Navegando por Palavras-chave "Fatores de risco modificáveis"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Fatores de estilo de vida associados à hipertensão arterial autorreferida: análises dos dados do Vigitel 2021(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-09) Silva, Jackeline Caetano da [UNIFESP]; Steluti, Josiane [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7274726142793366; http://lattes.cnpq.br/3754816567612427Introdução: Popularmente conhecida como pressão alta, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), é uma condição multifatorial, agravada por fenômenos ambientais, socioeconômicos, e associados a fatores sociodemográficos e comportamentais. No ano de 2015 a HAS foi relacionada à 50% das doenças cardiovasculares e 14% do total de óbitos no mundo. Diante disso, ações de monitoramento e vigilância em saúde são necessárias para entender o avanço da HAS e implementar medidas de controle e prevenção. Nesse contexto, no Brasil, alguns estudos populacionais como o Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) têm coletado, anualmente, informações referidas da HAS para investigar a prevalência da doença desde 2006. Objetivo: Analisar os fatores de estilo de vida associados ao diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica autorreferida nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal a partir de dados do VIGITEL 2021. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que analisou informações de 26579 adultos e idosos da pesquisa VIGITEL do ano de 2021. Foram analisadas as prevalências e intervalos de confiança de 95% da hipertensão arterial autorreferida. Teste de qui-quadrado de Pearson foi realizada para avaliar associação entre as prevalências de HAS e variáveis sociodemográficas e de saúde e estilo vida. Além disso, modelos de regressão logística foram conduzidos para avaliar a associação entre os fatores de saúde e estilos de vida e o diagnóstico autorreferido de hipertensão arterial, levando em consideração a complexidade amostral do inquérito. Resultados: Observou-se maiores prevalências de HAS em idosos (56,9%), com 0 a 4 anos de escolaridade (54,7%) e que residiam com companheiro (34,5%), com diferença estatística na comparação com as outras categorias (p<0,001). Quando se compara a prevalência de HAS entre as 26 capitais brasileiras e o DF, nota-se diferença (p=0,002). A maior prevalência de HAS foi no Rio de Janeiro (33,0%) e a menor prevalência em São Luís (20,1%). Além disso, também houve diferença das prevalências de HAS na ocorrência dos fatores de risco modificáveis (p<0,001). As maiores prevalências ocorreram entre os indivíduos com excesso de peso (34,7%), praticante de atividade física insuficiente (33,5%), fumante e ex-fumante (35,9%) e não consumidores de bebidas alcoólicas (31,9%). Nas análises de associação entre hipertensão e os fatores de risco modificáveis no total Brasil e, separadamente, nas 26 capitais brasileiras e no DF, destaca-se que ter obesidade aumentou a chance de ser hipertenso no Brasil e em todas as capitais (p<0,05), exceto Fortaleza e Manaus. Outras associações variaram muito de acordo com as cidades. Conclusão: Existe relação entre variáveis demográficas e de estilo de vida no diagnóstico de hipertensão arterial referida na população brasileira. No entanto, diferenças nessas associações são observadas ao avaliarmos as 26 capitais brasileiras e o DF separadamente.