PPG - Medicina (Obstetrícia)

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    Acesso aberto (Open Access)
    Assistência obstétrica à gestação múltipla: análise da morbimortalidade materna e neonatal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-26) Sombra, Isabelle Cordeiro de Nojosa [UNIFESP]; Elito Júnior, Júlio [UNIFESP]; Araújo Júnior, Edward [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/3134344285801202; http://lattes.cnpq.br/9805737355570277
    Objetivos: Analisar a morbimortalidade materna e neonatal nas gestações gemelares, associadas à adesão da rotina preconizada para o pré-natal de alto risco e comparar a morbimortalidade materna e neonatal entre gestações gemelares monocoriônicas e dicoriônicas. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado entre 2019 e 2022 envolvendo gestações gemelares. Foram avaliadas as características socioeconômicas e demográficas das gestantes, bem como os resultados maternos e perinatais. A associação entre as variáveis foi mensurada pelo odds ratio (OR) obtido na regressão logística. Resultados: A amostra foi constituída por 118 gestações gemelares, sendo 72 monocoriônicas (MC) e 46 dicoriônicas (DC). Dos 236 gemelares, houve um total de 27 óbitos, incluindo primeiro gemelar (2,5%) e segundo gemelares (8,9%). Foram considerados os óbitos fetais, neonatais e pós-neonatais. A maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre (80,5%), mas apenas algumas (24,3%) realizaram ≥ 12 consultas (9,22 ± 2,97). A profilaxia da pré-eclâmpsia com aspirina foi administrada em 20,3% dos casos e suplementação de cálcio em 16,1% dos casos. A maioria das gestantes desenvolveu alguma patologia durante a gestação (69,5%), como restrição do crescimento fetal em 19 (16,1%), pré-eclâmpsia em 32 (27,1%), diabetes mellitus gestacional em 25 (21,2%) e óbito intrauterino de um dos fetos em 13 casos (10,2%). Mais da metade dos partos ocorreram entre 34 e 37 semanas de gestação (53,4%) e 80,5% foram antes de 37 semanas. A adesão à rotina de pré-natal de alto risco funcionou como fator de proteção obtendo associação com os desfechos “patologias desenvolvidas na gestação” (OR=0,27; IC95% 0,10-0,71; p=0,009), “trabalho de parto pré-termo” (OR=0,02; IC95% 0,003-0,19 p=0,000), “Apgar <7 no 1° minuto – segundo gemelar” (OR=0,24; IC95% 0,08-0,68; p=0,007), “Apgar <7 no 5° minuto - segundo gemelar” (OR=0,10; IC95% 0,01-0,95; p=0,045), “complicações logo após o nascimento - segundo gemelar” (OR=0,13; IC95% 0,02-0,59; p=0,008), “transferência para UTI neonatal - primeiro gemelar” (OR=0,25; IC95% 0,11-0,57; p=0,001), “transferência para UTI neonatal - segundo gemelar” (OR=0,14; IC95% 0,05-0,34; p=0,000). As gestações gemelares MC foram associadas a um maior risco para patologias na gestação (p=0,000) e internações na UTI neonatal do primeiro gemelar (p<0,037). Em ambos os tipos de gestação gemelar os segundos gêmeos apresentaram maior risco para nascimento com cianose (32,2%) ou natimorto (12,5%) (p=0,021), bem como para baixo peso ao nascer (83,9%; p=0,047) e alteração do perímetro torácico (99,1%) (p=0,011). A complicação neonatal mais comum foi dificuldade respiratória, que afetou principalmente os segundos gêmeos nas gestações gemelares MC e DC (65,8% e 52,2%, respectivamente). Conclusão: A adesão à rotina para pré-natal de alto risco esteve associada como fator de proteção para prematuridade, patologias desenvolvidas na gestação, complicações após o nascimento e internação na UTI neonatal. As gestações gemelares MC tiveram resultados perinatais mais adversos do que as gestações gemelares DC, assim como os segundo gemelares de ambos os tipos de gestação.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Impacto de diferentes esquemas de tratamento com EMA/CO em pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-02) Souza, Laís Cristhine Santos [UNIFESP]; Sun, Sue Yazaki [UNIFESP]; Almeida, Michelle Samora de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0529812898512530; http://lattes.cnpq.br/3253295555494164; http://lattes.cnpq.br/3175598885601497
