Nutrição
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Resposta glicêmica de diferentes tipos de ácidos graxos na dieta hiperlipídica e hipoglicídica na obesidade(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-19) Lima, Isadora Abruzzeze de [UNIFESP]; Pisani, Luciana Pellegrini [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3983527783636073; https://lattes.cnpq.br/2263435542981288; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal derivado de um desequilíbrio entre a energia ingerida e a energia gasta, fundamentado em hábitos alimentares e estilo de vida. Sua etiologia tem caráter multifatorial com influência de efeitos biológicos, fisiológicos, políticos, ambientais, socioeconômicos e territoriais. O acúmulo excessivo de gordura corporal pode comprometer a saúde dos indivíduos, acarretando prejuízos, tais como alterações metabólicas e diversas doenças associadas. Logo, o tratamento baseia-se no planejamento alimentar e no estabelecimento de práticas relacionadas à escolha dos alimentos, como a adequação do gasto energético e redução da ingestão energética que são incluídos e executados a longo prazo. Com o aumento da obesidade, estratégias nutricionais são desenvolvidas ao longo dos anos em busca de um tratamento alternativo e eficaz, dentre elas, destaca-se a dieta hipoglicídica e hiperlipídica popularmente conhecida como dieta low carb/high fat (LCHF). Esse modelo de dieta apresenta desafios em relação à adesão, uma vez que os alimentos restritos são comumente consumidos na dieta ocidental. Pode-se dizer que a LCHF promove a melhora da resistência à insulina e o perfil inflamatório na obesidade, mas esses resultados são associados a perda de peso, portanto são necessários maiores estudos a fim de entender sua eficácia. Os ácidos graxos benéficos no perfil glicêmico na obesidade são o poli-insaturado ômega 3 e monoinsaturado ômega 9, uma vez que demonstraram resultados positivos no índice glicêmico, índices de glicose sérica em jejum, resistência à insulina, melhora do colesterol, lipogênese hepática e redução do estado pró inflamatório presente na obesidade. O ácido graxo ômega 6 demonstra estabilidade nos índices estudados, sem significativas alterações. Maiores estudos são necessários de forma isolada e comparativa com outros ácidos graxos, para entender a função dos ácidos graxos saturados no perfil glicêmico da obesidade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Uma refeição colorida tem melhor qualidade? Avaliação das cores, variedade de grupos alimentares e qualidade da dieta a partir do registro fotográfico de refeições nas 5 macrorregiões do Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-28) Collin, Lucca Martins [UNIFESP]; Steluti, Josiane [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7274726142793366; http://lattes.cnpq.br/4991055149421606; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A má alimentação é um dos importantes fatores associados à ocorrência de doenças. Uma das recomendações para melhorar a qualidade da dieta é diversificar a composição das refeições. Ao diversificar os alimentos observa-se uma refeição colorida decorrente, principalmente, de compostos bioativos com propriedades específicas benéficas à saúde. Objetivo: Avaliar a variedade de alimentos, cores e qualidade das refeições da dieta dos brasileiros a partir do registro fotográfico de refeições. Métodos: Foram avaliados os registros fotográficos do almoço e jantar de voluntários adultos, das cinco macrorregiões do Brasil. Para esse projeto foi possível a avaliação de 1049 fotos dos grupos alimentares e cores; cada foto foi analisada em detalhe, os alimentos identificados e, posteriormente, organizados em grupos de alimentos e a cor ou cores predominantes desses alimentos foram registradas. Foram conduzidas análises descritivas para apresentação dos grupos de alimentos, cores e caracterização da amostra de fotos. Explorou-se as diferenças entre quantidade de grupos de alimentos e variáveis demográficas por meio do teste Qui-quadrado (X²). A correlação de Pearson foi realizada para investigar a relação entre número de grupos de alimentos (variedade), frequência de cores registradas nas fotos e qualidade da refeição. Resultados: Observa-se que os grupos de alimentos mais frequentes foram cereais (81,3%) e legumes (63,2%). Na avaliação da variedade dos alimentos e cores presentes nas fotos das refeições, observa-se que a maioria das fotos possuía entre 4 e 5 grupos de alimentos (54,9%) diferentes nas refeições e 56,3% das fotos enviadas tinham entre 4 e 5 até cinco cores diferentes no pratoSer do sexo feminino e idoso esteve associado a maior variedade de alimentos nas refeições. Ao investigar a relação da quantidade de grupos de alimentos, cores e pontuação do IQR-foto, todos apresentaram correlação significante e positiva, ou seja, quanto maior a quantidade de grupos de alimentos, maior a quantidade de cores e qualidade da refeição. Conclusão: A condição de variedade de cor esteve associada a maior variedade dos grupos de alimentos e melhor qualidade nas refeições.
