Navegando por Palavras-chave "Ensino médio integrado"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)As expectativas de estudantes do ensino médio integrado nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia sobre a própria formação: o que revelam as teses e dissertações (2008-2022)(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-27) Costa, Ana Márcia Lima; Minhoto, Maria Angélica Pedra; http://lattes.cnpq.br/6564510847928702; https://lattes.cnpq.br/0786084512835032O presente estudo se concentra na análise do campo da educação profissional técnica integrada ao ensino médio, a partir do mapeamento de produções acadêmicas (teses e dissertações) que exploram em seus resultados os interesses, percepções e expectativas sobre o futuro profissional manifestados por estudantes matriculados nos cursos oferecidos pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF). O objetivo é conhecer as tendências presentes no material analisado sobre os interesses, percepções e expectativas de futuro profissional de estudantes do Ensino Médio Integrado dos IF, elaborando um estudo teórico sobre a visão que possuem da formação recebida. A Lei n.º 11.892/2008 criou os IF, determinando a prioridade de oferta à educação profissional técnica integrada ao ensino médio, baseando-se em princípios de formação humana integral: científica, tecnológica, omnilateral e politécnica. A tese aqui defendida é de que, para além das contradições e mesmo de fragilidades na concretização pelos IF dos fundamentos teórico-epistemológicos constantes da Lei n.º 11.892/2008, há uma racionalidade subjacente à integração dos indivíduos ao modo de vida e à cultura do estágio atual do capitalismo - o neoliberalismo -, que medeia tanto as relações no ambiente produtivo, quanto os espaços e tempos da formação, da cultura e das relações familiares. É uma racionalidade que converte as relações de mercado em modo estrito de socialização, estabelece o comportamento econômico dos sujeitos em todas as esferas da vida social e individual em comportamento racional e o empreendedorismo em conduta modelar. Com isso, os/as jovens mantêm uma relação utilitarista e pragmática com a própria formação. Como procedimento de método, esta tese lança mão do estado da arte, de natureza qualitativa e descritiva, com uma revisão sistemática de teses e dissertações, mapeando, identificando e analisando seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos para a pesquisa. O tratamento dos dados foi submetido ao processamento no software IRAMUTEQ, gerando árvores de similitudes e nuvens de palavras. As análises e interpretações foram realizadas com base em Bardin (Análise de Conteúdo) e a fundamentação teórica em Adorno, Horkheimer e Marcuse, em especial nos conceitos de emancipação, racionalidade tecnológica e sociedade industrial. Os resultados mostram uma invariabilidade nas interpretações e conclusões obtidas e descritas nas produções acadêmicas, em que os estudantes tendem a adotar uma perspectiva utilitarista e pragmática em relação à formação; a se concentrar em objetivos imediatos e socialmente impostos, como acesso ao mercado de trabalho, ingresso no ensino superior e busca por melhoria e ascensão de vida, o que evidencia possíveis contradições entre a educação emancipatória pretendida e a vinculação a um estado de conformação e adaptação às normas e estruturas impostas a um jovem na sociedade atual.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Educação profissional no contexto da reforma do ensino médio: o caso do Instituto Federal de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2023-05-30) Soares, Marta Senghi [UNIFESP]; Abreu, Claudia Barcelos de Moura [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3114393461757020; http://lattes.cnpq.br/7329323767781311Nesse trabalho pesquisamos como o Instituto Federal de São Paulo tem conduzido sua política em relação aos cursos de ensino médio integrado à educação profissional frente à contrarreforma do ensino médio, em implementação no Brasil, a partir da aprovação da Lei n.13.415/2017, e as normas complementares tais como a Base Nacional Comum Curricular e as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica. O objetivo foi analisar as formas de interpretação e de apropriação pelo IFSP da Lei nº 13.415/2017, e das regulamentações dela