PPG - Psicobiologia
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- ItemAcesso aberto (Open Access)O uso de cigarro eletrônico, narguilé e álcool entre os jovens universitários: um estudo acerca da influência social(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-08) Gomes, Ana Carolina [UNIFESP]; De Micheli, Denise [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2246867228137055; https://lattes.cnpq.br/0716874187545524O presente estudo aborda de forma sistematizada o consumo do tabaco e seus derivados: narguilé e cigarro eletrônico, além de trazer uma conceituação acerca do uso do álcool. Sob este viés, o objetivo geral da pesquisa está em compreender o padrão de consumo de tais substâncias entre a população universitária nas regiões do Brasil e analisar o impacto das bebidas alcoólicas e da influência dos pares para a incidência de tais substâncias. Deste modo, através da formulação de perguntas específicas e semiestruturadas e a aplicação de questionários online, a amostra foi composta por 588 estudantes universitários pertencentes às diferentes instituições de ensino do Brasil. Entre os instrumentos utilizados: Questionário sociodemográfico para obter o perfil geral da amostra, uma versão adaptada do questionário Global Health Professional Student Survey, a fim de avaliar o consumo de cigarro eletrônico e narguilé. O AUDIT-C (Alcohol Use Disorders Identification Test) para avaliar o consumo de álcool; além de um questionário para mensurar a influência social no consumo dessas substâncias. Confirmando nossa hipótese, ao observar a correlação de uso entre cigarro eletrônico-álcool e narguilé- álcool, observou-se que o uso das substâncias normalmente são realizados em contextos onde a disponibilidade de bebidas alcoólicas se faz presente. Com relação à influência social, notou-se que os participantes não continuariam a usar cigarro eletrônico e narguilé caso seus pares não utilizassem também, sugerindo que os pares e o contexto social são fatores que incidem para o uso de substâncias. Este estudo visou destacar a importância em compreender os padrões de consumo de substâncias psicoativas entre estudantes universitários e como as variáveis sociais podem influenciar esses padrões de uso. Os resultados ressaltam a complexidade da influência social no consumo de substâncias entre estudantes universitários e podem auxiliar a reflexão de estratégias de prevenção e intervenção direcionadas a essa população, fornecendo subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde mais eficazes.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Validação da escala caos no ambiente familiar e o uso experimental de alcool na adolescência(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-12) Espíndola, Marília Ignácio de [UNIFESP]; Noto, Ana Regina [UNIFESP]; Pompeia, Sabine [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7010761150041393; http://lattes.cnpq.br/1146514655934224; http://lattes.cnpq.br/6654232178343451Objetivo: Esta tese teve como objetivo explorar o uso experimental de álcool no final da infância e início da adolescência, além de apresentar evidências de validade do construto "caos no ambiente familiar" em amostras por conveniência de adolescentes da cidade de São Paulo. Método: Para alcançar esse objetivo, foram desenvolvidos três artigos. O primeiro focou na adaptação e tradução da Escala de Confusão, Alvoroço e Ordem no Sistema Familiar (CAOS) para o português do Brasil. O processo incluiu tradução, retrotradução e avaliação por cinco juízes, seguido de uma Análise Fatorial Exploratória (AFE) com 180 adultos e uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC) com 239 adolescentes. A validade convergente foi avaliada por meio de Modelagem de Equações Estruturais. O segundo artigo, em fomato de revisão, analisou 523 estudos sobre a iniciação ao consumo de álcool disponíveis na base de dados PubMed, nos últimos seis anos. Destes, 59 artigos foram selecionados para avaliar as perguntas relativas ao consumo de álcool em crianças e adolescentes. O terceiro artigo foi uma pesquisa transversal com 238 adolescentes brasileiros, de 9 a 16 anos, que analisou os padrões de consumo inicial de álcool por meio de Análise de Classes Latentes (LCA) e regressão logística multinomial, explorando variáveis preditoras, como a influência dos pares, o consumo em casa e as pontuações no AUDIT-C. Resultados: A versão brasileira da escala CAOS demonstrou validade de conteúdo e uma estrutura unifatorial, mas com alguns ajustes necessários. A validade interna foi confirmada, e o caos familiar foi associado a sintomas externalizantes e ao estresse percebido por adolescentes, evidenciando a adequação da escala para uso no Brasil. O segundo artigo revelou grande variabilidade nas definições de iniciação ao consumo de álcool, variando de pequenos goles a bebidas completas. Apenas 17 dos 59 estudos consideraram o contexto do uso, e as definições foram classificadas como heterogêneas e insuficientes, apontando para a falta de padronização. No terceiro artigo, três classes de padrões de consumo de álcool foram identificadas: "Abstêmio" (41,03%), "PDFD" (16,99%) e "PDS" (41,97%). A influência dos pares e a presença de um bebedor em casa foram fatores determinantes para a diferenciação dos padrões, sendo a classe "PDS" representativa de um padrão de transição. Conclusões: A adaptação da Escala de Caos para o português brasileiro foi inovadora, e a análise fatorial exploratória indicou sua unidimensionalidade, com validação em três níveis: conteúdo, estrutura interna e relação com medidas externas. O estudo sobre iniciação ao consumo de álcool revelou grande variabilidade nas definições, indicando a necessidade de padronização para permitir a comparabilidade entre estudos. A análise dos padrões de consumo inicial de álcool destacou a importância das influências sociais e familiares, identificando categorias transicionais que podem orientar futuras intervenções. Recomenda-se investigar a relação entre caos familiar e padrões de iniciação ao álcool, além de testar intervenções preventivas focadas na educação parental, como as que já estão sendo implementadas em outros países e no Brasil.
