PPG - Bioprodutos e Bioprocessos
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando PPG - Bioprodutos e Bioprocessos por Palavras-chave "Ambiente marinho"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Extração de colágeno de esponjas marinhas das espécies Chondrilla Caribensis e Aplysina Fulva: desenvolvimento e comparação de protocolos de extração(Universidade Federal de São Paulo, 2020-07-02) Araújo, Tiago Akira Tashiro de [UNIFESP]; Renno, Ana Claudia Muniz [UNIFESP]; Granito, Renata Neves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1941145984734628; http://lattes.cnpq.br/4106611304688552; http://lattes.cnpq.br/6601062978615599; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Desempenhando um papel fundamental na constituição da estrutura tecidual do corpo humano, o colágeno (COL) é uma proteína amplamente utilizada na manufatura de diversos biomateriais, onde diante das limitações de suas principais fontes de obtenção, destaca-se a rica biodiversidade marinha, em especial as esponjas marinhas como uma fonte alternativa de colágeno marinho (COM). Para isto, metodologias de sua extração são constantemente aprimoradas visando protocolos mais simplificados e eficientes para a sua obtenção. Diante deste cenário, este estudo tem como objetivo desenvolver três protocolos de extração de COM e comparar a um protocolo já estabelecido na literatura proposto por Swatschek et al., (2002), utilizando duas espécies de esponjas marinhas morfológicamente distintas (Chondrilla caribensis e Aplysina fulva. A princípio, ambas as espécies foram coletadas, identificadas taxonomicamente, submetidas a um pré-tratamento, sendo por fim iniciado seus testes nos respectivos protocolos de extração (P1, P2, P3 e P4). Os extratos obtidos foram caracterizados morfológicamente a partir da microscopia eletrônica de varredura (MEV), e avaliados quanto às suas propriedades físico-quimicas por meio das análises de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Dicroísmo Circular (CD), quantificação do rendimento do extrato, COM, de proteínas totais e glicosaminoglicanos (GAGs), bem como o potencial antioxidante para o radical ABTS·+, além da verificação da viabilidade celular através do ensaio de MTT para a linhagem de células L929 (fibroblastos), nos períodos de 1 e 3 dias, nas concentrações de 50 e 100% dos extratos. A análise estatística dos dados foi realizada na forma de médias e desviospadrão, tendo sido as variáveis analisadas pelo teste de Shapiro-Wilk’s, e as comparações dos grupos com a análise de variância (ANOVA), seguidas do post-hoc de Tukey, adotando-se neste trabalho um nível de significância de 5%. A análise de MEV, demonstrou para os extratos da C.caribensis um emaranhado de natureza fibrilar para todos os protocolos testados, ao passo que para os extratos da espécie A. fulva, um aspecto nodular para o P2, P3 e P4 e um material particulado para o P1 pôde ser observado. Na análise de FTIR, constatou-se a presença dos grupos característicos para a molécula do COL em todos os protocolos testados para ambas as espécies, sendo que as bandas espectrais de todos os extratos da A. fulva, apresentaram menor intensidade. Na análise de CD, os extratos P2 e P4 da C. caribensis apresentaram uma banda negativa em 210 nm, tendo sido observado para a espécie A. fulva uma banda negativa em 212 nm para o P4. Quanto às análises quantitativas (rendimento do extrato, quantificação de COM, proteínas totais, GaGs e atividade antioxidante) estas demonstraram, de um modo geral para ambas as espécies estudadas, resultados significativamente superiores para os protocolos desenvolvidos neste estudo (P2, P3 e P4). Já em relação à viabilidade da linhagem celular fibroblástica L929 para os extratos da C. caribensis, as únicas diferenças estatísticamente significativas foram observadas entre o grupo controle e o P1 (100%) no dia 1, e entre o grupo controle e os extratos P2 e P3 (50%) no dia 3. Quanto à espécie A. fulva, os extratos de todos os protocolos testados apresentaram uma redução da viabilidade fibroblástica, quando comparados ao grupo controle para ambos os períodos testados. Assim, ao comparar os resultados obtidos a partir dos protocolos testados neste trabalho, o P2 e o P4 da espécie C.caribensis foram os mais eficazes na extração de COM, ao passo que para a espécie A. fulva os protocolos adotados neste trabalho não se mostraram promissores quanto à extração de COM e ao seu comportamento biológico. Maiores investigações biológicas são necessárias para uma efetiva aplicação dos extratos obtidos nos campos da biotecnologia e da Engenharia de tecidos e medicina regenerativa (ETMR).
