Navegando por Palavras-chave "Incapacidade e Saúde"
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- ItemRestritoAvaliação da funcionalidade de Trabalhadores da construção civil(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-25) Pereira, Daniel Soares [UNIFESP]; Cockell, Fernanda Flávia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9338283259338237; http://lattes.cnpq.br/4399033307508473; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A precariedade de trabalho na construção civil é marcada pelos elevados índices de acidentes e doenças do trabalho, más condições de trabalho, instabilidade de emprego e de renda, pela alta rotatividade e, sobretudo, pela insuficiência de garantias contratuais. As exigências e pressões às quais os trabalhadores estão submetidos, assim como os recursos psicológicos para enfrentar as adversidades no trabalho, podem interferir em sua funcionalidade favorecendo limitações de atividade e restrições de participação social. Objetivos: Este projeto tem como objetivo avaliar a funcionalidade dos trabalhadores de construção civil e a influência dos fatores pessoais e ambientais (facilitadores ou barreiras). Métodos: Aplicação do questionário Whodas 2.0, versão 36 questões, traduzida e adaptada à realidade brasileira para a avaliação do grau de funcionalidade dos trabalhadores da construção civil maiores de 18 anos e suas intersecções com sexo, escolaridade, raça, função, presença de dor osteoarticular e características do trabalho desempenhado. Resultados: A amostra coletada apresenta 26 trabalhadores da construção civil, de ambos os sexos, 92 % masculino, com idade média de 41,73 anos, 23% possuem o ensino médio completo, maioria autos declarados negros, heterossexuais, solteiros ou em união estável. Do total, 38% vivem em residências com outras 05 pessoas, 50% com renda familiar mensal entre 02 e 04 salários mínimos com média de horas trabalhadas semanais de 43,34. Referente à Classificação da funcionalidade Whodas 2.0 os achados mostram que seis trabalhadores já com incapacidades moderadas (23%) e um grave (4%). Apesar de mais da metade possuir incapacidade leve (54%), porém, trabalharam com dor nos últimos trinta dias (16 % leve, 43% moderada e 8 % grave). Conclusão: Os contextos de trabalho influenciam os níveis de funcionalidades dos trabalhadores da construção civil. A grande maioria apresentou queixas de dores osteomusculares nos últimos trinta dias e já possui algum tipo de incapacidade. É preciso compreender as condições de saúde, antes mesmo de um quadro de deficiência seja diagnosticado. O registro da funcionalidade permite compreender as condições de saúde do trabalhador na construção civil, invertendo a lógica da doença ou de ações baseadas apenas nos índices de absenteísmo, pois mesmo com incapacidades e dores seguem trabalhando.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O contexto de trabalho e as relações com a funcionalidade e qualidade de vida dos servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos(Universidade Federal de São Paulo, 2021-05-19) Sanches, Natália Ferreira [UNIFESP]; Peccin, Maria Stella [UNIFESP]; Cockell, Fernanda Flávia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9338283259338237; http://lattes.cnpq.br/0428199048138850; http://lattes.cnpq.br/7958356493150713; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O trabalho está intimamente relacionado à saúde e o bem-estar, sendo considerado fonte de satisfação das mais diversas necessidades humanas. Por outro lado, o contexto singular e as vivências laborais especificas da natureza da atividade podem causar danos físicos, sociais e psicológicos. Portanto, torna-se necessário aprofundar a relação do trabalho com a funcionalidade e a qualidade de vida dos servidores e realizar um diagnóstico precoce da organização, condições e relações socioprofissionais, para subsidiar mudanças prioritárias e transformadoras prevenindo o adoecimento pelo trabalho. Objetivo: Investigar possíveis relações do contexto do trabalho com a funcionalidade e a qualidade de vida dos servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM). Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 41 servidores da SEMAM. Para a coleta de dados, foram utilizados cinco instrumentos: um questionário de avaliação inicial, World Heath Organization Disability Assessment Schedule 2.0 (WHODAS 2.0), Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA), Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e a versão abreviada do The World Health Organization of Life (WHOQOL-bref). Resultados: Amostra composta por sujeitos de meia-idade de ambos os sexos. Apesar de apresentarem boa funcionalidade, 80% referiu dor nos últimos dias e 31,7% fazem uso contínuo de medicações, 56,1% não apresentam incapacidades e 75,6% classificaram sua qualidade de vida regular. A média do tempo de prefeitura foi de 10 anos e 58,5% referiu pegar mais de 5kg no trabalho. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na idade e no tempo de prefeitura em relação a funcionalidade, qualidade de vida e risco de adoecimento no trabalho. Além disso, não houveram diferenças significativas entre os postos de trabalho e a funcionalidade e a qualidade de vida. O ITRA demonstrou avaliações críticas nos itens: organização do trabalho, condições de trabalho, custo físico, afetivo e cognitivo, esgotamento profissional e falta de reconhecimento. Os servidores que apresentaram melhores avaliações na organização do trabalho, nas relações socioprofissionais e na liberdade de expressão apresentaram percepções mais positivas na qualidade de vida; e os servidores com incapacidades leves, comparado aos sem incapacidades, tiveram piores avaliações nos danos sociais e psicológicos relacionados ao trabalho. Conclusão: No contexto de trabalho, a organização e as relações socioprofissionais, assim como a liberdade de expressão impactaram na qualidade de vida do servidor, do mesmo modo que pessoas com menos funcionalidade, apresentaram mais danos sociais e psicológicos causados pelo trabalho. Os resultados indicam que, apesar da maioria dos servidores não apresentarem incapacidades ou apresentarem incapacidades leves, verificou-se elevadas queixas de dores osteomusculares, a percepção da qualidade de vida foi regular e a avaliação das condições de trabalho foram críticas; reafirmando a importância de um diagnóstico precoce das condições de trabalho, favorecendo assim o delineamento de estratégias e ações para minimizar os impactos na saúde do trabalhador.
- ItemAcesso aberto (Open Access)“Minha filha não vai ser um obstáculo”: Narrativas de mães universitárias(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-24) Oliveira, Ana Flávia Silvério de [UNIFESP]; Cockell, Fernanda Flávia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9338283259338237; http://lattes.cnpq.br/5846944568008124; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A gravidez como condição biológica exclusiva da mulher também é uma condição social. Embora a gestação, o parto e a amamentação sejam possibilidades restritas ao corpo biológico feminino, é no âmbito da cultura e de uma dada configuração histórica que a mulher vai lidar com cada uma dessas fases. As experiências de engravidar, dar à luz, amamentar e maternar estão alinhadas com as relações sociais estabelecidas e vigentes. Objetivo: Compreender os fatores contextuais que influenciam a funcionalidade de mães universitárias. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, baseado no método de análise narrativa. O estudo incluiu mulheres universitárias que se tornaram mães durante a graduação. As narrativas foram analisadas individualmente e discutidas em suas semelhanças e singularidades. Resultados: Foram apresentadas as narrativas de cinco mulheres, mães universitárias, com idades entre 22 e 38 anos, com filhos entre 1 e 9 anos e diferentes estados civis. Todas vivenciaram barreiras e facilitadores, tanto no ambiente físico, social ou atitudinal em seus percursos acadêmicos. Discussão: Foram observados alguns facilitadores como redes de apoio, auxílios estudantis, leis e inúmeras barreiras como falta de políticas públicas, falta de rede de apoio, de informação, que essas mães universitárias encontraram durante o percurso acadêmico. Observamos uma diversidade de fatores pessoais e como as intersecções de raça e classe social potencializam as barreiras ambientais que precisam ser minimizadas ou eliminadas com políticas públicas capazes de garantir a equidade e reparação histórica das desigualdades de gênero, raça e classe social. Conclusão: É preciso investir em ações afirmativas que promovam o aumento da funcionalidade de mães universitárias, garantindo equidade na formação e permanência de todas.