- ItemAcesso aberto (Open Access)The unity and diversity of the executive functions: sociodemographic and cultural effects(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-12) Segura, Isis Angélica [UNIFESP]; Pompeia, Sabine [UNIFESP]; Cogo-Moreira, Hugo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3049836001727444; http://lattes.cnpq.br/7010761150041393; http://lattes.cnpq.br/8964415380671590Executive Functions (EF) are a set of cognitive abilities that regulate behavior to achieve goals people have in mind. One widely accepted theory of EF is the unity and diversity framework, which posits that there is a pattern of intercorrelation (unity) among three (of many) EF domains (inhibition, shifting, updating) which are also separable (diversity). The exact factor structure of EF remains controversial, particularly during adolescence, when these domains become distinguishable. This controversy may also stem from various issues explored here in four studies: 1) psychometric issues; 2) sample differences in socioeconomic status (SES), culture and age; 3) inconsistent control of lower-level cognitive processes (LLP) that are also involved in EF tasks. Objectives: Study 1 and 2 determined the best EF factor structure and invariance to SES and age in early adolescents only from Iran (Study 1) plus a Brazilian sample (Study 2) in which invariance for country was also tested. Study 3 investigated the effect of LLP in the Iranian adolescent sample and three other databanks from other publications. Study 4 explored the role of LLP on adolescents’ age-related EF improvement using the Iranian and another adolescent dataset. Methods: Study 1 and 2: adolescents from Iran and Brazil (total sample: 739; 407 Iranians; 9-15 years) completed two tasks of each EF domain using a socioculturally adaptable EF test battery (Free Research Executive Evaluation). The best Confirmatory Factor Analysis EF model (out of seven tested ones) was assessed for invariance across age and SES (Multiple indicators Multiple causes), and also country (Multiple-group confirmatory factor analysis). Study 3: examined the impact of LLP on EF model in four reanalyzed datasets (two with adolescents and two with adults) (> 180 participants per sample). Using Structural Equation Modeling, a LLP latent factor reflecting shared variance of control conditions from EF tasks was regressed onto the three intercorrelated EF factors only using executive indicators (not executive cost measures). Study 4: with two adolescent datasets, the LLP factor was tested as a mediator of the direct age effects on the EF factors. Results: the three-correlated factor structure fit the data well for all tested datasets. This model was mostly invariant across age and SES (Study 1 and 2) and country (Study 2). All three EF traits improved with age, while SES had minimal positive effects on shifting and updating. The reanalyzed datasets (Study 3) also supported the three-intercorrelated EF factor using only executive indicators. LLP strongly predicted all three EF and altered EF intercorrelations (unity), which became mostly non-significant. LLP factor mediated age effects (Study 4) in both adolescent samples. Conclusion: EF differentiation is evident since early adolescence. This model is also invariant to age and SES, as well as to culture with socioculturally adaptable tests (Study 1 and 2). In spite of this, LLP explains most of EF performance, EF unity (Study 3) and the improvement of age across adolescence (Study 4). These results suggest the need to reappraise the EF unity and diversity framework.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Perspectivas de estudo entre adolescentes: explorando a associação entre planos e expectativas futuras e comportamentos de risco, por meio de um estudo epidemiológico(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-07) Ferro, Lucas da Rosa [UNIFESP]; Micheli, Denise de [UNIFESP]; Andrade, André Luiz Monezi; http://lattes.cnpq.br/3452462942187599; http://lattes.cnpq.br/2246867228137055; https://lattes.cnpq.br/1310874804455363Introdução: Embora a fase da adolescência seja crucial para o sucesso acadêmico e a saúde mental, a pesquisa sobre a relação entre as perspectivas futuras e os comportamentos de risco em adolescentes brasileiros é limitada. Objetivo: Explorar a possível associação entre as perspectivas futuras relativas a estudos e trabalho em relação a diversos comportamentos de risco entre adolescentes. Método: