Navegando por Palavras-chave "Hormônios sexuais"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudos de aspectos metabólicos, neuroquímicos e comportamentais de ratas alimentadas com dieta hiperlipídica: o papel do ciclo estral(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-30) Silva, Sara Pereira da [UNIFESP]; Ribeiro, Alessandra Mussi [UNIFESP]; Estadella, Debora [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5715718187140258; http://lattes.cnpq.br/7373640456805525; http://lattes.cnpq.br/3775172431639017; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Atualmente a incidência de obesidade no mundo tem aumentado consideravelmente. O consumo de dietas hiperlipídicas, dentre elas a dieta do tipo cafeteria (CAF), pode levar ao desenvolvimento de obesidade e promover diversas complicações metabólicas, neuroinflamação e alterações comportamentais. Os mecanismos relacionados ao consumo de dieta CAF e ao desenvolvimento de alterações ainda não são totalmente conhecidos, mas há uma correlação positiva entre a ativação da sinalização pró-inflamatória e do estresse oxidativo (EO) em diversos tecidos, incluindo o encéfalo, e o consequente desenvolvimento de alterações comportamentais. Ainda, é importante considerar que as flutuações dos níveis de hormônios sexuais ao longo do ciclo estral podem influenciar positiva ou negativamente o comportamento. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo investigar os efeitos do tratamento com CAF em ratas quando avaliadas em relação a parâmetros comportamentais, emocionais e mnemônicos. Para isso, ratas Wistar (12 semanas de idade, pesando 200-300 g) foram distribuídas em dois grupos e alimentadas com dieta comercial (DC) ou CAF durante 32 dias. A fase do ciclo estral foi monitorada durante todo o protocolo experimental. A partir do 28° dia foram realizados os testes de preferência por sacarose, campo aberto, reconhecimento de objeto novo, alternação espontânea, labirinto em cruz elevado (LCE) e esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado (EDL). No 33° dia os animais foram eutanasiados, amostras de sangue foram coletadas para análise de parâmetros metabólicos e o encéfalo foi removido para posterior avaliação de marcadores inflamatórios, além da avaliação da imunorreatividade do fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) e da tirosina hidroxilase (TH). Os resultados mostraram que ratas alimentadas com dieta CAF quando comparadas a ratas DC apresentam: (1) maior ganho de massa corporal; (2) menor consumo de sacarose na fase diestro; (3) quando em diestro e metaestro mostram prejuízo na memória de reconhecimento de objetos; (4) pior desempenho em tarefa de memória operacional; (5) menor densidade ótica relativa para BDNF hipocampal. No entanto, (6) não foram observadas diferenças em relação a atividade exploratória e ansiedade no CA e LCE respectivamente. De forma geral, podemos sugerir que a ingestão de dieta CAF por ratas pode provocar déficits dependentes da fase de ciclo estral.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Perfil de desempenho neuropsicológico e sua associação com variáveis hormonais e genéticas em indivíduos com Síndrome de Klinefelter(Universidade Federal de São Paulo, 2021-12-02) Simonetti, Luciane [UNIFESP]; Dias da Silva, Magnus Régios [UNIFESP]; Mello, Claudia Berlim de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1758368777559433; http://lattes.cnpq.br/2598816440086436; http://lattes.cnpq.br/6135476696614505Introdução: A Síndrome de Klinefelter (SK) é a aneuploidia do cromossomo X mais prevalente, afetando cerca de 1:600 meninos nascidos vivos. É a principal causa de hipogonadismo e infertilidade em homens. Dentre as características neurocognitivas mais frequentes incluem-se prejuízos em habilidades de linguagem, funções executivas e cognição social, bem como alterações psiquiátricas, como ansiedade e depressão, e em alguns casos, sintomas psicóticos. Observa-se importante variabilidade nos indicadores de quociente de inteligência (QI) e dificuldades cgnitivas básicos podem estar associados aos aspectos hormonais e genéticos. Objetivo: Analisar a associação entre variáveis hormonais e genéticas com o desempenho cognitivo e comportamental em pacientes com SK. Métodos: Foram recrutados 30 voluntários com SK entre as idades de 9 e 65 anos. Todos foram submetidos à avaliação neuropsicológica e dosagens hormonais, além de exame de cariótipo. O estudo foi delineado em três etapas, constituindo-se de estudos específicos e partindo-se de uma amostra heterogênea encaminhados por demanda espontânea e sequencial em seguimento no Ambulatório de Desenvolvimento do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Hospital Universitário/ Hospital São Paulo (HU/HSP) da Escola Paulista de Medicina, da UNIFESP. O Estudo 1 (n=29) investigou o perfil intelectual considerando a influência de anos de escolaridade e variáveis clínicas com destaque para o histórico de crises convulsivas e de reposição de testosterona. O Estudo 2 (n=30) procurou analisar as associações entre desempenho intelectual e neuropsicológico com a variabilidade dos níveis testosterona biodisponíveis. O Estudo 3 (n=13) enfatizou a investigação da expressão de genes do cromossomo X relacionados ao desenvolvimento neurocognitivo e ao padrão de inativação do cromossomo X. Resultados: No Estudo 1 observou-se níveis médios de QI total entre os adultos com SK e classificação limítrofe e deficitária entre os menores 15 anos. Houve discrepância significativa entres os índices de QI verbal e de execução independentemente da idade, evidenciando-se melhor desenvolvimento do domínio de inteligência não-verbal. Anos de escolaridade acima de 10 anos e ausência de histórico de crises convulsivas foram preditoras de melhor QI total. O Estudo 2 evidenciou associações entre testosterona total (TT) e os índices de compreensão verbal e de memória operacional da Escala Wechsler de Inteligência. A razão TL:E2 (testosterona livre e estradiol) foi mais significativamente associada com os índices de inteligência. TT mostrou correlação positiva com o teste de fluência fonêmica, enquanto a TL com as medidas e índices de funções executivas, como alternância e flexibilidade cognitiva. A razão TL:LH mostrou correlações positivas mais fortes com as mesmas medidas, reforçando-se a importância do período puberal. No Estudo 3 foram observados índices mais baixos de QI total entre os participantes que apresentaram padrão de inativação do tipo aleatório, correlacionando-se com a expressão aumentada do gene GTPBP6. Conclusões: A caracterização do fenótipo neurocognitivo na SK é modificada por variáveis socioambientais, escolaridade e níveis hormonais (TL:LH e TL:E2), somadas à participação de genes que escapam à inativação do X. Há influência de múltiplos fatores no desenvolvimento da inteligência e de funções cognitivas de ordem superior, como as de funções executivas. Esses dados reforçam a importância do diagnóstico clínico e da avaliação neuropsicológica precoces, além da adequação da reposição hormonal com testosterona durante o seguimento de saúde da população com SK.