PPG - História

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    Acesso aberto (Open Access)
    Represa Billings: saneamento básico e urbanização na região de São Bernardo do Campo e Ribeirão Pires (1925 – 1970)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-24) Ferraz, Horácio da Rocha; Jorge, Janes; http://lattes.cnpq.br/3847048096593932
    Esta dissertação investiga a história e os impactos socioambientais da Represa Billings, com foco nas regiões de São Bernardo do Campo e Ribeirão Pires, no período de 1925 a 1970. A construção da represa, iniciada em 1925, fez parte de um conjunto de obras de engenharia hidráulica destinadas a atender à crescente demanda por energia elétrica da cidade de São Paulo, que na época experimentava uma rápida expansão urbana e industrial. O estudo aborda a concepção, a execução e as consequências da criação da Represa Billings, analisando os efeitos tanto positivos quanto negativos sobre as comunidades locais e o meio ambiente. A pesquisa baseia se em fontes históricas, incluindo documentos oficiais, jornais da época e literatura acadêmica, além de referenciais teóricos sobre urbanização, desenvolvimento sustentável e história ambiental. Um dos principais objetivos desta dissertação é entender como a construção da represa alterou a dinâmica socioeconômica da região de São Bernardo do Campo e Ribeirão Pires. Predominantemente rurais antes disso, essas áreas passaram por uma transformação significativa com a chegada de novas indústrias e o aumento da urbanização. A pesquisa investiga como essas mudanças impactaram a vida cotidiana dos moradores, incluindo deslocamentos populacionais, alterações nas práticas agrícolas e a reconfiguração das relações sociais e econômicas
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    Acesso aberto (Open Access)
    A historiografia ambiental no Brasil: um olhar sobre os laboratórios de História e Meio Ambiente da Universidade Estadual Paulista e da Universidade Federal de Santa Catarina entre 2003 e 2020
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-30) Burato-Nascimento, Nathalia [Unifesp]; Jorge, Janes; http://lattes.cnpq.br/3847048096593932; http://lattes.cnpq.br/4300763244559752
    A História Ambiental brasileira conta com significativa produção de pesquisas acadêmicas, artigos, revistas especializadas, livros publicados e diálogo entre pesquisadores. São poucas as pesquisas, no entanto, que se dedicaram à compreensão da produção historiográfica ambiental brasileira. O objetivo desta dissertação é realizar um balanço historiográfico da produção acadêmica, entre os anos de 2003 e 2020, elaboradas no âmbito do Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental – LABIMHA, ligado ao Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina, Câmpus de Florianópolis e ao Laboratório de História e Meio Ambiente – LABHIMA, ligado Departamento de História, do Câmpus de Assis, da Universidade Estadual Paulista – Unesp. A partir da análise das fontes, indicamos as temáticas, abordagens teórico-metodológicas, obras de referência teórica e interpretativa dos trabalhos, de modo a delinear as características da produção na sua singularidade e no diálogo estabelecido com a consolidação da História Ambiental enquanto campo de pesquisa.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Nem santas, nem beatas: o fenômeno visionário e as mulheres laicas em Portugal do século XVII
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-27) Rodrigues, Victoria [Unifesp]; Lima, Luis Filipe Silvério; http://lattes.cnpq.br/1254684857020143; https://lattes.cnpq.br/0930204886923701
    Esta dissertação tem como objetivo analisar a experiência visionária de mulheres laicas condenadas pela Inquisição de Lisboa no século XVII. São investigados os casos de Monica Gomes (1660 - 1662), Maria de Macedo (1665 - 1667) Domingas Ferreira (1683 - 84) e Maria Ferreira (1683 - 1684) que, em comum, foram sentenciadas por fingimento. As experiências dessas mulheres podem ser entendidas a partir do fenômeno visionário e, além disso, segundo a sentença inquisitorial, seriam elas exemplos de santas fingidas. Ao analisar o visionarismo na Época Moderna, a historiografia destacou a predominância de personagens religiosas, sobretudo identificadas como beatas, entre os casos de fingimento de santidade condenados pelo Santo Ofício. Contudo, dentre os casos que sofreram tal destino, existem os de mulheres que não tinham uma ocupação religiosa, as quais tiveram as suas formulações quase que totalmente desconsideradas até aqui. Esta dissertação busca romper com essa tendência, propondo novos aspectos para a reflexão do fenômeno visionário entre mulheres e da avaliação inquisitorial de suas manifestações. Para isso, o trabalho investiga a formulação das experiências dessas personagens, suas possíveis referências, motivações e estratégias, assim como a avaliação inquisitorial de seus casos, pensando especialmente nas definições e qualificativos empregados pelos inquisidores. Assim, a dissertação oferece contribuições significativas para os estudos sobre a espiritualidade e religiosidade feminina em Portugal no período moderno.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Javiera Carrera e a construção do estado-nação no Chile: memória e representações biográficas (1862-1911)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-26) Nunes, Caroline Arantes e Silva; Vilardaga, José Carlos; 1838494280447174; https://lattes.cnpq.br/4096090986648247
