Navegando por Palavras-chave "Doador critério expandido"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da associação entre Kidney Donor Profile Index, desfechos clínicos e terapia imunossupressora em receptores de transplante renal de doador falecido(Universidade Federal de São Paulo, 2021-10-01) Foresto, Renato Demarchi [UNIFESP]; Silva Junior, Helio Tedesco; Moura, Lúcio Roberto Requião [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9161729200802261; http://lattes.cnpq.br/1621797721074970; http://lattes.cnpq.br/1261526073368152Introdução: O impacto do KDPI na taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) após 1 ano do transplante, bem como em outros desfechos do transplante renal precisam ser mais bem elucidados na população brasileira. Ainda, não há dados sobre qual terapia imunossupressora melhor se adaptaria aos rins com KDPI elevado. Objetivo: Avaliar o impacto do escore KDPI nos desfechos clínicos ao final de 12 meses após o transplante renal. Metodologia: Estudo do tipo coorte histórica, de centro único, com análise de 3.059 transplantes renais de doador falecido realizados entre 2013 e 2017, com seguimento por 12 meses. Os pacientes foram divididos em 4 grupos, conforme faixas de KDPI (0-35%; 36-50%; 51-85%; 86-100%). Foi utilizado o modelo de regressão logística para análise dos preditores para TFGe <50 ml/min/1,73m2 ao final de 1 ano. O cálculo da TFGe foi feito através da equação CKDEPI. Os desfechos clínicos ao final de 1 ano considerados foram: TFGe, infecção por CMV, rejeição aguda, perda do enxerto e óbito. Foi realizada uma subanálise no grupo KDPI >85% comparando os mesmos desfechos entre 3 grupos conforme o regime imunossupressor: micofenolato vs. azatioprina vs. inibidor da mTOR (imTOR). Resultados: A TFGe reduziu conforme aumento do KDPI (64,8 vs. 53,5 vs. 46,9 vs. 39,1 ml/min/1,73m2; p<0,001). Na análise multivariada, os preditores de TFGe <50 ml/min/1,73m2 foram KDPI >35%, tempo de isquemia fria (OR=1,015; IC95% 1,003- 1,027; p=0,012), infecção por CMV (OR=1,214; IC95% 1,037-1,420; p=0,016) e rejeição aguda (OR=2,411; IC95% 1,942-2,993; p<0,001). Na subanálise do regime imunossupressor nos receptores de rins com KDPI >85%, a incidência de infecção por CMV foi menor no grupo imTOR (64,5% vs. 36,0% vs. 8,2%; p<0,001). Porém, comparado ao MPS, o uso de imTOR foi associado a menor TFGe (39,8 vs. 39,5 vs. 28,3 ml/min/1,73m2; p=0,009) e maior incidência de rejeição aguda (15,8% vs. 50,0% vs. 23,3%; p<0,001). Conclusão: O escore KDPI apresentou capacidade em predizer o desfecho de TFGe ao final de 1 ano. O regime imunossupressor contendo imTOR deve ser utilizado com cautela nos receptores de rins com KDPI >85%.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação de biópsias renais pré-implantação(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-01) Proença, Henrique Machado de Sousa [UNIFESP]; Pestana, José Osmar Medina de Abreu [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7250195328752808; http://lattes.cnpq.br/0148637789237038Introdução: O clínico transplantador precisa ter uma noção de risco de insucesso antes de aceitar um rim para transplante e não está completamente estabelecido o quanto o resultado de biópsias renais pré-implantação pode informá-lo sobre fatores de risco para função insatisfatória do enxerto renal. Objetivo: Avaliar biópsias renais pré-implantação e desfechos clínicos de função insatisfatória do enxerto, ao longo do primeiro ano de transplante. Metodologia: Estudo do tipo coorte histórica, de centro único, com análise de 339 biópsias renais pré-implantação. Foram coletadas variáveis histológicas, dados clínicos do doador, receptor e do transplante e comparados com o desfecho função insatisfatória do enxerto aos 3 meses e 1 ano (valor estabelecido como corte – 30ml/min). Foram utilizados testes de hipóteses e teste não paramétrico para a análise univariada. Foram utilizados modelos de regressão logística binomial para a análise multivariada. A capacidade preditora dos modelos foi testada por meio de curva ROC (AUC-ROC). Resultados: Houve correlação entre maior dano estrutural em todos os compartimentos renais com função insatisfatória do enxerto. O grupo função insatisfatória apresentou maior glomeruloesclerose, cicatrizes corticais, fibrose intersticial/atrofia tubular e arterioesclerose, além de maiores índices nos escores histológicos Remuzzi e MAPI. Na análise multivariada, os preditores independentes de pior função renal foram a glomeruloesclerose (OR=1,053; IC95% 1,014-1,093; p=0,007) e o KDPI (OR=1,046; IC95% 1,023-1,070; p<0,001) para o desfecho de 3 meses. Os preditores independentes para função insatisfatória após 1 ano foram cicatriz cortical (OR=2,961; IC95% 1,457-6,018; p=0,003), KDPI(OR=1,050; IC95% 1,028-1,073; p<0,001) e rejeição (OR=2,668; IC95% 1,185-6,008; p=0,018). A melhor capacidade preditora de função insatisfatória do enxerto foi a do escore Remuzzi (AUC-ROC 0,676), da idade do doador (AUC-ROC 0,742) e da combinação das variáveis escore Remuzzi+idade do doador (AUC-ROC 0,780). A combinação de variáveis clínicas e histológicas aumentaram a capacidade preditora em até 6,14%. Conclusão: Achados de biópsia pré-implantação se correlacionam com função do enxerto renal. A glomeruloesclerose e presença de cicatriz cortical são preditores independentes de pior função do enxerto renal. A combinação de variáveis histológicas aos dados clínicos de idade e KDPI aumentaram a capacidade preditora dos modelos testados.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo para validação do Kidney Donor Profile Index em receptores de transplante de rim em um centro único brasileiro(Universidade Federal de São Paulo, 2023-04-30) Cassão, Bianca Cristina [UNIFESP]; Silva Junior, Helio Tedesco [UNIFESP]; Moura, Lucio Roberto Requião [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9161729200802261; http://lattes.cnpq.br/1621797721074970; http://lattes.cnpq.br/4505067765538498Introdução: O Kidney Donor Profile Index (KDPI) foi introduzido em 2014 e modificou o sistema de alocação de órgãos nos Estados Unidos. Valores de KDPI acima de 85% estão associados a piores desfechos no pós transplante. No Brasil com o envelhecimento populacional e o aumento da prevalência de paciente renais crônicos em hemodiálise e o maior tempo em permanência na fila de transplante, tem-se utilizado cada vez mais doadores com KDPI elevados. Considerando que o KDPI foi baseado em dados de doadores dos Estados Unidos existe a necessidade de avaliar o impacto do escore nos desfechos relacionados ao transplante renal quando utilizados os dados dos doadores brasileiros. Objetivo: Validação do escore KDPI para a população brasileira com avaliação de sobrevida do enxerto em 5 anos de transplante. Metodologia: Este estudo do tipo coorte histórica, de centro único, incluiu 2670 receptores de rins realizados de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2015. Foram excluídos transplantes com doador vivo (n 649), pediátricos (n 147) e aqueles com outro órgão simultâneo (n 67), totalizando 1807 transplantes doador cadáver que foram seguidos por 5 anos. Os receptores foram divididos em 3 grupos, conforme faixas de KDPI do órgão doado (0-35%; 36-85%; 86-100%). Para analise estatística foi utilizado o modelo de regressão logística para análise de múltiplas variáveis. Resultados: Os doadores foram estratificados em três grupos, de acordo com a faixa de KDPI. Destes 36,1% eram doador de critério expandido e 26,6% tinham KDPI ≥85%. Aos 5anos de transplante os receptores de doadores com KDPI< 35% possuíam TFGe medianos de 41,1 ml/min/1,73m2 e com KDPI> 85% 17,1 ml/min/1,73m2. A incidência de perda do enxerto foi de 16,0% e progressivamente maior conforme maior a faixa de KDPI: 9,9% para 0-35%, 15,1% para >35-85% e 22,1% para >85% (p<0,001). Em relação a sobrevida do enxerto ao final de 1 e 5 anos, quanto menor o KDPI, maior a sobrevida, respectivamente de 97,3% e 82,3% na faixa de KDPI 0-35%, 91,5% e 75,8% na faixa >35-85% e 90,1% e 68,0% na faixa >85% (p <0,001). O KDPI apresentou uma baixa capacidade discriminatória para avaliar a sobrevida do enxerto ao fim de 5 anos de transplante, com área sobre a ROC de 0,575 (IC95% = 0,544-0,606; p<0,001). O mesmo padrão foi observado quando o desfecho considerado foi a perda do enxerto, censurada para o óbito, com área sobre a ROC de 0,580 (IC95% = 0,544-0,617; p<0,001). Conclusão: O impacto gradual do KDPI no resultado do enxerto o torna uma ferramenta útil na tomada de decisão no momento da oferta de rim de doador falecido, entretanto o KDPI apresentou uma baixa capacidade discriminatória para perda do enxerto, assim como quando censurada para o óbito. Levando-se em conta que na prática clinica a utilização de rins com KDPI maior do que 85% é crescente, torna-se relevante o conhecimento da aplicabilidade do índice em nossa população brasileira, portanto sua validação, e sugere possíveis ajustes das variáveis e pontuados para cada perfil de doador em uma população específica