Navegando por Palavras-chave "Neonatal intensive care units"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Atuação da fisioterapia nas unidades de terapia intensiva neonatais no município de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-07-13) Liberali, Joyce [UNIFESP]; Santos, Amelia Miyashiro Nunes dos [UNIFESP]; Vieira, Josy Davidson Okida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6101587222452300; http://lattes.cnpq.br/9925075057283150; http://lattes.cnpq.br/3265961962292253; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Caracterizar a atuação do fisioterapeuta nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais no Município de São Paulo, descrevendo a forma de interação dos fisioterapeutas e as suas práticas assistenciais. Métodos: Estudo transversal realizado por meio de entrevistas com o fisioterapeuta coordenador da assistência fisioterapêutica na UTI neonatal no município de São Paulo, no período de fevereiro/2010 a janeiro/2011. Foram incluídos todos os hospitais e maternidades registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos da Saúde que tivessem pelo menos um leito de UTI neonatal. Foram excluídas UTI sem fisioterapeuta, UTI com assistência prestada exclusivamente por aluno/professor ou UTI cujo fisioterapeuta havia sido entrevistado em outro hospital. As questões referiam-se às práticas de assistência respiratória aos recém-nascidos como existência de protocolos de atendimento, tempo do início de intervenção fisioterapêutica após o nascimento, participação do fisioterapeuta em procedimentos comuns a outros profissionais como aspiração de vias aéreas, técnicas de remoção de secreções de vias aéreas utilizadas em diferentes situações clinicas e participação do fisioterapeuta nos procedimentos ligados à ventilação e oxigenoterapia. Resultados: Foram identificadas 66 UTI com leitos ativos, sendo excluídas 9 (13,6%) por inexistência de fisioterapeuta na unidade ou assistência prestada por aluno/professor. Dessa forma, 57 UTI neonatais obedeceram aos critérios de inclusão, dessas, em 3 (5,3%) unidades, os fisioterapeutas recusaram participação, sendo incluídos 54 (94,7%) profissionais, dos quais, dois responderam apenas parte das perguntas. Em 23 (44,2%) UTI tinham protocolos de atendimento; em 38 (73,1%), o médico prescrevia o atendimento de fisioterapia e em 33 (63,5%) fisioterapeuta decidia o atendimento. Em 48,1% das UTI, o prematuro era atendido pelo fisioterapeuta logo após a chegada à UTI, em 69,2%, antes de 48 horas de vida e em 73,1%, antes de 72 horas. A aspiração era prescrita pelo médico em 25,0% das UTI e era realizada pelos fisioterapeutas, mas em 78,9% das UTI esse procedimento era realizado também pela enfermagem. A drenagem postural e a vibração foram as manobras mais utilizadas para remoção de secreções. As técnicas mais utilizadas foram a compressão torácica em prematuros extubados e a vibração em intubados. Em 31 (59,6%) das 52 UTI, havia visita multidisciplinar, o médico e o fisioterapeuta participavam dessas visitas em todas as UTI, sendo a porcentagem de UTI com participação na visita de enfermeiros (96,8%), fonoaudiólogos (54,8%), psicólogo (51,6%), nutricionista (41,9%) assistente social (32,3%), farmacêutico (22,6%), auxiliares/técnicos de enfermagem (19,4%) e terapeuta ocupacional (9,7%). O modo de ventilação mais utilizado era a ventilação sincronizada, porém, em mais da metade das unidades ainda utilizavam a ventilação mandatória intermitente. A passagem de plantão entre a equipe de fisioterapeutas ocorria em 27 (51,9%) unidades e não havia passagem de plantão em 21 (40,4%) UTI. Em recém-nascidos com necessidade de suporte respiratório, a saturação mínima de oxigênio tolerada pelos profissionais variou de 70% a 95% e a saturação máxima de 90% a 100%. Os ajustes ventilatórios, o desmame da ventilação mecânica e da oxigenoterapia eram realizados por médicos e fisioterapeutas em conjunto em cerca de 70% das UTI. Já os procedimentos como extubação e instalação de CPAP eram realizados pelos fisioterapeutas isoladamente em 60% das unidades. A montagem e checagem dos parâmetros ventilação mecânica eram de responsabilidade dos fisioterapeutas em respectivamente, 66% e 85% das unidades, bem como a ventilação manual durante reanimação neonatal na qual o fisioterapeuta participava em 99% das UTI neonatais. Conclusão: No período do estudo, o fisioterapeuta estava incorporado à rotina de assistência multiprofissional ao recém-nascido, participando das atividades assistenciais complexas como a assistência ventilatória nas UTI neonatais do município de São Paulo. Apesar de os profissionais terem conhecimento do diagnóstico do paciente, as mesmas técnicas fisioterapêuticas foram aplicadas em diversas situações clínicas e de forma muito precoce, sugerindo a necessidade de estabelecer protocolos de indicações para tais procedimentos.