Navegando por Palavras-chave "Dióxido de Carbono"
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- ItemSomente MetadadadosAvaliação da pressão parcial do dióxido de carbono no Sangue arterial, em repouso, na predição da gravidade(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012) Arakaki, Jaquelina Sonoe Ota [UNIFESP]; Nery, Luiz Eduardo [UNIFESP]Fundamentacao: A hipertensao arterial pulmonar (HAP) e caracterizada pelo aumento da resistencia vascular pulmonar, aumento da pressao nas arterias pulmonares e consequente falencia ventricular direita. Grandes avancos foram obtidos nos ultimos anos, com disponibilidade de novos farmacos para o seu tratamento. Porem a HAP ainda e marcada por alta morbidade e mortalidade. Desta forma, alem do investimento no desenvolvimento de novas moleculas para o seu tratamento, a identificacao de marcadores de gravidade e prognostico tem se estabelecido como instrumento relevante para definicao de estrategias terapeuticas. Desde o Registro do NIH (National Institute of Health), na decada de 80, quando as medicacoes que atuam na circulacao pulmonar nao eram disponiveis, alguns marcadores de prognostico foram identificados, sobretudo as variaveis hemodinamicas. Registros contemporaneos, como o Frances e o Americano, foram responsaveis pelo melhor conhecimento epidemiologico da HAP, bem como de outros fatores prognosticos, melhorando o manejo da doenca. Idealmente um marcador de prognostico deve: i) ser de facil execucao e interpretacao; ii) ser reprodutivel; iii) ter baixa variabilidade; iv) ser sensivel a medidas terapeuticas, e v) apresentar uma justificativa fisiopatologica e epidemiologica para o seu uso. A hipocapnia tem sido descrita em diversos estudos envolvendo pacientes com HAP, sendo varios os potenciais mecanismos que associam a hiperventilacao com a sua fisiopatogenia; porem foram poucos os estudos que avaliaram o seu papel na predicao do prognostico da HAP. Objetivos: Primariamente, avaliar o papel da pressao parcial do dioxido de carbono no sangue arterial (PaCO2) em repouso, no momento do diagnostico, como preditor da gravidade hemodinamica e do prognostico de pacientes com HAP. Secundariamente, avaliar principais preditores de mortalidade de uma populacao de pacientes com HAP. O estudo foi observacional de uma coorte retrospectiva de 47 pacientes com HAP, avaliados no periodo de 2005 a 2009 e acompanhados ate 2011. Resultados: A PaCO2 menor ou igual a 31mmHg, teve sensibilidade de 69%, especificidade de 92%, valor preditivo positivo de 95% e valor preditivo negativo de 56% para identificar pacientes com IC reduzido (< 2,6L/min/m2). A classe funcional da NYHA (New York Heart Association), a distancia percorrida no teste de caminhada de seis minutos e a pressao de arteria pulmonar media nao se associaram com o risco de mortalidade. Na analise de riscos proporcionais de Cox, a PaCO2, o indice cardiaco, a pressao do atrio direito e o indice de resistencia vascular pulmonar obtidos no momento do diagnostico se associaram significantemente com o prognostico, entretanto, apenas a PaCO2 manteve-se como marcador independente de mortalidade. [HR 0,804; IC95% 0,670-0,964; p = 0,019]. Interessantemente, na analise da curva de Receiver Operating Characteristics (ROC), a area sob a curva (AUC) foi de 0,731 (IC95% 0,58-0,88; p=0,015) e identificou o mesmo valor da PaCO2, de 31mmHg, como melhor nivel de corte, com sensibilidade de 85% e especificidade 62% para prever a mortalidade. As taxas de sobrevida dos pacientes com PaCO2 maior que 31mmHg ou menor ou igual a 31mmHg em 1, 2, 3 e 5 anos foram, respectivamente, de 100% vs 95,7%; 95,7% vs 75%; 93,8% vs 57,1% e 83,3% vs 41,2% (x2 = 7,467; p =0,006; teste log rank). Conclusoes: A PaCO2, em repouso, obtida no momento do diagnostico, demonstrou-se um marcador relevante como preditora de gravidade hemodinamica e prognostico em uma populacao de pacientes com HAP.