    Objetivo: Comparar o desfecho clínico de mulheres com neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) de baixo risco resistentes ou refratária ao tratamento com metotrexato (MTX) e doença de alto risco tratadas com o esquema tradicional de EMA/CO (etoposide, methotrexate, actinomicina-D, ciclofosfamida e vincristina) vs. EM/CO (etoposide, methotrexato, ciclofosfamida e vincristina), em virtude do desabastecimento da actinomicina-D (Act-D), no Brasil. Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, multicêntrico, brasileiro e observacional, que avaliou prontuários médicos de pacientes com diagnóstico de NTG de baixo risco e alto risco tratadas com o esquema tradicional EMA/CO e aquelas tratadas com esquema modificado no qual a actinomicina-D foi suprimida, EM/CO, em virtude do desabastecimento desse medicamento no Brasil, acompanhadas no período de 01 de janeiro de 2010 até 31 de dezembro de 2023. Foram estudados resultados de casos oriundos do Centro de Referência em Doença Trofoblástica Gestacional do Hospital São Paulo – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Ambulatório de Doença Trofoblástica Gestacional da Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Ambulatório de Atendimento às Pacientes Portadores de Doença do Trofoblasto da Universidade Caxias do Sul. O desfecho primário foi a ocorrência de remissão após o tratamento quimioterápico. Os desfechos secundários foram a recorrência, toxicidade, óbito e número de ciclos necessários para remissão. Resultados: Um total de 142 pacientes foi analisado, das quais 109 foram tratadas com EMA/CO e 33 receberam EM/CO. Dessas pacientes, 69 pacientes apresentavam NTG de baixo risco (escore <7) e 73 de alto risco (escore ≥7). Considerando todas as pacientes, sem estratificação de risco (escore <7 ou ≥7), aquelas que utilizaram EM/CO tiveram maior prevalência de uso de tratamento adicional comparativamente às pacientes que utilizaram EMA/CO (30,3% vs 11,9%, p=0,027) e não foi observado associação entre o uso de EM/CO ou EMA/CO e toxicidade (p=0,124). Considerando apenas as pacientes com escore de risco ≥7 elas apresentaram maior prevalência de quimiorresistência utilizando o regime EM/CO (53,8% vs 13,3%, p=0,0034) e de necessidade de tratamento quimioterápico adicional (61,5% vs 10,0%, p=0,005) do que pacientes que utilizaram EMA/CO, e com relação aos desfechos secundários, recorrência, toxicidade, óbito e número de ciclos necessários para remissão, não foi observada influência do esquema utilizado, EMA/CO ou EM/CO. Considerando apenas as pacientes com escore < 7, não foi encontrada associação entre o regime utilizado, EMA/CO ou EM/CO sobre a quimiorresistência, recorrência, toxicidade, óbito e mediana de ciclos. O nível sérico de hCG antes do tratamento (149133 UI/L) foi preditor moderadamente significativo (AUC: 0,77, IC95% 0,6-0,88, p<0,0001) para identificar quimiorresistência e o número de ciclos de EM/CO (2,5 ciclos) foi um preditor fortemente significativo (AUC: 0,81, IC95% 0,66-0,96, p<0,0001) para identificar toxicidade à quimioterapia, enquanto o número de ciclos de EMA/CO (6,5 ciclos), foi um preditor moderadamente significativo (AUC: 0,71. IC 95% 0,61-0,81. p<0.0001). Conclusão: Pacientes com NTG de alto risco tratadas com o regime EM/CO apresentaram maior prevalência de necessidade de tratamento adicional e quimiorresistência comparativamente às pacientes tratadas com EMA/CO, sem diferença na recorrência, toxicidade ou óbito. Pacientes com NTG de baixo risco tratadas com o regime EM/CO não apresentaram diferença nas taxas de tratamento adicional, quimiorresistência, recorrência, toxicidade ou óbito, comparativamente às pacientes tratadas com EMA/CO. O nível sérico de hCG antes do tratamento e o número de ciclos de EM/CO e EMA/CO foram preditores significativos de quimiorresistência e toxicidade, respectivamente.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Características clínicas, evolutivas e assistenciais da doença trofoblástica gestacional em dois centros de referência do Ceará
