Teses e Dissertações
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Navegando Teses e Dissertações por Orientador(es) "Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Lutas, conquistas e desafios para o acesso e permanência no ensino superior: uma análise a partir da narrativa de sujeitxs que experienciaram o Educafro Valongo (Santos/SP)(Universidade Federal de São Paulo, 2020-10-30) Coelho, João Domingos da Silva [UNIFESP]; Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2899447703219719; http://lattes.cnpq.br/0506853120574338; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A pesquisa analisa a experiência do núcleo Educafro Valongo, localizado na Baixada Santista – especificamente na cidade de Santos/SP -, a partir de narrativas de estudantes egressos do curso pré-vestibular. O objetivo é busca compreender a partir das dimensões educacional, política, social e estética do núcleo, qual a contribuição do mesmo para os seus egressos no que se refere ao acesso e permanência no ensino superior, a promoção da autonomia e do envolvimento em ações coletivas contestatórias aos mecanismos de violação de direitos e a ordem excludente, promovidos pelo Estado brasileiro. O desenvolvimento da pesquisa exigiu um levantamento bibliográfico para o aprofundamento teórico de conceitos sociológicos, como desigualdade social, luta de classe, racismo estrutural e violência de Estado. Conjuntamente, foi necessário um trabalho de campo para a obtenção dos dados empíricos. Optou-se pela construção e análise da narrativa de três egressos. Os resultados alcançados permitem problematizar o direito à educação das populações negra e pobres, de modo especial os mecanismos de acesso e permanência ao ensino superior, como também revela os espaços de organização social como referências para a reafirmação da identidade da população negra e pobre do Brasil, visando a uma sociedade mais justa e antirracista.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Tradição e contradição: autoritarismo e democracia no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2021-02-11) Antonio Junior, Mario Miranda [UNIFESP]; Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2899447703219719; http://lattes.cnpq.br/6149797305054530; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A pesquisa realizada articula tradição e contradições, no passado e no presente, da sociedade brasileira, para discutir a permanência do conservadorismo em um contexto de crise do capitalismo global – especialmente a partir de 2008 que há uma contraofensiva neoliberal e autoritária na América Latina desde uma década de ascensão de forças progressistas. Parte-se da hipótese de que a redemocratização no Brasil alcançou os procedimentos institucionais, mas não renovou as práticas políticas, pois há tensionamento na relação capital x trabalho, na perspectiva do capitalismo periférico e dependente, mobilizando setores reacionários históricos contra forças democráticas e populares. Assim, numa perspectiva dialética, histórica e estrutural o estudo em questão busca analisar a relação entre autoritarismo e democracia no Brasil, destacando as contradições entre capital x trabalho através da “questão social”, considerando a nossa “formação social” e o “modo de produção” típico que estrutura a sociedade. Para este fim, foram mobilizados autores do pensamento político e social brasileiro, considerando as suas distintas abordagens metodológicas e teóricas. Por fim, destacamos a “modernização conservadora”, a “tradição autoritária”, a “ordem senhorial”, a “autocracia burguesa” e o “capitalismo dependente” como elementos fundamentais que caracterizam o processo histórico e que repercutem no desenvolvimento econômico, social e da democracia no Brasil.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Trajetórias e estratégias de sobrevivência dos moradores da região central de Santos/SP : formas de existir e resistir à violência de estado.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-07-16) Macedo, Nathália Franco [UNIFESP]; Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2899447703219719; http://lattes.cnpq.br/2835930042191102; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A Violência de Estado se manifesta nos territórios na medida em que privilegia determinados grupos no processo de gestão e organização da cidade: se utiliza da força militarizada para a resolução de incômodos e conflitos, ou fortalece os mecanismos de dominação e exclusão de parcela da população dos seus instrumentos institucionais burocráticos participativos. É importante considerar que estas ações se firmam com maior densidade em terrenos históricos em que o que pauta hegemonicamente a sociedade que queremos é uma política abertamente neoliberal, que transforma o acesso a direitos básicos em um bem de consumo e o seu não acesso em um exercício necropolítico. Não conseguindo escapar dessa premissa, o Brasil vem se adequando às mais diversas políticas de consumo e morte as populações afetadas pela desigualdade proposital adentram cada vez mais em contextos vulneráveis... a Região Central Histórica de Santos é só mais um território da Região Metropolitana da Baixada Santista que materializa em seu cotidiano os efeitos perversos dessas políticas. Nesse contexto, esta pesquisa é um esboço da experiência que foi acompanhar e se relacionar com as formas de existir tramadas pelos sujeitos que ocupam, habitam e transitam pela região. As narrativas de existências expressas nesta dissertação apontam para a frágil fronteira que há entre sobrevivência e resistência no contemporâneo, assim como a sua transgressão em cada