Navegando por Palavras-chave "Colículo inferior"

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    Participação da neurotransmissão endocanabinóide do colículo inferior, via modulação dos receptores CB1, na resposta de inibição por pré-pulso do reflexo de sobressalto acústico em ratos wistar
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-29) Hissamura, Mariana Mayumi Rodrigues [UNIFESP]; Silva, Regina Cláudia Barbosa da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7507421915981968; http://lattes.cnpq.br/6779216285653939; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico devastador que acomete aproximadamente 1% da população geral ao longo da vida. Dentre as diversas hipóteses neuroquímicas consideradas para elucidar a etiologia da esquizofrenia, destaca-se um possível envolvimento do sistema endocanabinoide (SEC), devido às ocorrências observadas de sintomas psicóticos transitórios em indivíduos após o consumo da Cannabis sativa. Pacientes com esquizofrenia apresentam déficits cognitivos, incluindo déficits da atenção seletiva. Um modelo utilizado, baseado em processos atencionais, é conhecido como modelo de Inibição por Pré-Pulso (IPP) do Reflexo de Sobressalto. A via neural primária que medeia a resposta de IPP encontra-se no tronco encefálico, sendo o colículo inferior (CI) uma estrutura chave nesta circuitaria. O objetivo deste estudo foi avaliar se a microinjeção no CI de AEA (50 pmol/0.2 μl), agonista do receptor CB1, receptor do SEC, induziria déficit de IPP e se este déficit poderia ser prevenido pelo pré-tratamento com o AM251 (50 pmol/0.2 μl) antagonista do receptor CB1. Foram utilizados 60 ratos Wistar machos pesando 250- 320g, distribuídos em 4 grupos experimentais: Veículo+Veículo (N=15); Veículo+AEA (N=15); Veículo+AM251 (N=15); AM251+AEA (N=15). Os resultados demonstraram que o grupo VEI+AEA apresentou déficit de IPP comparado aos grupos VEI+VEI e VEI+AM251. Por outro lado, o pré-tratamento com o AM251 preveniu o déficit de IPP observado no grupo VEI+AEA, indicando não apenas um envolvimento do SEC na fisiopatologia da esquizofrenia, mas também apontando um possível novo alvo terapêutico para o tratamento deste transtorno. A amplitude da resposta de sobressalto não foi alterada pelos tratamentos, descartando qualquer prejuízo motor nos animais e mostrando o efeito seletivo da AEA no déficit de IPP.
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    Participação da neurotransmissão GABAérgica do colículo inferior, via ativação de receptores 5-HT2A, na mediação da resposta de inibição por pré-pulso do reflexo de sobressalto acústico em ratos Wistar machos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-06-24) Mendonça, Vinícius de Carvalho [UNIFESP]; Silva, Regina Cláudia Barbosa da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7507421915981968; http://lattes.cnpq.br/7299270647880827; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico grave que acomete cerca de 0,7% da população mundial. Sua sintomatologia é composta por sintomas positivos, negativos e cognitivos. A hipótese neuroquímica da via serotoninérgica como uma das vias ligadas à patologia teve início com a descoberta da afinidade da dietilamida do ácido lisérgico (LSD) pelo receptor 5-HT2A cuja ativação está relacionada a delírios e alucinações. Outra substância exógena que exibe propriedade agonista deste receptor é o 2,5-dimetoxi-4-iodoanfetamina (DOI). Dentre os sintomas cognitivos presentes na esquizofrenia estão os distúrbios de atenção seletiva e déficits na integração e processamento de informação sensorial. O modelo animal de inibição por pré-pulso (IPP) do reflexo de sobressalto acústico é baseado em processos atencionais. O filtro atencional permite que o animal dirija a sua atenção aos estímulos mais importantes do ambiente. Pacientes com esquizofrenia apresentam déficits na resposta de IPP. As estruturas neuronais colículo inferior (CI) e núcleo tegmentar pedúnculo pontino (nTPP) são centrais na via primária que medeia a resposta de IPP. Estudos recentes de nosso laboratório demonstraram que a microinjeção de DOI no CI gerou déficits de IPP indicando uma interação funcional entre os receptores serotoninérgicos 5-HT2A no CI e a neurotransmissão inibitória GABAérgica no nTPP em ratos Wistar. O objetivo deste trabalho foi investigar se os déficits nas respostas de IPP observados após a administração de DOI no CI poderiam ser bloqueados pela microinjeção concomitante de bicuculina, antagonista do receptor GABAA, no nTPP. Foram realizadas cirurgias esteriotáxicas para a implantação de cânulas guias ipsilaterais nas estruturas do CI e do nTPP em 36 animais divididos em 4 grupos experimentais, sendo eles: I) Veículo no CI + salina no nTPP (controle); II) DOI no CI + salina no nTPP; III) DOI no CI + bicuculina no nTPP; IV) Veículo no CI + bicuculina no nTPP. Cada animal recebeu apenas uma combinação de tratamento. No dia do teste foram microinjetados em cada animal as drogas referentes ao grupo experimental o qual pertencia e posteriormente levado para as caixas de IPP do reflexo de sobressalto onde foram apresentados de forma randômica estímulos sonoros de “pulso apenas”, “pré pulsos + pulso” ou pré pulso apenas, que podiam variar entre 75, 80 e 85 dB. Os resultados mostraram que a microinjeção de bicuculina no nTPP concomitante a microinjeção de DOI no CI bloquearam os déficits na resposta de IPP induzidos pelo DOI sem alterar a amplitude da resposta de sobressalto. Concluiu-se que há uma interação funcional entre os receptores serotoninérgicos 5-HT2A do CI e a neurotransmissão inibitória GABAérgica desta estrutura e que os déficits nas respostas de IPP, observados após a microinjeação de DOI no CI, foram bloqueados pela microinjeção de bicuculina no nTPP.