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-29) Linhares, Eveline Valeriano Moura [UNIFESP]; Sun, Sue Yazaki [UNIFESP]; Feitosa, Francisco Edson de Lucena; http://lattes.cnpq.br/8026288025235650; http://lattes.cnpq.br/3253295555494164; http://lattes.cnpq.br/4832676562292666
    Objetivo: Determinar o perfil das mulheres submetidas ao esvaziamento uterino por suspeita de mola hidatiforme (MH), de acordo com suas características sociodemográficas, clínicas, laboratoriais, ultrassonográficas, anatomopatológicas e desfecho em dois serviços de referência no Nordeste do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo em dois centros de referência entre outubro de 2016 e dezembro de 2022 com mulheres submetidas a esvaziamento uterino por suspeita de MH. Foram avaliadas características sociodemográficas, clínicas, bioquímicas, ultrassonográficas, anatomopatológicas e desfecho. Resultados: 507 mulheres com suspeita clínica de doença trofoblástica gestacional foram admitidas, das quais 334 foram confirmadas, sendo 107 no centro de referência do Hospital Regional Norte- Sobral (CR- HRN): 64 MC, 27 MP, 8 MNC, 4 abortamentos/ restos deciduais, 4 NTG, e 227 no centro de referência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand- Fortaleza (CR- MEAC): 136 MC, 78 MP, 5 MNC, 3 abortamentos / restos deciduais, 5 NTG. A distância média entre o centro de referência e a cidade da paciente foi de 88 km. A média de idade das mulheres foi de 27 ± 9 anos, com predomínio de 19 a 39 anos (72%), e aproximadamente 60% dos casos foram diagnosticados ≤ 12 semanas de gestação. Acerca da paridade, a maioria das pacientes eram multíparas 185/55%, sendo que no CR- HRN houve maior percentual (63/58.9%). Sangramento vaginal foi observado em 79.3% das pacientes, e dentre os sintomas associados, prevaleceu pré- eclampsia no CR- MEAC (13/5.7%). Quando comparados os centros, predominou em Fortaleza (p = 0,002), o hCG quantitativo pré- esvaziamento maior que 225 mil. A ultrassonografia transvaginal apresentou aspecto típico em 90% dos exames. O aspecto macroscópico foi descrito como vesícula em 70% dos casos. O esvaziamento uterino foi realizado principalmente por curetagem uterina (44.2%), mas comparando os centros, este procedimento se deu mais por AMIU em Fortaleza (94/41.8%) do que em Sobral (16/15.8%), com significância estatística (p<0.001). A maioria das mulheres não teve complicações (68.6%). O desfecho considerado remissão foi alcançado em 37.1% dos casos; o abandono do seguimento, foi maior em Sobral (26/24.3%) do que em Fortaleza (31/13.7%). Outras 30/9% não chegaram a iniciar o seguimento (15/14% CR- HRN e 15/6.6% no CR- MEAC). Dentre as 73 pacientes acompanhadas por NTG, 9 mulheres abandonaram o seguimento com hCG ainda positivo. Conclusões: Foram analisados os dados de 334 pacientes conduzidas por suspeita de mola nos dois centros, dos quais, 107 casos no CR- HRN e 227 casos no CR- MEAC. A idade média foi 27±9 anos e a idade gestacional média foi 12.6±4.2 semanas, sem diferença entre os centros. Houve maior percentual de multípara (63/58.9%) no CR- HRN. Somente 8/2,4% referiram antecedente obstétrico de DTG. A maioria das mulheres relatou sangramento genital 264/333 (79.3%), e pré- eclampsia foi mais prevalente no CR- MEAC 13/5,7%. A distância percorrida pelas mulheres até os centros de referência foi elevada, mas a maioria delas não apresentou complicações. Categorizando o hCG quantitativo, observou-se que o maior valor (>225mil) foi encontrado na mola completa- 68,4% no CR- HRN e 81,8% no CR- MEAC. A remissão foi observada em 37.1% das mulheres com mola hidatiforme, porém em 48% o desfecho é desconhecido pois tiveram última consulta com hCG ainda positivo. Além disso, 12% das pacientes com NTG também não completaram tratamento. Conclui-se que o seguimento pós-molar e de pacientes em tratamento por NTG nos dois centros estudados, necessitam ser aprimorados pela busca ativa das pacientes, que enfrentam inúmeras barreiras sociais e demográficas.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Marcadores ultrassonográficos e resultados perinatais adversos em fetos portadores de gastrosquise simples e complexa