decorrentes, para o Ensino Médio Integrado, considerando o movimento de adesão e resistência. Nossa tese é que, a despeito do discurso retórico em defesa do Ensino Médio integrado, nem sua oferta prioritária, tampouco a perspectiva da politecnia e de escola unitária tem presidido a política, o planejamento e as decisões no IFSP. A pesquisa tem caráter documental e bibliográfica, de abordagem qualitativa. Apresentamos os institutos federais, a centralidade conferida à oferta dos cursos de ensino médio integrado, a expansão das matrículas destes cursos no IFSP e as iniciativas que visavam consolidar essa forma de oferta na instituição. No período posterior ao golpe parlamentar e à proposição da Medida Provisória 746/2006, destacamos a retração da instituição com relação aos objetivos prioritários e seus princípios norteadores. Houve tratativa de parceria para oferta de cursos de formação inicial e continuada pelo IFSP aos estudantes do ensino médio da rede estadual de São Paulo no âmbito do Novotec, para compor o currículo do novo ensino médio. A parceria somente não se concretizou por questões relativas ao contrato. As diretrizes para o ensino médio integrado construídas para o IFSP, Resolução Nº 163/2017 foram adaptadas à Resolução CNE/CP 01/2021 pela Instrução Normativa 06/2021. Nesse quesito temos um forte elemento da contrarreforma sendo incorporado ao IFSP, tendo em vista que os parâmetros da IN 06/2021 foram utilizados para a reformulação feita de forma açodada para os cursos de ensino médio integrado da instituição, concluídos no mês de março de 2023. Os dois principais aspectos são a redução da carga horária destinada à formação geral dos estudantes e a desarticulação entre formação geral e a formação profissional. Precisamos retomar a centralidade do ensino médio integrado no IFSP como tarefa pedagógica e compromisso político.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O insucesso em escolas técnicas públicas paulistanas: representações de educadores, estudantes e familiares sobre o ensino médio integrado(Universidade Federal de São Paulo, 2023-02-28) Torini, Natalie Archas Bezerra [UNIFESP]; Gualtieri, Regina Cândida Ellero [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0560994060961210; http://lattes.cnpq.br/2757229663943812A modalidade de ensino técnico integrado ao ensino médio ofertada nas escolas técnicas prevê a articulação da educação básica à educação profissional. Na cidade de São Paulo, as escolas técnicas estaduais e federais, que ofertam essa modalidade de ensino, possuem processo seletivo para ingresso com alta concorrência, fato que se explica pelo número reduzido de vagas, o qual não atende a demanda pelo ensino médio. São escolas que se apresentam como "escolas públicas de qualidade", possuem bons indicadores em seus cursos de ensino médio integrado, tais como baixo índice de abandono, quando comparadas às médias das escolas brasileiras, destacam-se em avaliações e exames educacionais oficiais, como o Enem, e veem seus estudantes egressos conquistarem aprovação em vestibulares renomados. Apesar de possuírem cargas horárias extensivas que as aproximam do conceito de ensino integral, estudos retratam que a exigência de alto rendimento dos estudantes, nessas escolas, reforça a seletividade e a competitividade entre eles, o que pode resultar em sofrimento, eventuais reprovações e/ou abandono. Este trabalho buscou, por meio do contraste entre duas escolas técnicas de educação profissional, uma federal e uma estadual, identificar e analisar as representações sociais de gestores, coordenadores, professores, estudantes e suas mães sobre o insucesso escolar. Compreendemos por insucesso quando o estudante não tem o desempenho esperado pela instituição, o que pode levá-lo à reprovação, à repetência e até mesmo ao abandono ou à evasão. Utilizamos como referencial teórico os estudos sobre representações sociais de Serge Moscovici e os estudos sobre a cultura escolar, cotejados com a literatura pertinente ao tema. A pesquisa se pauta em uma metodologia qualitativa com a produção de dados realizada, em ambas as escolas, no período compreendido entre novembro de 2020 e julho de 2021, por meio de entrevistas com gestores, docentes, estudantes e mães de estudantes. A esses dados acrescentam-se aqueles oriundos da análise de documentos legais