- ItemSomente MetadadadosAvaliação, através da tonometria gástrica, do efeito da dobutamina na perfusão esplancnica no pôs operatório de cirurgia cardíaca em pediatria(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1996) Souza, Renato Lopes de [UNIFESP]; Carvalho, Werther Brunow de [UNIFESP]
- ItemAcesso aberto (Open Access)Dióxido de Carbono na secreção do peptídeo relacionado com Gene de Calcitonina e Substância P em pele de ratos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Silva, Erica Calcagno Raymundo da [UNIFESP]; Ferreira, Lydia Masako [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1619822351741819; http://lattes.cnpq.br/4688632156831001; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Estudos sugerem que o CO2 promova estimulo dos efeitos fisiologicos como, vasodilatacao, formacao de colageno e fibras elasticas. A Inflamacao Neurogenica (IN) e um dos primeiros eventos da cicatrizacao em resposta a um estimulo nociceptivo na pele, onde ha liberacao de neuropeptideos (NPÆs) pro-inflamatorios secretados por terminacoes nervosas, sendo lancados na fase inflamatoria da cicatrizacao. Entretanto nao ha estudos que relacionem a injecao de CO2 com a IN. Objetivo: investigar a injecao de Dioxido de Carbono (CO2) na secrecao dos neuropeptideos Peptideo Relacionado ao Gene da Calcitonina (CGRP) e Substancia P (SP) em pele de ratos. Metodos: foram utilizados 56 ratos Wistar-EPM distribuidos em dois grupos, um para analise de CGRP e outro de SP. Cada grupo foi subdividido em 4 subgrupos: controle, controle agulha, injecao de CO2 e injecao de ar atmosferico, contendo 7 animais respectivamente em cada subgrupo. As analises das amostras de pele parcial foram feitas por Western Blotting (WB). Resultados: No grupo SP houve uma diminuicao na quantidade de neuropeptideos no subgrupo 3 SP-CO2 e no subgrupo 4 SP -ar; no grupo CGRP, houve uma diminuicao da quantidade de neuropeptideos pro-CGRP (15 kDa) no subgrupo 3 CGRP-CO2 e no subgrupo 4 CGRP- ar; nao houve diminuicao da quantidade de CGRP (5 kDa).Conclusao: A injecao de CO2 e de ar atmosferico em pele de ratos diminuiu a quantidade de neuropeptideos SP e pro-CGRP (15 kDa)
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do pneumoperitônio com dióxido de carbono na resposta inflamatória aguda peritoneal(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2005) Vandaleti, Edson de Oliveira [UNIFESP]; Goldenberg, Alberto [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Avaliar a integridade morfológica e a resposta inflamatória aguda do peritônio parietal em doentes submetidos ao pneumoperitônio com dióxido de carbono (CO2). Métodos: Em um grupo de 34 doentes com colelitíase, submetidos à colecistectomia laparoscópica eletiva, foram realizadas biópsias de peritônio parietal, aos 10 e 60 minutos do início do pneumoperitônio com CO2 (denominados momentos A e B). O material foi corado pela técnica histológica hematoxilina-eosina. No interstício foram avaliados o grau de congestão das veias e capilares e o grau de inflamação aguda, considerando-se a presença de neutrófilos marginados em vênulas, diapedese e a presença de exsudato perivascular, descritos e semiquantificados em escala ordinal, variando de ausentes (0) ou presentes, em leve (1+), moderado (2+) e intenso (3+). Utilizando-se dos testes estatísticos de homogeneidade marginal e de análise de variância com fator fixo, foram comparadas a congestão e a inflamação, nos dois momentos do pneumoperitônio, e a associação desses achados com o volume de CO2 utilizado. Nos dois testes, fixou-se em 0,05 ou 5% (p ≤ 0,05) o nível para rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: Células mesoteliais íntegras foram observadas em todas as amostras teciduais estudadas, nos dois momentos do pneumoperitônio. Não houve congestão do peritônio ou ocorreu em grau leve, em 58,9% (20/34), no momento A, e em graus leve e moderado, em 64,8% (22/34), no momento B, sendo estatisticamente semelhantes (p=0,405). A inflamação não ocorreu em 73,6% (25/34) no momento A. No momento B, predominaram os graus leve, moderado e intenso (55,9% ou 19/34), quando comparados aos ausentes (44,0% ou 15/34), com significância estatística (p=0,008). A hemorragia intersticial ocorreu em 23,5% (8/34) no momento A, e em 17,7% (6/34), no momento B, ambos com graus de congestão moderados e intensos, sendo estatisticamente semelhantes (p=0,532), e não houve inflamação ou ocorreu em grau leve, no momento A, e em graus leve, moderado e intenso, no momento B, com significância estatística (p=0,016). Não houve associação entre os volumes de CO2 utilizados e os graus de congestão e inflamação encontrados em ambos os momentos, sendo estatisticamente semelhantes. Conclusão: O pneumoperitônio com CO2, aos 60 minutos, não provoca alterações morfológicas no peritônio parietal e desencadeia uma discreta resposta inflamatória aguda.
