,8% dos deficientes auditivos demonstraram vocabulário receptivo classificado como rebaixado ou muito rebaixado. ConclusãoOs fatores socioculturais, escolaridade e hábito de leitura e o uso de dispositivos eletrônicos influenciam positivamente o vocabulário receptivo oral. Já os fatores biológicos idade, grau da deficiência e tempo de aquisição da deficiência auditiva não tiveram influência sobre o mesmo. A maior parte dos participantes da amostra teve desempenho rebaixado ou muito rebaixado, quando comparados a ouvintes de 7 a 10 anos.
Descrição
Citação
Audiology - Communication Research. Academia Brasileira de Audiologia, v. 19, n. 4, p. 360-366, 2014.