ato (extra)ordinário. A principal motivação para a realização deste trabalho é a defesa da vida e da memória da população que habita esta região: a partir do reconhecimento de suas histórias, trajetórias cotidianas e saberes produzidos nas próprias relações, assim como a possibilidade de fortalecimento da troca de conhecimento com a universidade. A partir de uma abordagem qualitativa, elegemos como inspiração metodológica a estratégia da cartografia combinada com elementos da etnografia, em que a produção dos dados foi realizada através do caminhar, do observar e dos diálogos com o Outro que surgiram neste processo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Violar e Proteger: A dúbia ação do Estado nos casos de mulheres vítimas de violência(Universidade Federal de São Paulo, 2022-03-15) Silva, Kathelyn Kristinne Garcia da [UNIFESP]; Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2899447703219719; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A violência de gênero é uma expressão da sociedade patriarcal, que ganha uma configuração específica na sociedade capitalista, desenvolvida no bojo da desigualdade e luta social, inclusive por decorrência da ação do Estado, ao assegurar o cumprimento das normas sociais e culturais por parte da sociedade civil, exercendo sua força preponderante com o uso da violência como instrumento organizador das classes sociais. Para compreender a violência vivida e resistência das mulheres, inclusive as lutas por direitos civis, é fundamental considerar a historicidade e enfrentar as imbricações de gênero com os elementos estruturantes da sociedade brasileira: as relações étnico-raciais, de classe e o uso do próprio Estado para interesses do grupo dominante. A partir da Constituição Federal de 1988, um marco expressivo da organização e reivindicação das mulheres, houve uma mudança de paradigmas no que tange aos direitos das mulheres, possibilitando, por conseguinte o desenvolvimento de políticas sociais, a institucionalização de serviços especializados assegurados pela legislação. No entanto, os dados e as experiências cotidianas das mulheres têm demonstrado que, apesar dos avanços normativos e da criação de serviços, o número de casos de violência de gênero e feminicídios no Brasil continuam alarmantes. Esta situação paradoxal estimulou o desenvolvimento de uma pesquisa sobre a efetividade das políticas de proteção às mulheres vítimas de violência de gênero. A intenção foi problematizar a dubiedade do Estado enquanto agente promotor das políticas de proteção social e, ao mesmo tempo, interventor para garantir a manutenção da dinâmica de funcionamento da sociedade brasileira. Além da pesquisa bibliográfica, o estudo realizado tomou como base de dados para análise as experiências tangíveis do movimento de mulheres, especificamente o projeto “Promotoras Legais Populares” na cidade de Santos - SP. A partir de registros de reuniões públicas o depoimento de uma mulher vítima de violência doméstica que passou pelo processo de denúncia na Delegacia de Defesa da Mulher em Santos (DDM), é analisada a ação do Estado - atuação dos agentes estatais - a relação sutil entre o proteger e punir, inclusive o entendimento de quem passa pelas expressões da violência.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A violência de Estado e as mulheres/mães: sofrimento e reparação pela perda de familiares durante e após os crimes de maio de 2006 na região metropolitana da Baixada Santista (RMBS)(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-17) Silva, Valéria Aparecida de Oliveira [UNIFESP]; Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2899447703219719; http://lattes.cnpq.br/7626336242155149; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A presente dissertação de mestrado acadêmico apresenta um estudo sobre o significado e as consequências que o sofrimento tem para as mulheres/mães e familiares de vítimas da violência de Estado, bem como a forma que as mesmas têm enfrentado a dor da perda. O uso da pesquisa participante e da etnometodológica tem promovido troca de experiências, a criação de vínculos, a coleta de informações e dados sobre o processo vivido por 5 mulheres/mães. Entre os resultados obtidos neste processo de pesquisa destacamos neste trabalho um aspecto historicamente presente em nossa sociedade, mas que vem sendo intensificado na atualidade com a retomada neoliberal conservadora: a relação existente entre a religião e a condição da mulher/mãe. O dogmatismo religioso revela-se como uma forma de conter a emancipação da mulher frente ao domínio masculino, que de fato têm como finalidade o controle social, para a proteção do patrimônio e da propriedade privada. A análise sobre a trajetória das mulheres/mães de vítimas da violência de Estado tem demonstrado que ainda que sejam reconhecidas como mulheres responsáveis pela harmonia do lar, pela educação dos filhos e em muitos casos pela manutenção da vida doméstica, assim como Eva (a mulher da criação); são capazes de se manterem puras, além de amorosas e compreensivas frente ao olhar dos filhos e também de suportar toda a dor e sofrimento da qual são vítimas, assim como Maria (a mãe de Jesus). Contudo, o mais importante a ser destacado é que essas mesmas mulheres/mães são vistas como loucas, rebeldes e lutadoras (como na Inquisição religiosa) quando não se submetem à lógica da violência estrutural (pelo Estado, pela cultura do patriarcado e pela Igreja). De modo geral, esse jugo reproduzido tornam as mulheres/mães de vítimas da violência estrutural, tão vítimas quanto seus filhos, tendo como consequência os processos de adoecimento.