- ItemSomente MetadadadosEfeitos do pneumoperitonio no rato(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1999) Fagundes, Marco Aurelio Valadao [UNIFESP]O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do pneumoperitonio provocado pela insuflacao de diferentes pressoes de CO2 na gasometria arterial, rins e figado de ratos. Foram utilizados 20 ratos machos com peso entre 350 e 400 gramas distribuidos em 2 grupos de 10 animais. O controle do experimento foi o proprio animal. Foram retiradas amostras de sangue antes da Introdução do CO2 na cavidade peritoneal, as quais foram comparadas com as coletadas I hora apos o inicio do experimento nas pressoes de 4 e 6 mm Hg. Sob pressao de 6 mm Hg, observou-se alteracoes significantes dos valores de AST, ureia, creatinina, pH, PO2 e PCO2. Na pressao de 4 mm Hg, somente ocorreram alteracoes da ureia, pH, e PO2. Os resultados observados permitem concluir que o aumento da pressao intra-abdominal por insuflacao do dioxido de carbono em ratos, promove alteracoes na gasometria arterial, figado e rins, porem no ligado e rins estas alteracoes nao mostram lesao hepatica e renal
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efetividade do uso da Carboxiterapia no tratamento de estrias: Uma revisão integrativa(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-01) Rosa, Larissa Gabrielle de Andrade [UNIFESP]; Aveiro, Mariana Chaves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8912160623559438; http://lattes.cnpq.br/3742301295596187; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: As estrias ocorrem por diversos fatores, principalmente pela distensão mecânica da pele ocasionada por ganho exacerbado e relativamente rápido de gordura ou excesso de peso, estirão de crescimento, hipertrofia muscular ou gravidez. A carboxiterapia é descrita como uma das formas de tratamento disponíveis para a melhora da aparência das estrias, onde a mesma visa a vasodilatação e angiogênese com posterior melhora da oxigenação tecidual através da produção de uma resposta inflamatória, consequentemente levando ao aumento da produção de fibroblastos, elastina e colágeno no local aplicado. Objetivos: Sintetizar as evidências na literatura sobre a efetividade do uso da carboxiterapia na melhora do aspecto das estrias albas e rubras em mulheres adultas. Métodos: Foi realizada a seleção dos artigos nas bases de dados PUBMED, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Web of Science, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram incluídos estudos com participantes de 18 a 45 anos, que realizaram carboxiterapia no tratamentos de estrias. A busca teve como desfecho primário a redução e melhora da aparência das estrias avaliadas preferencialmente por fotografias ou por qualquer outro método que seja capaz de comparar o antes e depois da intervenção e como desfecho secundário a melhora da satisfação corporal, autoestima e qualidade de vida após a intervenção.Os descritores estrias e carboxiterapia, bem como seus sinônimos foram utilizados em português e inglês. Resultados: identificaram-se 43 artigos, destes 6 eram duplicações, 29 não se relacionavam à Carboxiterapia e 3 não se encaixavam aos critérios de inclusão, sendo selecionados 5 artigos. Apenas um estudo não demonstrou a efetividade da Carboxiterapia na melhora da aparência das estrias se comparado o pré e pós aplicação da terapia. Os demais estudos demonstraram uma melhora significativa na aparência e largura das estrias, além de boa satisfação tanto das pacientes quanto dos analisadores. Dois dos artigos incluídos, sugeriram que a Carboxiterapia surte efeitos mais satisfatórios em estrias albas, indo em contrapartida a um dos estudos que sugeriu que a terapia possui melhores efeitos em estrias rubras. Ao ser comparada com outras modalidades de tratamento, sobretudo ao Laser de CO2 fracionado, a Carboxiterapia ofertou uma menor efetividade na melhora do aspecto das estrias, além de que os resultados apareceram mais tardiamente em comparação ao protocolo de aplicação do Laser de CO2 fracionado. Quanto à melhora da satisfação corporal e autoestima, a maioria das participantes de todos os estudos se sentiram contentes com a própria aparência além de recomendarem o tratamento para pessoas conhecidas. Conclusão: A presente revisão integrativa mostrou que a Carboxiterapia pode melhorar a aparência de estrias tanto clínica quanto histopatológica, além de melhorar a satisfação corporal e a auto-estima das pacientes, sendo uma estratégia promissora para tratamento das estrias. No entanto, ao ser comparada com o Laser de CO2 fracionado a terapia surte menos efeitos, sugerindo que talvez a associação entre as terapias seja uma boa opção para efeitos mais consistentes.