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-24) Caldas, João Victor Jacomele (UNIFESP); Araújo Júnior, Edward [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/5179085789918719
    Objetivos: o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre marcadores ultrassonográficos de fetos com gastrosquise e desfechos neonatais adversos. Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que incluiu na análise estatística 46 recém-nascidos com gastrosquise que tiveram assistência pré-natal e parto entre 2009 a 2019. As variáveis observadas incluíram dados sociodemográficos, dados ultrassonográficos, dados de nascimento e os respectivos resultados neonatais. Os testes de normalidade D'Agostino e Pearson foram utilizados para analisar se os valores apresentaram distribuição Gaussiana. O teste de Mann Whitney foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição não paramétrica entre os grupos. O teste T Student foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição paramétrica entre os grupos. O teste Qui quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre os grupos e variáveis categóricas. A regressão logística binária foi utilizada para determinar os melhores preditores gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos. A razão de chances (OR) para o desenvolvimento gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos com diferença estatística entre os grupos foi determinada por regressão logística binomial stepwise. Resultados: após o nascimento, 78% gastrosquises foram classificadas como simples e 22% como complexas. Foi observado associação significativa entre o tipo de gastrosquise e a prevalência em primigestas, sendo as gastrosquises simples mais prevalentes nesse grupo (40,0 vs 77,8%, p=0,022). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre idade materna (p=0,658), índice de massa corporal (p=0,877), número de gestações (p=0,096), etnia (p=0,706), uso de drogas (p=1,00), uso de antinflamatório não esteroidal/ácido acetilsalicílico (p=0,591), uso de anticoncepcional oral (p=0,971), infecção sexualmente transmissível (p=0,432) e infecção do trato urinário (p=0,482). Os fetos com gastrosquise complexa apresentaram peso fetal estimado durante o exame de ultrassonografia significativamente menor que aqueles com gastrosquise simples (1907,0 vs 2171,0, p=0,040, respectivamente). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre a medida do índice de líquido amniótico (p=0,137), diâmetro da alça intra-abdominal (p=0,089), diâmetro da alça extra-abdominal (p=0,092), espessura da alça intestinal (p=1,00) e diâmetro da abertura do defeito (p=0,158). Os recém-nascidos com gastrosquise complexa, apresentaram maior prevalência de óbito neonatal precoce, quando comparados aos recém-nascidos com gastrosquise simples (30,0% vs 2,8%, p=0,007, respectivamente). A medida da abertura do defeito associou-se a sepse neonatal [X2: 6.31 (1), OR:0,92, IC95% (0,85-0,98), p=0,020] e a presença de gastrosquise complexa [X2: 7,33 (1), OR: 23,25, IC95% 1,92- 280,77, p=0,013] foi o único preditor significativo para óbito neonatal precoce. A presença de gastrosquise complexa aumenta o risco óbito neonatal precoce em 23,25 vezes. Conclusões: gastrosquise complexa esteve associada a redução na necessidade de nutrição enteral e aumento do risco de óbito neonatal precoce. A medida de abertura do defeito se mostrou um preditor significativo para sepse neonatal em ambas as gastrosquises simples e complexas.
