PPG - Ciência Cirúrgica Interdisciplinar
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Epidemiologia de varizes em municípios do Estado de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-03) Burihan, Marcelo Calil [UNIFESP]; Guedes Neto, Henrique Jorge [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8182240759176154; http://lattes.cnpq.br/6893034628502657Introdução: A doença venosa é de grande incidência na população mundial e de grande impacto sócio-econômico para os países, principalmente os mais pobres, mas, no Brasil, não há dados recentes. Objetivo: o trabalho teve como objetivo definir o perfil epidemiológico das varizes em municípios do Estado de São Paulo, utilizando a Classificação Clínica CEAP das Doenças Venosas dos Membros Inferiores. Material e Método: o estudo foi conduzido pela Liga Acadêmica Paulista de Cirurgia Vascular em cinco municípios entre 2015 e 2018, com 1277 participantes. Os critérios de inclusão foram pacientes adultos de ambos os sexos. Para os critérios de exclusão foram considerados menores de 20 anos, amputados, acamados, pacientes sem discernimento para preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido e pacientes dos ambulatórios de cirurgia vascular. A distribuição das amostras foi feita entre grupos femininos e masculinos, adultos e idosos. Resultados: a análise dos resultados revelou uma predominância de mulheres na amostra e uma prevalência significativa de varizes em populações mais velhas. A classificação CEAP indicou uma alta prevalência de casos clínicos superiores a C0, especialmente em mulheres. A etnia caucasiana mostrou-se mais prevalente em todos os grupos CEAP. Quanto ao Índice de Massa Corpórea (IMC), embora não tenha sido observada diferença significativa em algumas análises, uma correlação positiva foi encontrada entre IMC e a gravidade das varizes. A hereditariedade, especialmente a materna, pareceu ter uma correlação fraca, mas significativa com a gravidade das varizes, principalmente em mulheres. A gestação também foi associada com um aumento na gravidade das varizes. Por outro lado, o tabagismo, a atividade física, assim como o tipo de trabalho, não pareceram influenciar significativamente no desenvolvimento das varizes. Conclusão: os resultados sugerem que fatores como idade, etnia, IMC, hereditariedade e gestação podem desempenhar papéis importantes na ocorrência e gravidade das varizes.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do desfecho dos pacientes com carcinoma hepatocelular na lista de espera de transplante de fígado(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-08) Benini, Bárbara Burza [UNIFESP]; Gonzalez, Adriano Miziara [UNIFESP]; Massarollo, Paulo Celso Bosco; Pugliese, Vincenzo; http://lattes.cnpq.br/2026297584459610; http://lattes.cnpq.br/5725342608697013; http://lattes.cnpq.br/6234829429056217; http://lattes.cnpq.br/9575585491487889Objetivo: Correlacionar o desfecho de pacientes portadores de carcinoma hepatocelular (CHC), inscritos para transplante de fígado, com o estadio tumoral e com o tempo de espera em lista. Métodos: Análise de coorte retrospectiva de 2.127 pacientes inscritos em lista de espera para transplante de fígado com doador falecido nas duas regionais da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (R1 e R2), com situação especial por CHC deferida no período de 1o de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2020. Os pacientes foram classificados nos estadios T2A, T2B, CM-/CMB+ (além do Critério de Milão por nódulos <2cm), ou downstaging (DS), conforme o número e tamanho dos nódulos hepáticos identificados no exame de imagem submetido para concessão de situação especial. Os desfechos foram classificados em negativo (DN = saída da lista por óbito ou progressão da doença) ou positivo (DP = transplante). Resultados: A incidência acumulada de DN foi 32,5%. Estadios mais avançados do tumor apresentam maior incidência de DN (T2A = 25,7%, T2B = 31,6%, DS = 38,5%, CM-/CMB+ = 38,9%, p < 0,001). O tempo mediano de espera de fila foi significantemente maior na R1 do que na R2 (213 dias vs 149 dias; p < 0,001). A incidência de DN foi significantemente maior na R1 do que na R2 (35,9% vs 26,0%, p < 0,001). Conclusões: Em candidatos a transplante de fígado por CHC, a incidência de DN é maior em estadios mais avançados do tumor e em regiões com maior tempo de espera em lista.