    Esta dissertação tem como objetivo analisar a construção da memória de Javiera Carrera (1781- 1862) em representações biográficas referentes ao final do século XIX e primeira década do século XX e os seus usos na formação da identidade nacional chilena. Como recorte temporal, são utilizados os anos da primeira aparição pública e a última publicação, correspondendo, dessa forma, aos anos de 1862 a 1911. Com o fim das lutas pela independência e o início da formação do Estado Nacional, ocorreram lutas de representação, de construção da história nacional e da identidade nacional. São formulados e reformulados diversos projetos para a construção de um sentimento de pertencimento de uma comunidade, uma nação. Dessa forma, foram criadas comemorações cívicas, que por meio de espetáculos públicos criariam uma teatralidade nacional, estando inseridos nesses os heróis e heroínas da nação. Para essa trama nacional, o movimento e as lutas pela independência são considerados um momento de concepção do Chile republicano, e os heróis da independência seriam os pais fundadores. A partir de uma nascente historiografia que se propunha a narrar a história a partir de fatos e feitos militares e políticos, ocorreu o nascimento de um panteão cívico, que seria composto pelos “grandes homens”. As obras biográficas, nesse momento, se apresentariam como uma forma de tornar a história oficial mais próxima dos leitores. Por meio desse gênero, a história estaria presente, porém, o destaque seria a vida do biografado. No decorrer do século XIX e início do XX, foram escritas diversas obras que se propunham a retratar os heróis nacionais e homens ilustres. Entretanto, mesmo que não correspondendo ao mesmo número das obras referentes a figuras masculinas, também foram publicadas obras destinadas a mulheres ilustres. Entre estas, Javiera Carrera costuma ser descrita como uma figura de destaque. Mesmo que nessas obras Carrera tenha sido apresentada como a irmã de patriotas, nas biografias ela é retratada como uma mulher que esteve ativamente envolvida com o processo de independência chilena. Como exemplo de caridade e abnegação, como uma verdadeira matrona chilena. Nesse sentido, Javiera Carrera teria uma trajetória digna de ser apresentada às jovens chilenas através de obras biográficas, servindo, assim, de exemplo como uma patriota e mãe republicana.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Jornal Presença (1971): uma manufatura em circulação na imprensa underground brasileira na década de 70
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-30) Lucio, Amanda Costa Ferreira; Toledo, Maria Rita de Almeida; Ferla, Luis Antonio Coelho; http://lattes.cnpq.br/0174591208393017; http://lattes.cnpq.br/3414564900325538; http://lattes.cnpq.br/3202323802172421
    O jornal Presença, publicado em dois números no final de 1971, fez parte de uma série de publicações undergrounds que emergiram no início da década de 1970 no Brasil. Esses jornais fomentaram espaços de reflexão e divulgação das práticas relacionadas à contracultura, estimulando a criação de campos de atuação para uma comunidade de jornalistas, poetas, artistas, escritores e outros agentes, e a formação de um público leitor específico. Embora impresso no Rio de Janeiro e editado por Rubinho Gomes, Antonio Henrique Nitzsche e Joel Macedo, o jornal articulou um circuito envolvendo indivíduos de diversas regiões do país e do exterior. Esta dissertação também inaugura uma análise dedicada ao impresso, propondo, por meio da observação de sua arqueologia, uma leitura da contracultura fora de suas designações rígidas enquanto momento histórico, revisando sua proposta homogênea ao analisar uma atuação “contra a cultura” emergente no período dos anos de chumbo (1968-1972) da ditadura civil-militar brasileira, circunscrita aos fenômenos locais na apropriação das reverberações desse imaginário que chegavam de outros locais como referência. Na aproximação dos “artistas marginais”, vinculados à vanguarda e ao experimental, com as práticas contraculturais, identificou-se a articulação de uma nova sensibilidade que agenciou ambos imaginários, subvertendo a objetividade na reformulação da linguagem e das formas, enquanto também criticava a sociedade industrial. Essa prática foi reforçada pelo contato com outros grupos, publicações e referentes culturais de contextos geográficos variados, como Nova York e Londres, permitindo a apropriação de modelos editoriais da imprensa underground em uma rede de contatos transnacional que ampliou a circulação dessas fórmulas no Brasil. Para tanto, o estudo tomou como método analítico a materialidade enquanto forma produtora de sentido, o exame dos modelos de leitura, espaços de circulação e atuação dos intelectuais na mediação desses trânsitos culturais para identificar os referentes partilhados, assim como suas redes de sociabilidade, identificadas e examinadas a partir de correspondências, entrevistas e publicações na imprensa, de modo a investigar como suas representações atribuíram elementos para a elaboração da “imprensa subterrânea” brasileira como parte de uma rede que envolveu a circulação de sujeitos e impressos.