- ItemSomente MetadadadosEstudo comparativo dos metodos de reinalacao de CO2 para medida nao invasivo do debito cardiaco durente exercicio(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 1984) Silva, Geruza Alves da [UNIFESP]
- ItemAcesso aberto (Open Access)Insuflação controlada de dióxido de carbono na viabilidade de retalho cutâneo randômico isquêmico de ratos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015) Carrillo, Mariana Merida [UNIFESP]; Ferreira, Lydia Masako [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O retalho cutâneo é um procedimento cirúrgico frequente na cirurgia reparadora. Dentre as diversas técnicas que podem ser utilizadas para minimizar os problemas com necrose pode-se mencionar a utilização da insuflação controlada de dióxido de carbono, carboxiterapia, que constituise de uma técnica na qual se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono, anidro carbônico ou CO2) injetado no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da circulação e oxigenação tecidual. A literatura sobre essa técnica é escassa e precária. Objetivo:Verificar o efeito da insuflação controlada de dióxido de carbono na viabilidade do retalho cutâneo randômico isquêmico em ratos. Métodos: Estudo experimental, randomizado, unicego realizado com 36 ratos WistarEPM randomizados em três grupos. Grupo controle, grupo 2 com insuflação controlada de dióxido de carbono e grupo 3 com insuflação de gás inerte, insuflados por cinco segundos sob um fluxo 150ml/min, a 90 graus em relação à pele com perfuração da agulha de 0,2 mm determinada através de projeto piloto, em dois pontos distando 2,5cm e 7,5cm, respectivamente, da base cranial do retalho. O procedimento de insuflação foi realizado durante sete dias consecutivos. Foram realizadas analises macroscópicas (área necrosada) e microscópicas do processo de vascularização através da coloração hematoxilina e eosina. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante para os parâmetros vascularização, infiltrado inflamatório e área necrosada. Conclusão: A insuflação controlada de dióxido de carbono não altera a viabilidade do retalho randômico isquêmico de ratos.
- ItemSomente MetadadadosQuantificação do gasto energético nas atividades da vida diária (AVD) em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012) Castro, Antonio Adolfo Mattos [UNIFESP]; Jardim, José Roberto de Brito [UNIFESP]Introdução: Pacientes portadores de Doenca Pulmonar Obstrutiva Cronica (DPOC) experimentam um aumento progressivo das dificuldades em realizar as atividades da vida diaria (AVD) e e importante quantificar o custo energetico dessas atividades. Objetivos: Desenvolver uma tabela de gasto metabolico e ventilatorio de pacientes com DPOC, em varios estadios da doenca, realizando diversas atividades da vida diaria. Avaliar as atividades que possuem maior gasto metabolico e ventilatorio assim como as diferencas deste gasto em relacao a gravidade da doenca. Materiais e Metodo: Foram avaliadas, em 100 pacientes com diagnostico de DPOC, variaveis metabolicas (VO2 e VCO2), ventilatorias (f e VE), cardiovasculares (FC e Pulso de O2) e dispneia (escore de Borg), durante a realizacao de dezoito AVDs agrupadas em quatro blocos de atividade: repouso, cuidados pessoais, atividades laborais e esforcos. Resultados: Encontramos aumento ao final de todas as atividades realizadas com excecao das atividades de repouso (decubito lateral e dorsal, sentado e em pe). As atividades que obtiveram a maior gasto metabolico e ventilatorio proporcionais (VO2/VO2max e VE/VVM) foram caminhar com 2,5 Kg em cada mao e caminhada com 5Kg em uma mao. Pacientes mais graves apresentam maior gasto metabolico, ventilatorio e dispneia do que pacientes leves (p<0,05). Conclusao: Simples atividades da vida diaria levam os pacientes com DPOC a um alto gasto energetico e ventilatorio proporcional especialmente quanto pior a gravidade da doenca. Estes dados possibilitaram criar uma tabela de gasto energetico e ventilacao que pode ajudar a orientacao da realizacao das atividades da vida diaria de pacientes com DPOC