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito da adenosina na proliferação e apoptose das células do intestino delgado de ratos submetidos à isquemia e reperfusão intestinal(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-10) Oliveira, Jefferson Vilela de [UNIFESP]; Taha, Murched Omar [UNIFESP]; Rodrigues, Francisco Sandro Menezes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4697952451041850; http://lattes.cnpq.br/5780852783167227; http://lattes.cnpq.br/1948921887755990Objetivo: Estudar o efeito da adenosina na proliferação e apoptose das células do intestino delgado de ratos submetidos à isquemia e reperfusão intestinal. Método: foram utilizados 30 ratos machos adultos, com 250 a 300 g da linhagem EPM-1 Wistar, distribuídos em 5 grupos, de 6 animais por grupo: GI: Sham; GII isquemia intestinal (II) com solução salina (SS); GIII isquemia e reperfusão intestinal (iIR) com SS; GIV (II) com adenosina e GV iIR com adenosina. A SS e a adenosina (45mg/kg) foram aplicadas pela veia femoral, nos grupos de iI 5 min antes da sua realização. A artéria mesentérica superior foi clampeada por 60 min para proporcionar iI. A SS e de adenosina foram infundidas nos animais de seus respectivos grupos pela veia femoral, 5 min antes de realizar a iI. Nos Grupos iI/R, as soluções foram infundidas 5 min antes da isquemia, e 5 min antes da iR e aos 55 minutos após a i/R. O tempo total de i/R foi de 60 min. Ao final do procedimento, retirou-se segmento do intestino delgado (jejuno) de cada animal para a realização do estudo da proliferação celular e da expressão de apoptose. Foi utilizado o Teste de (ANOVA) complementado pelo teste de Tukey (“Grafpad 5 Prisma”) (p<0,05). Resultados: A adenosina mostrou-se eficiente na preservação do intestino delgado submetido tanto a isquemia isolada quanto a isquemia seguida de reperfusão. Em relação a proliferação celular, que ocorre somente nas glândulas intestinais, essa proteção mostrou ser 42% no grupo III (I+AD) e de 38% no grupo IV na proliferação celular. Em relação a apoptose notamos haver maior intensidade nas vilosidades intestinais sendo que a adenosina ofereceu proteção ao redor de 50% no grupo III (I+AD) e de 70% no grupo IV (i/R+AD). Conclusões: Os dados mostraram que a adenosina foi capaz de gerar citoproteção tanto no que se refere à proliferação celular quanto à apoptose do intestino delgado de ratos submetidos a isquemia e reperfusão.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise dos custos hospitalares e do repasse do sistema único de saúde nos doentes submetidos à duodenopancreatectomia que evoluíram com e sem fístula pancreática em hospital universitário, no período de 2017-2021(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-16) Fuziy, Rogerio Aoki [UNIFESP]; Filho, Gaspar de Jesus Lopes [UNIFESP]; Torrez, Franz Robert Apodaca [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4689137746369616; http://lattes.cnpq.br/3518607824692081; http://lattes.cnpq.br/5144237945377197Objetivo: Analisar os custos hospitalares que o Hospital São Paulo (HSP) utiliza nos doentes com diagnóstico de neoplasia periampular submetidos à duodenopancreatectomia e comparar os casos com e sem fístula pancreática com os respectivos repasses feitos ao HSP pelo Sistema Único de Saúde. Método: Estudo do tipo observacional retrospectivo, foram levantados dados do sistema gerencial interno e dos prontuários dos doentes submetidos à duodenopancreatectomia no Hospital São Paulo no período de 2017 a 2021. Utilizando-se a Classificação Internacional do Grupo Internacional do Estudo da Fístula Pancreática (IGSPF), foram constituídos dois Grupos, sendo um com a presença de fístula