e institucionais das duas escolas. Delineamos como problema de pesquisa identificar e refletir sobre os sujeitos que fracassam em contextos de sucesso, bem como sobre os significados do fracasso nesses contextos. Os resultados do contraste entre as escolas nos mostram que, embora existam diferenças entre as culturas escolares identificadas, há recorrências entre as representações, que variam de acordo com o lugar de fala dos participantes. As recorrências, que se relacionam com o insucesso, apontam para a representação de um aluno idealizado, selecionado pelo processo seletivo. A representação sobre o aluno imaturo, que não corresponde ao ideal delineado pelos educadores e que se distancia da representação da adultização, é amplificado pelo hibridismo constitutivo dessas escolas, que mesclam características da educação básica e do ensino superior. A persistência de elementos constitutivos da escola moderna na cultura escolar segue contribuindo para o insucesso de estudantes, em instituições que, embora sejam reconhecidas pelo sucesso, apresentam limitações para acolher as individualidades desses jovens e suas dificuldades escolares.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Processo seletivo de ingresso no ensino médio integrado do instituto federal de São Paulo: análise crítica de dois modelos(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-13) Castro, Fabio Oliveira de [UNIFESP]; Abreu, Claudia Barcelos de Moura [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3114393461757020Esta dissertação tem como objetivo principal analisar os modelos de seleção utilizados nos processos seletivos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e a sua relação com o perfil socioeconômico e o desempenho acadêmico dos ingressantes. Historicamente, o IFSP utilizou a prova como modelo de seleção em seus processos seletivos de ingresso aos cursos técnicos. Esse modelo de seleção, somado à disparidade educacional entre as redes públicas e privadas, potencializava as chances de ingresso de alunos de escolas privadas e, em contrapartida, afastava o acesso de alunos oriundos de escolas públicas. A partir de 2017, por questões orçamentarias, a instituição passa a utilizar a análise de histórico escolar como modelo de seleção em seus certames. Para alguns segmentos da comunidade escolar, essa mudança poderia proporcionar o ingresso de alunos “menos capacitados”, que apresentariam mais dificuldades pedagógicas e sociais, as quais poderiam dificultar que conseguissem acompanhar o “ritmo de ensino da federal”, elevando o número de evasões e retenções. Diante do exposto, buscamos analisar se a escolha do modelo de seleção pela instituição pode potencializar, ou não, o acesso de alunos de escolas públicas ao IFSP, bem como averiguar qual seria o perfil dos candidatos e ingressantes submetidos a diferentes modelos de seleção. Observamos também a efetividade da aplicação da Lei n. 12711/12 (Lei de Cotas), implantada pelo IFSP nos editais de processo seletivo a partir de 2012, que assegurava 50% das vagas ofertadas a alunos que cursaram integralmente o ensino fundamental em escola pública. Analisamos dados quantitativos dos processos seletivos de 2010, 2016, 2018 e 2021, que utilizaram diferentes modelos de seleção, e variaram quanto a disponibilizar a reserva de vagas para alunos de escola pública. Para compreender as possíveis alterações nos perfis dos candidatos e ingressantes, utilizamos como lócus de nossa pesquisa o Campus São Paulo, unidade mais antiga do IFSP e que apresenta o maior número de inscritos dentre todos os campi do IFSP. Pudemos constatar a importância da Lei de Cotas na ampliação do acesso de estudantes oriundos de escolas públicas à Instituição e verificamos igualmente que a escolha do modelo de seleção de análise curricular contribuiu para que tivéssemos um número maior de aprovados egressos da rede pública. Percebemos, também, que a implantação da Lei de Cotas e a aplicação do modelo de análise curricular nos processos de seleção não proporcionaram o aumento de retenções e evasões dos cursos analisados. Identificamos a necessidade da divulgação do processo seletivo, de forma ampliada e regular, junto às escolas da rede pública, e a ampliação de ações afirmativas institucionais visando à ampliação do acesso de egressos da rede pública de ensino.