Navegando por Palavras-chave "Espécies exóticas"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do risco de invasão de espécies de peixes não-nativos na Bacia Hidrográfica da Baixada Santista, SP, Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-25) Lomeu, Erika Aparecida Costa [UNIFESP]; Azevedo, Juliana de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9196997953777495; http://lattes.cnpq.br/6048675331115314A introdução de espécies não-nativas com alto potencial de invasão é uma das maiores responsáveis pela perda da diversidade biológica global, sendo que as pisciculturas são as principais responsáveis pela introdução de peixes não-nativos nos ecossistemas aquáticos continentais. Nesse cenário, este trabalho buscou avaliar o risco de invasão de espécies de peixes em cursos naturais da Bacia Hidrográfica (BH) da Baixada Santista, Estado de São Paulo. A partir da avaliação, in situ, de empreendimentos do tipo pesqueiros presentes na BH da Baixada Santista, assim como a partir da compilação dos dados bioecológicos das principais espécies relatadas pelos gestores e mantidas nos tanques de criação, calculou-se o potencial risco de invasão a partir do uso do software Aquatic Species Invasiviness Screening Kit (AS-ISK) versão 2.3, que permite a análise do potencial de invasão de espécies exóticas de peixes dulçaquícolas. Os dados foram analisados a partir de 55 perguntas, agrupadas em 3 categorias: 1) Biogeografia/Histórico; 2) Biologia/Ecologia; e 3) Alterações Climáticas, cada qual dividida em diferentes subtópicos. As espécies foram categorizadas quanto ao seu “grau de risco” de acordo com os escores atribuídos, a saber: <1 = baixo risco; 1-18,9 = risco médio; e >19 = alto risco de invasão. Com os dados obtidos nos pesqueiros, foi possível observar problemas de escape de espécies, relacionados principalmente aos sistemas de drenagem da água dos tanques e dispersão por aves. Além disso, percebeu-se a necessidade do estabelecimento de práticas para o manejo das espécies cultivadas, assim como o monitoramento frequente dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos de qualidade da água dos tanques. Os bagres africanos (Clarias gariepinus), as tilápias (Oreochromis Niloticus), as carpas (Cyprinus. carpio) e as traíras (Hoplias malabaricus) apresentaram um alto risco de invasão, com pontuações de 33, 30, 25 e 21, respectivamente. O fato dos peixes tambaqui (Colossoma macropomum) e pacu-caranha (Piaractus mesopotamicus) não apresentarem um alto risco de invasão reforça a importância dessas espécies tanto para criação nos sistemas de piscicultura quanto nas atividades de pesque e pague e pesca esportiva, exercida nos empreendimentos do tipo pesqueiro.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Impacto de pesqueiros e avaliação do potencial invasor de espécies de peixes do trecho paulista da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-10) Novais, Hianka Morais Ferreira [UNIFESP]; Azevedo, Juliana de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9196997953777495; http://lattes.cnpq.br/0184289766825398A introdução de espécies não nativas é uma grande preocupação ambiental. Muitos impactos negativos são causados por espécies invasoras e essa problemática é considerada como uma das principais causas de perda de biodiversidade no mundo. Pesqueiros são empreendimentos voltados à pesca por lazer. Entretanto, há uma lacuna de informações na literatura científica sobre eventuais impactos associados a escapes de peixes não nativos mantidos nestes espaços. Neste contexto, esta pesquisa busca avaliar o potencial invasor de espécies de peixes não-nativos presentes em pesqueiros da Bacia Hidrográfica do Alto Paraíba do Sul (BH-APS), em seu trecho paulista. Os dados biológicos, ecológicos e histórico dispersos das espécies foram obtidos através de pesquisa documental e a análise dos dados foi realizada com auxílio do AS-ISK (Aquatic Species Invasiveness Screenig Kit), uma ferramenta de suporte à decisão quanto ao impacto de espécies invasoras, que utiliza 55 perguntas, agrupadas em 3 categorias: 1) Biogeografia/Histórico; 2) Biologia/Ecologia; e 3) Alterações Climáticas. Assim, as espécies selecionadas foram categorizadas quanto ao seu “grau de risco” de