pancreática de maior repercussão clínica tipos B e C e outro sem fístula ou vazamento bioquímico (antigo Grau A) (Grupos: 1 - fístulas Graus B e C e 2 - sem fístula ou vazamento bioquímico antigo Grau A). Foi realizada análise dos custos hospitalares para os dois Grupos, assim como seus respectivos repasses provenientes do SUS. Resultados: Foram selecionados 46 doentes, 12 do Grupo 1 e 34 do Grupo 2, 26% de fístulas pancreáticas graus B e C, 63% de complicações pós operatórias e uma mortalidade de 7%. Quando comparamos os dois Grupos, identificamos que o Grupo 1 apresenta maior custo (18% maior) por apresentar maior tempo de internação e necessidade de mais exames de imagem. O repasse do SUS para o prestador foi insuficiente para cobrir os custos representando déficit de R$43.255,65 (80%). Conclusão: A presença de fístula pancreática após duodenopancreatectomia aumentou consideravelmente os custos hospitalares. O repasse do SUS foi insuficiente para cobrir os custos do Hospital São Paulo.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito da heparinização sistêmica em pulmão, intestino delgado e músculo sóleo de suínos submetidos a choque hipovolêmico, clampeamento aórtico e reperfusão(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-04) Jesus-Silva, Seleno Glauber de [UNIFESP]; Fagundes, Djalma José [UNIFESP]; Gil, Cristiane Damas [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6047408996026135; http://lattes.cnpq.br/8694381071456316; http://lattes.cnpq.br/5512997237332989Objetivos: Avaliar, em modelo experimental com animal de médio porte (suíno), o efeito da anticoagulação com heparina não-fracionada (HNF) em dose terapêutica na isquemia-reperfusão (IR) local (intestino delgado e músculo sóleo) e à distância (pulmão), na vigência de choque hemorrágico (CH) e clampeamento aórtico (CA) prolongado. Métodos: Vinte e um suínos (Sus scrofa, linhagem Large White) foram distribuídos em três grupos: CC (n = 8), submetidos a anestesia geral, monitorização invasiva, laparotomia e isolamento aórtico supracelíaco, CH por 30 min, CA por 1 h e reperfusão visceral por 3 h; CCHep (n = 8), submetidos aos mesmos procedimentos e à heparinização sistêmica com 200 UI/kg in bolus, sendo mantido tempo de coagulação ativado > 200 s durante o CA; e Grupo Simulado (GS; n = 5), submetidos somente à manipulação cirúrgica, sem CH ou CA. Sinais vitais e amostras de sangue para estudo bioquímico foram coletados em várias etapas do experimento. A eutanásia ocorreu ao término do período de reperfusão, quando fragmentos de tecidos foram retirados e processados para coloração de hematoxilina e eosina, e imuno-histoquímica (IIQ) para caspase-3 e BCL-2 por meio de análise semiautomatizada. Resultados: o modelo de IR proposto gerou um distúrbio cardiocirculatório grave, observado pelo aumento do gradiente pressórico carotídeo-femoral (p < 0,001) e lactato (p = 0,001), e diminuição do pH sérico (p = 0,013) nos grupos CC e CCH em relação ao Simulado. O valor médio do escore de lesão tecidual intestinal foi menor para o GS em relação ao grupo CCHep (p = 0,04) apenas. Foi observada uma maior expressão da caspase-3 no intestino delgado do grupo CCHep em relação ao GS e GC (p < 0,001), mas não foram observadas diferenças significativas em relação ao BCL-2. Não foi detectada lesão tecidual ou diferenças na expressão da caspase-3 e BCL-2 no músculo sóleo. Foi observado maior escore de lesão alveolar no grupo CCHep em relação CC (p < 0,01) e menor escore de lesão bronquiolar no grupo CC em relação aos demais (p < 0,001). Foi observada uma menor expressão do BCL-2 no pulmão do grupo CC em relação GS e CCHep (p < 0,001), porém não foram observadas diferenças significantes em relação à caspase-3. Conclusões: o modelo de CH, CA e IR proposto foi eficaz na produção de distúrbio cardiocirculatório grave. Não houve diferenças relevantes nos achados histológicas e imuno-histoquímicos dos tecidos pesquisados. Em consequência, não foi possível estabelecer um efeito consistente da HNF no fenômeno de IR.