- ItemAcesso aberto (Open Access)Reatividade cerebrovascular ao dióxido de carbono em mulheres com hipertensão arterial pulmonar e controles saudáveis: implicações nos distúrbios respiratórios do sono e na resposta ventilatória(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-03-31) Treptow, Erika Cristine [UNIFESP]; Neder, José Alberto [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Fundamentação: O dióxido de carbono (CO2) tem relevância crucial no controle ventilatório já que alterações nas suas pressões parciais influenciam o grau de estimulação dos quimiorreceptores - particularmente os centrais - e o tônus vascular cerebral. A hipertensão arterial pulmonar (HAP) caracteriza-se por hiperventilação alveolar e consequente hipocapnia, tanto no repouso quanto no exercício. A hipocapnia crônica tem o potencial de instabilizar o controle ventilatório via embotamento da reatividade cerebrovascular ao CO2 (RCVCO2). Neste contexto, o comprometimento da capacidade vasodilatadora permitiria excessiva estimulação ventilatória na hipercapnia e a vasoconstrição deficiente levaria a insuficiente estimulação ventilatória na hipocapnia. Tais anormalidades tendem a ser particularmente importantes quando as influências humorais tem papel preponderante no controle ventilatório, e.g., no sono e no exercício. Portanto, torna-se lícito supor que, se presente, o comprometimento da RCVCO2 seria particularmente deletério na HAP induzindo a distúrbios respiratórios do sono (DRS) e excessiva resposta ventilatória ao CO2. Objetivos: Investigar a RCVCO2 e suas possíveis interrelações com os DRS e a resposta ventilatória no repouso e no exercício em pacientes com HAP e indivíduos saudáveis de mesma idade e sexo. Hipótese: A menor RCVCO2, nas pacientes com HAP, estaria associada com maior frequência de DRS e resposta ventilatória excessiva tanto no repouso quanto no exercício comparativamente às controles. Métodos: A RCVCO2 foi medida em 25 pacientes do sexo feminino com HAP e 10 controles pareadas por idade. Um índice de fluxo sanguíneo cerebral (IFS, Mol.l-1.s-1) foi obtido pela taxa de incremento do corante indocianina verde mensurada pela espectroscopia por raios quasi-infravermelhos (NIRO 200, Hamamatsu Inc, Japan) sobre o córtex pré-frontal. A razão entre variações no IFS e na PCO2 trancutânea (PCO2tc, mmHg) estimou a RCVCO2 durante dois testes em hipercapnia (CO2 3% e 5%) e dois em hipocapnia (leve e moderada). A investigação de DRS foi realizada pela polissonografia de noite inteira e a resposta ventilatória avaliada durante o repouso e no exercício cardiorrespiratório incremental em cicloergômetro. Resultados: Como esperado, menores valores de pressão PCO2 foram encontrados nas pacientes em comparação às controles (30 ± 4 mmHg vs. 33 ± 2 mmHg; p <0,05). Embora estatisticamente significante, houve pequena variação dos valores de PCO2tc entre as duas provas de hipocapnia e as duas de hipercapnia. Portanto, as comparações foram realizadas entre os extremos de estimulação ventilatória, i.e., hipocapnia moderada (HIPO) e CO2 5% (HIPER). As pacientes apresentaram menores valores de IFS na HIPO e na HIPER, menor variação de IFS e menor RCVCO2 entre os testes (0,82 [0,26;2,83 Mol.l-1.s-1/mmHg] vs. 0 [- 0,73;1,58 Mol.l-1.s-1 /mmHg]; p<0.05). Um grupo de pacientes apresentou resposta paradoxal da RCVCO2 com valores inferiores de IFS na HIPER (21 ± 10 Mol.l-1.s-1) em relação à HIPO (25 ± 12 Mol.l-1.s-1). Em relação aos DRS, 10/25 pacientes (40%) apresentaram índice de distúrbios respiratórios maior 5 no /h, principalmente pela maior frequência de hipopneias e 9/25 (36%) tiveram dessaturação da oxi-hemoglobina noturna. Foi demonstrada resposta ventilatória excessiva na HAP em relação às controles na hipercapnia a 3% e no exercício (p<0.05). Entretanto, não houve correlação entre a menor RCVCO2 com os DRS ou a maior resposta ventilatória no repouso e no exercício (p>0,05). Conclusão: Pacientes com HAP apresentam importante comprometimento da RCVCO2. Tais anormalidades, entretanto, não parecem estar mecanisticamente relacionadas com os DRS e a excessiva resposta ventilatória no repouso e no exercício.