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    Embargo
    Intervenção com o uso da classificação de Robson para reduzir as taxas de cesáreas em hospitais municipais de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-11) Guimarães, Alberto Jorge Sousa [UNIFESP]; Torloni, Maria Regina [UNIFESP]; Sass, Nelson [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6079546404174722; http://lattes.cnpq.br/5661395483781554; http://lattes.cnpq.br/2755071833604953
    Introdução: A elevada porcentagem de partos por cesárea (CS) é um problema de saúde pública global desafiador que também afeta hospitais públicos brasileiros. Várias estudos descrevem o uso de auditoria e feedback usando a classificação de Robson para reduzir as taxas de CS. Porém, até 2015 havia poucos estudos sobre o tema envolvendo hospitais públicos brasileiros. Objetivo: Analisar a efetividade e segurança de uma intervenção multifacetada envolvendo auditoria e feedback com a classificação de Robson para reduzir as taxas de CS em hospitais públicos municipais da cidade de São Paulo. Métodos: Este estudo de serie temporal interrompida envolveu os seis hospitais públicos paulistanos com as maiores taxas de CS em 2014. O estudo foi realizado em 20152017 (30 meses). Colhemos dados mensais sobre as taxas gerais de CS e por grupo de Robson durante três períodos: PréIntervenção (01/07/201530/06/2016, 12 meses), Intervenção (01/07/201631/12/2016, 6 meses) e PósIntervenção (01/01/201731/12/2017, 12 meses). A intervenção teve seis componentes dirigidos aos gestores e profissionais de saúde: 1) auditoria e feedbaack periódicos das taxas de CS usando a classificação de Robson, 2) goal setting para a taxa geral de CS (< 35%), 3) distribuição e incentivo ao uso de protocolos assistenciais baseados em evidências, 4) reuniões educativas informativas periódicas com os coordenadores de obstetrícia dos hospitais, 5) Newsletters informativas periódicas, 6) tutoria entre hospitais. Resultados: Não houve mudança estatisticamente significativa nas taxas gerais médias de CS entre os três períodos em nenhum dos hospitais. Porém, cinco dos seis hospitais tiveram redução significativa nas taxas de CS em pelo menos um dos grupos de Robson no período pósintervenção comparado com o período préintervenção ou intervenção. Ocorreu redução significativa nas taxas de CS nos grupos de Robson 1 e 5a em dois hospitais, no grupo 2a em um hospital, no grupo 4 (e 4a) em um hospital, e no grupo 5b em um hospital. Não houve mudança significativa na razão de mortalidade materna durante o estudo em nenhum dos hospitais. Cinco dos seis hospitais não tiveram mudança significativa nas taxas de asfixia (Apgar <7 no 5º minuto) entre os três períodos do estudo. O único hospital que não teve mudança significativa nas taxas de CS em nenhum dos grupos de Robson teve um aumento significativo na taxa de asfixia neonatal no período pósintervenção comparado com o préintervenção. As taxas de mortalidade perinatal ficaram inalterada ao longo do estudo em cinco hospitais e cairam significativamente em um hospital no período pósintervenção comparado com o período intervenção. Conclusão: A intervenção multifacetada não produziu uma redução significativa nas taxas gerais de CS. Porém, cinco dos seis hospitais tiveram redução significativa nas taxas de CS em pelo menos um dos grupos de Robson, sem aumentar eventos adversos maternos ou perinatais.