Navegando por Palavras-chave "Eufemização"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Uma análise dialógica dos discursos que dão sentido à reforma previdenciária.(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-23) Kogawa, Débora Elize [UNIFESP]; Magalhães, Anderson Salvaterra [UNIFESP]; Souza, Janderson Luiz Lemos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5242623034107836; http://lattes.cnpq.br/7806510956818017; http://lattes.cnpq.br/2992290758559240A palavra, tomada aqui como a arena de disputa de valores, é capaz de refletir e refratar realidades distintas. Sendo assim, esta pesquisa surge pela Análise Dialógica do Discurso, que compreende os discursos como uma orientação ideológica, motivada por um processo histórico-social que movimenta sentidos a partir do que fazem refletir e refratar pelos signos. Complementa-se a este trabalho processos categorizantes imbricados no processamento da linguagem, em uma colaboração com a Linguística Cognitiva que integra o quadro teórico para a análise linguístico-discursiva. Pretende-se identificar os mecanismos dialógicos por meio dos quais se dá a tensão ideológica em torno da palavra reforma e os discursos que lhe dão sentido na cobertura jornalística da reforma da previdência entre os anos 2016 e 2019 no Brasil, 2019 e 2020 na França. O intelectual francês Éric Hazan classifica a construção simbólica reforma como máscara, diante disto, busca-se examinar o fenômeno da eufemização, proposto por ele como uma tendência da produção linguageira da pós-modernidade. À vista disso, surge um olhar atento às tendências neoliberais que influenciam a atualidade tornando possível o aparecimento de duas cosmovisões nas reportagens selecionadas para exame: a mercadológica, que funciona a partir da condição econômico-monetária; e, em oposição, a cosmovisão provisional, que funciona a partir da condição de bem-estar social. Assim, o objetivo desta pesquisa é descrever a materialidade verbal que movimenta os discursos em torno da reforma da previdência e verificar o funcionamento desses discursos no contexto brasileiro e francês, cinquenta anos depois do período analisado por Hazan.