acordo com as pontuações atribuídos no AS-ISK, a saber: <1 = baixo risco; 1-23,9 = risco médio; e >24 = alto risco de invasão. Os resultados obtidos mostraram que os peixes não nativos Clarias gariepinus (Bagre Africano), Cyprinus Carpio (Carpa), Oreochromis niloticus (Tilápia-do-Nilo), Cichla sp. (tucunaré) e Salminus sp. (dourado) possuem alto potencial de invasão, uma vez que foram encontradas pontuações de 72, 50, 58, 48 e 35, respectivamente. Essas espécies têm potencial de causar impactos significativos tanto no setor comercial quanto no setor ambiental. Apesar de serem espécies não nativas, Piaractus mesopotamicus (Pacu) e Colossoma macropomum (Tambaqui) foram classificados como espécies com médio potencial invasor, com pontuações de 19 e 22, respectivamente. Embora as espécies Hoplias malabaricus (Traíra) e Rhamdia quelen (Jundiá) sejam nativas da BH-APS, foram encontradas pontuações maiores que 24 (Traíra = 46, Jundiá = 25), demostrando assim que em caso de escapes dos pesqueiros, estes peixes podem causar significativos desequilíbrios na estrutura trófica da BH-APS. Finalmente, Cyphocharax gilbert (Sairú) apresentou um baixo potencial invasor (pontuação <1), demostrando assim a importância desta espécie nativa da BH-RPS para estrutura trófica local
- ItemAcesso aberto (Open Access)Potencial invasor de espécies de peixes cultivadas em pesqueiros da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul do Estado de São Paulo (SP, Brasil)(Universidade Federal de São Paulo, 2022-07-22) Quintino, Julia Giacomett [UNIFESP]; Azevedo, Juliana de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9196997953777495A distribuição de espécies no mundo vem se modificando em taxas cada vez mais crescentes. A introdução de espécies não nativas, por exemplo, é considerada atualmente como uma das principais causas de extinção no planeta, podendo resultar em efeitos extremamente prejudiciais ao funcionamento do ecossistema e à composição da fauna endêmica. Os ecossistemas aquáticos estão sujeitos a alto risco de invasão, e estudos acerca dos impactos quanto a introdução de espécies exóticas exercem papel de extrema importância no âmbito da ictiofauna nativa. Nesse contexto, o presente estudo buscou identificar e avaliar o potencial de introdução de espécies, mantidas em empreendimentos do tipo pesqueiros presentes na Bacia Hidrográfica Ribeira de Iguape e Litoral Sul, SP, Brasil. Para isso, realizou-se uma revisão na literatura científica a fim de compilar os dados bioecológicos e biogeográficos disponíveis acerca das espécies de peixes mais representativas nestes estabelecimentos. A partir destes dados, para cada espécie, foi aplicado o protocolo de avaliação de risco Aquatic Species Invasiveness Screening Kit (AS-ISK). No AS-ISK, os dados foram analisados a partir de um sistema de avaliação composto por 55 perguntas agrupadas em três categorias distintas: 1) Biogeografia/Histórico invasor; 2) Biologia/Ecologia e 3) Alterações climáticas. Com as pontuações obtidas, o risco de invasão foi categorizado quanto a Avaliação Básica de Risco (ABR) e quanto ao risco associado às Mudanças Climáticas (ABR+AMC), a saber: ABR: <1=baixo risco; 1–21,9=risco médio; 22–68=alto risco e ABR+AMC: < 1=baixo risco; 1–23,9=risco médio; e 24–80=alto risco. Espécies não-nativas como o Bagre africano (Clarias garipierus), a Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), Carpa comum (Cyprinus carpio), Curimbatá (Prochilodus scrofa) apresentaram um alto risco de invasão (ABR – 56, 38, 38, 18; ABR+AMC – 68, 50, 48, 30 respectivamente). Já espécies de peixes como o Acará (Geophagus brasiliensis), a Traíra (Hoplias malabaricus) e o Jundiá (Rhamdia quelen), apesar de serem nativas da região, também apresentaram um alto risco de invasão devido, principalmente, às suas características bioecológicas, mesmo em cenários de mudanças climáticas (ABR – 28, 24, 28; ABR+AMC – 24, 36, 34, respectivamente). Espécies como Cascudo, Manjuba de Iguape, Robalos, Lambari e Corvina demonstraram um médio risco de invasão com pontuações de impacto menores nos setores comercial e ambiental da região. Por fim, espécies com grande relevância socioeconômica como a Pescada amarela e a Sardinha apresentaram um baixo potencial de invasão.