- ItemAcesso aberto (Open Access)Percepção da Comunidade Acadêmica da Universidade Federal de São Paulo - Campus Baixada Santista sobre a degradação do ambiente marinho decorrente da presença de microplásticos(Universidade Federal de São Paulo, 2022-05-23) Parolari, Regina [UNIFESP]; Silva, Regina Cláudia Barbosa da [UNIFESP]; Cesar, Augusto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7526259441170335; http://lattes.cnpq.br/7507421915981968; http://lattes.cnpq.br/2672322754667984; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O controle de microplásticos no ambiente marinho tem se mostrado um grande desafio, devido ao constante crescimento populacional e, consequentemente, aumento do consumo e da produção industrial. Estima-se que mais de um terço dos microplásticos primários, presentes nos oceanos, sejam provenientes do enxágue de Produtos de Cuidados Pessoais e da lavagem de Roupas Sintéticas. Os hábitos de consumo são responsáveis por gerar resíduos de polímeros sintéticos que são, diariamente, despejados em corpos hídricos, causando riscos aos ecossistemas marinhos e à saúde humana. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a percepção da comunidade acadêmica do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, em relação à degradação do ambiente marinho pela presença de microplásticos pós-consumo, resultantes do enxágue de Produtos de Cuidados Pessoais e da lavagem de Roupas Sintéticas, em função de fatores socioeconômicos (escolaridade, categoria ocupacional, idade e renda familiar). O fator formação acadêmica/profissional não foi levado em consideração. Foi utilizado um questionário constituído por 15 perguntas divididas em 04 sessões: i) Perfil socioeconômico; ii) Microplásticos em Produtos de Cuidados Pessoais; iii) Microplásticos em Roupas Sintéticas e; iv) Microplásticos no ambiente marinho. A amostra foi composta de forma a englobar todas as categorias ocupacionais do campus Baixada Santista. O presente estudo contou com a colaboração de 26 docentes do Instituto Saúde e Sociedade (ISS) e 28 do Instituto do Mar (IMar), 167 discentes de graduação do ISS e 144 do IMar, 60 discentes de pós-graduação Strictu sensu (Mestrado e Doutorado), 44 discentes da Universidade Aberta a Pessoa Idosa (UAPI), 55 técnicos administrativos e 10 funcionários terceirizados, totalizando uma população de 534 indivíduos. Os resultados apontaram que os fatores socioeconômicos analisados influenciaram na percepção dos indivíduos que compõem a comunidade acadêmica do campus. No fator escolaridade, os entrevistados com Ensino Superior completo e Pós-Graduação, apresentaram mais conhecimento e domínio do assunto, bem como interesse em mudar os seus hábitos de consumo adquirindo PCPs e RS compostos de matérias-primas naturais. Em relação ao fator categoria ocupacional, os docentes do IMar apresentaram maior percepção em relação aos PCPs e RS, enquanto os docentes do ISS, demonstraram maior conhecimento em relação aos responsáveis pelos microplásticos no ambiente marinho e as formas de reduzir estes materiais neste ambiente, denotando ausência de transversalidade do conhecimento ente os dois institutos. No fator renda familiar os entrevistados com rendas altas, apresentaram um maior conhecimento e percepção em comparação aqueles com renda baixa. Demonstraram também interesse em mudar os hábitos de consumo e investir em produtos ambientalmente sustentáveis. Com relação ao fator idade, os participantes mais jovens demonstraram, maior percepção de conhecimentos em relação aos PCPs e RS, maior interesse e disponibilidade em mudar de hábitos. Concluimos que os quatro fatores foram determinantes, na amostra estudada, interferindo na percepção dos indivíduos em relação a degradação do ambiente marinho decorrente da presença de microplásticos pos-consumo provenientes do enxague de PCPs e da lavagem de RS. Devem, portanto, ser utilizados para estabelecer medidas mais efetivas de proteção ao meio ambiente marinho, visto que, são determinantes na questão da consciência, incentivo e conhecimento.