Navegando por Palavras-chave "Sun coral"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Alteração da macrofauna bentônica decorrente da deposição de corais invasores Tubastraea spp. (Anthozoa, Scleractinia) em substratos inconsolidados(Universidade Federal de São Paulo, 2021-10-07) Savio, Lucca de Albuquerque Cavalcanti [UNIFESP]; Kitahara, Marcelo Visentini [UNIFESP]; Capel, Kátia Cristina Cruz; http://lattes.cnpq.br/3091885302037151; http://lattes.cnpq.br/0074852467021389; http://lattes.cnpq.br/5833959785328654; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Invasões biológicas são consideradas uma das principais ameaças à biodiversidade global e funcionamento dos ecossistemas. No ambiente marinho, geram impactos em comunidades bentônicas e pelágicas, alterando o funcionamento dos ecossistemas e, consequentemente, gerando modificações nas paisagens marinhas. Em meados dos anos 1980, as espécies de corais Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis foram acidentalmente introduzidas no litoral brasileiro, incrustadas em plataformas de óleo e gás. Atualmente, estas espécies, popularmente conhecidas como corais-sol, são registradas em grande parte das zonas costeiras brasileiras, incluindo diversas unidades de conservação, frequentemente competindo com espécies nativas e potencialmente dominando o ambiente. Devido a diversas características biológicas que propiciam alto potencial de dispersão e elevadas taxas de recrutamento, os corais-sol têm a capacidade de se estabelecer em grandes densidades cobrindo em algumas regiões quase 100% do substrato consolidado, alterando a paisagem marinha. Observações recentes na Ilha dos Búzios, litoral norte do Estado de São Paulo, indicam que quando em grandes densidades, colônias adultas destas espécies acabam perdendo fixação no substrato consolidado, depositando-se em grandes quantidades nos sedimentos inconsolidados adjacentes. Através de amostragens periódicas in situ manipulando diferentes densidades de corais-sol sobre o substrato inconsolidado, o presente estudo visou identificar a alteração na macrofauna decorrente do acúmulo de corais-sol no sedimento arenoso. Resultados indicam que a deposição de colônias de Tubastraea spp. sobre os substratos inconsolidados modifica a estrutura da comunidade em algum ponto entre 66 e 100% de cobertura de colônias. Foi identificado aumento da abundância e biomassa total dos organismos de acordo com o aumento da cobertura de corais, além de variações na riqueza e diversidade entre diferentes tratamentos. Entre os principais grupos observados, foi identificado aumento significativo de Amphipoda, Anomura, Brachyura, Caridea, Isopoda, Ophiuroidea, Polychatea e Tanaidacea. Em contrapartida, anfioxos, bivalves, gastrópodes e nemátodas apresentaram decréscimo ou colapso diante de grandes densidades de Tubastraea spp. O presente estudo indicou que, além de demais impactos reportados em outros estudos, os corais invasores Tubastraea spp. têm também o potencial de alterar a estrutura da comunidade de macrofauna nos compartimentos bentônicos inconsolidados. O controle e monitoramento destas espécies no litoral brasileiro é urgente, uma vez que corais-sol tendem a cada vez mais se dispersar e dominar o substrato das regiões invadidas, , sendo capazes de modificar bruscamente a estrutura e paisagem dos ecossistemas marinhos, como o cenário observado na Ilha dos Búzios.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise da efetividade de novas tecnologias de manejo dos corais invasores Tubastraea spp(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-11) Medeiros, Luisa Frank [UNIFESP]; Kitahara, Marcelo Visentini [UNIFESP]; Godoy, Silvia Neri; http://lattes.cnpq.br/2801909345426573; http://lattes.cnpq.br/0074852467021389; http://lattes.cnpq.br/4830230973154467; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Popularmente conhecidos como corais-sol, os corais escleractíneos invasores no Atlântico Sul Ocidental Tubastraea sp. se dividem em: T. coccinea e T. tagusensis. Os primeiros registros destas espécies exóticas na costa do Brasil datam de meados dos anos 1980, correspondendo a colônias incrustadas em plataformas de petróleo localizadas na Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro. Desde então, além de expandirem significativamente suas distribuições ao largo da costa do Brasil, suas ocorrências vêm deflagrando mudanças significativas no ambiente marinho costeiro. Desde 2013, concomitantemente ao registro das primeiras colônias destes corais invasores no Arquipélago dos Alcatrazes, litoral norte do estado de São Paulo, mais especificamente no costão do Portinho dentro dos limites da Estação Ecológica dos Tupinambás, diversas ações de monitoramento e manejo vêm sendo realizadas. De forma geral, até a presente data, mais de 170.000 colônias de corais-sol foram manualmente removidas, e mais de 30 pontos com ocorrências destas espécies ao largo do arquipélago supracitado já foram registradas. Neste contexto, integrando parte dos resultados oriundos de pesquisas científicas apoiadas pelo recém-criado Núcleo de Gestão Integrada Alcatrazes de forma direta ou indireta, diversas características biológicas dos corais invasores foram publicadas, incluindo os trabalhos que demonstram a abundância de larvas e suas respectivas competências de assentamento, a indicação de produção de larvas de forma clonal e a extrema capacidade regenerativa de ambas as espécies. Considerando que o manejo manual das colônias de Tubastraea spp. demanda grande quantidade de tempo e recursos, o presente estudo visou desenvolver e avaliar a eficácia de novas técnicas de manejo para estas espécies, além de realizar um histórico das ocorrências de corais-sol e respectivas ações de manejo ao longo dos últimos sete anos no arquipélago.