Navegando por Palavras-chave "Hemangioma na infância"
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- ItemEmbargoHemangioma infantil no Brasil: análise de série temporal da taxa de mortalidade e correlação entre atendimentos ambulatoriais e internações no Sistema Único de Saúde(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-22) Fattori, Nadya Lie [UNIFESP]; Melo, Daniela Oliveira de [UNIFESP]; Zara, Ana Laura de Sene Amâncio; http://lattes.cnpq.br/8039224852182884; http://lattes.cnpq.br/5052823551616937; http://lattes.cnpq.br/6136129515126770INTRODUÇÃO: Hemangioma Infantil (HI) é um dos tumores vasculares benignos mais comuns na infância, acometendo aproximadamente de 4% a 5% da população, sendo que cerca de 80% das lesões são diagnosticadas por meio de exame físico no primeiro mês de vida, sendo mais frequente no sexo feminino. OBJETIVO: Analisar se houve queda na taxa de mortalidade (TM) por HI no Brasil, no período de 2000 a 2022. Descrever os custos envolvidos no processo de diagnóstico e tratamento do HI no Sistema Único de Saúde (SUS). MATERIAIS E MÉTODOS: Realizou-se um estudo ecológico com dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS), ocorridos em crianças menores de cinco anos de idade. Foram selecionados apenas os casos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) D18.0 (Hemangioma em qualquer localização). A TM por HI foi estimada dividindo-se o número de óbitos em menores de cinco anos pelo número de nascidos vivos (nv), multiplicado por 1.000.000 habitantes, sendo estratificado para idade, sexo e Grandes Regiões. Por meio da utilização do STATA versão 14, estimou-se a série temporal das TMs utilizando-se o método de Regressão de Prais-Winsten (p<0,05). A Taxa Incremental Média Anual (TIMA) foi calculada em porcentagem, com seu respectivo intervalo de confiança de 95%. Realizou-se uma análise descritiva sobre as frequências de atendimentos ambulatoriais e de internações, também estratificando-os para as variáveis citadas anteriormente, e correlacionou-as com a TM por HI. Analisou-se os custos envolvidos em ambos processos. RESULTADOS: Foram registrados 145 óbitos por hemangioma em crianças com idade inferior a 5 anos, variando de 1,56/1.000.000 nv em 2000 a 0,37/1.000.000 nv em 2022, com uma redução média de 5,4% ao ano (IC95%: -9,05;-1,65;p=0,007). Observou-se uma tendência estacionária para o sexo masculino (TIMA=-2,48%; IC95%:-6,33;1,54;p=0,2120), e uma tendência decrescente de -3,75% ao ano para o sexo feminino (IC95%:-7,22;-0,15;p=0,0430), apesar da queda, 61,4% dos óbitos ainda ocorrerem no sexo feminino. Analisando-se as cinco Grandes Regiões, obteve-se uma tendência estacionária para Norte (TIMA=-0,99%; IC95%:-6,26;4,58;p=0,711), Sul (TIMA=-5,30%; IC95%:-10,38;0,07;p=0,053) e Centro-Oeste (TIMA=-1,72%; IC95%:-6,36;3,16;p=0,466). Para as demais regiões, Nordeste (TIMA=-3,06%; IC95%:-5,36;-0,70;p=0,014) e Sudeste (TIMA=-3,70%; IC95%:-7,25;-0,01;p=0,050) a tendência é decrescente. Com a análise descritiva das frequências de atendimentos ambulatórias e internações no SUS, foi possível verificar um padrão em todas as Grandes Regiões, onde o principal público atendido foram os de menores de um ano de idade (período proliferativo da doença) e com sexo feminino, reforçando os dados epidemiológicos encontrados na literatura. Em relação aos custos, foi possível estimar uma utilização média mensal de R$85.953,65 utilizados em ambos os sistemas para o tratamento e diagnóstico de HI. CONCLUSÃO: A taxa de mortalidade por Hemangioma Infantil está em queda no Brasil. Foi possível verificar um aumento de atendimentos ambulatoriais ao longo dos anos, podendo este estar corroborando com a redução nas internações, levando inclusive a diminuição dos óbitos. Mostrando que o diagnóstico, acompanhamento e orientações precoces podem evitar a evolução da doença, sendo este ponto um importante auxiliador na construção de políticas públicas voltadas para o tratamento do Hemangioma Infantil.