O presente estudo buscou preencher essa lacuna, utilizando uma amostra representativa de 48.763 alunos do ensino médio, selecionados de um conjunto maior de 159.245 alunos. As respostas sobre os planos futuros foram agrupadas em cinco categorias: Somente estudar (SO), Somente trabalhar (WO), Estudar e trabalhar (SW), Seguir outro plano (OP) e Não sei (DK). Utilizou-se o teste Qui-quadrado e ANOVA de uma via, com o software R, como base para as análises. Resultados: Verificou-se que a distribuição de gênero foi equilibrada nos grupos SO e SW, enquanto WO, OP e DK eram predominantemente masculinos. Observou-se que o grupo SO tinha mais alunos negros e menos faltas injustificadas, enquanto o grupo WO tinha mais alunos pardos e apresentava maior uso de substâncias e problemas de saúde mental. Os resultados sugerem uma associação entre as perspectivas futuras e os comportamentos de risco entre os adolescentes brasileiros, com o grupo SO associado a comportamentos de menor risco e o grupo WO associado a um maior uso de substâncias e problemas de saúde mental. Conclusão: Estes resultados fornecem insights valiosos para a formulação de intervenções e políticas públicas eficazes, visando o bem-estar e o desenvolvimento dos adolescentes brasileiros.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A jornada de três meses com restrição calórica e suplementação com probióticos na busca pela melhora da composição corporal, da inflamação e do comportamento alimentar em homens adultos que vivem com obesidade(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-29) Lucin, Glaice Aparecida [UNIFESP]; Santos, Ronaldo Vagner Thomatieli dos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9928572887023286; http://lattes.cnpq.br/8129249619853502Objetivo: A obesidade é caracterizada pela massa corporal desproporcional para a estatura, com acúmulo excessivo de tecido adiposo e acompanhada de um quadro de inflamação crônica e sistêmica de baixo grau. A suplementação com probióticos pode ser uma alternativa adicional para o seu tratamento. No entanto, dúvidas ainda persistem. Por isso, esse trabalho teve como objetivo avaliar se 12 semanas com intervenção de restrição calórica (RC) associada à suplementação com probióticos promoveria melhora na composição corporal, na inflamação sistêmica e no comportamento alimentar de homens que vivem com obesidade. Métodos: Estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de dois grupos paralelos com homens adultos vivendo com obesidade grau I e II submetidos à intervenção de RC associada à suplementação probiótica por 12 semanas. 13 participantes foram alocados aleatoriamente para receber diariamente 2 de sachês de 1g cada da formulação de 1x109 UFC de cada espécie probiótica: Lactobacillus acidophilus NCFM, Lactobacillus rhamnosus HN001, Lactobacillus paracasei Lpc-37 e Bifidobacterium lactis HN019 e 12 participantes para receber placebo, composto por maltodextrina. Todos os participantes receberam uma dieta com RC de 30% do gasto energético total (GET). A composição corporal, os níveis plasmáticos de leptina, grelina, insulina, adiponectina, GLP-1, PYY, TNF-α, IL-6, IL-10 e o comportamento alimentar foram avaliados antes e depois da intervenção. Resultados: Ambos os grupos apresentaram redução de massa corporal total (p<0,001), IMC (p<0,001), percentual de gordura corporal (p<0,001), massa gorda (p<0,001), área de gordura visceral (p<0,001), circunferência abdominal (p<0,001), circunferência de cintura (p<0,001), circunferência de quadril (p<0,001)) e circunferência de pescoço (p<0,001). Não houve diferença entre os grupos. No comportamento alimentar, foi observada diminuição significativa nas pontuações de descontrole alimentar e alimentação emocional no grupo que recebeu probióticos (p=0,018 e p=0,035 respectivamente). Não foram observadas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de hormônios e citocinas: grelina, insulina, GLP-1, leptina, adiponectina, TNF-α, IL-6, e IL-10. Conclusão: A intervenção de RC foi eficaz em promover melhora na composição corporal, porém a suplementação probiótica não apresentou efeitos adicionais. Ao contrário do comportamento alimentar, onde a suplementação probiótica ofereceu benefícios superiores aos alcançados apenas pela RC. A intervenção combinada de RC e suplementação probiótica reforça a hipótese de que o eixo intestino-cérebro pode influenciar o comportamento alimentar, um fator crucial no combate à obesidade.