- ItemEmbargoEstudo da prematuridade no município de Santos: aspectos da saúde das mulheres(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-25) Cardoso, Ingrid Oliveira [UNIFESP]; Devincenzi, Macarena Urrestarazu [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9369073345790021; https://lattes.cnpq.br/1659968538146706; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A prematuridade atravessa a realidade mundial como uma problemática que deve ser tratada como uma questão de saúde pública dentro do país e mundo afora. O parto pré-termo apresenta diversos fatores de risco que estão ligados à saúde da mulher e a maioria deles requer um cuidado maior durante a realização do pré-natal. Esta pesquisa tem como objetivo central a caracterização da saúde das mulheres que tiveram partos prematuros no município de Santos com a finalidade de identificar aspectos que podem ser fatores de risco para a prematuridade, com destaque para a Zona Noroeste, uma região de alta vulnerabilidade social. O estudo apresenta caráter quantitativo e qualitativo e avaliou os dados da Seção de Vigilância à Mortalidade Materno Infantil (SEVIG MMI) do município de Santos/SP, informações do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc), todos estes referentes aos anos de 2022 e 2023, além de analisar os prontuários eletrônicos das mulheres residente na Zona Noroeste durante o período gestacional. Entre os principais achados, identificaram-se que hipertensão, diabetes gestacional, sífilis e condições socioeconômicas desfavoráveis são fatores relacionados aos partos prematuros. Embora a maioria das gestantes tenha aderido ao pré-natal, percebeu-se a necessidade de melhorar a qualidade da assistência, principalmente no uso do cartão da gestante para identificar e encaminhar casos de alto risco. Conclui-se que uma assistência pré-natal mais abrangente e intergada é crucial para mitigar esses fatores de risco e reduzir as taxas de prematuridade.
- ItemEmbargoAcompanhamento de crianças nascidas prematuras: estudo em região de vulnerabilidade no município de Santos(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-27) Almeida, Ellen de Oliveira e [UNIFESP]; Devincenzi, Macarena Urrestarazu [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9369073345790021; https://lattes.cnpq.br/6638826766584498; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A prematuridade é caracterizada como uma situação de vulnerabilidade para a saúde e desenvolvimento infantil e quando associada a desigualdades socioeconômicas exige atenção diferenciada pelo sistema de saúde. Objetivo: Analisar o cuidado pós natal de prematuros nascidos em 2022 e 2023, em região de vulnerabilidade do município de Santos. Método: Estudo descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, com informações do Programa Recém Nascido de Risco, SEVIG MMI (Mortalidade Materno Infantil) do município de Santos. Foram analisadas informações dos prematuros extremos e muito prematuros (entre 21 e 32 semanas) nascidos nos anos de 2022 e 2023, com ênfase nas famílias da zona noroeste, região de elevada vulnerabilidade. Analisaram-se as Declarações de nascidos vivos (DNV), as Declaração de óbito (DO), os prontuários eletrônicos e dados do Programa Recém-Nascido de Risco. Foram levantadas informações da família, mãe e do bebê, como dados do pré-natal, tipo de parto, internação na UTI neonatal, consultas, encaminhamentos e imunização; além de conversas com os profissionais que acompanham os prematuros no CER II (Centro Especializado em Reabilitação). E realizaram-se entrevistas com cinco responsáveis pelos prematuros. Foi feita análise descritiva dos dados fornecidos pela SEVIG MMI e o conteúdo das entrevistas foi analisado com abordagem qualitativa. Resultados: No ano de 2022 nasceram 476 prematuros em Santos, desses 114 da zona noroeste, sendo 18 com <32 semanas. Em 2023 nasceram 424 prematuros em Santos, 105 na zona noroeste, sendo 16 com <32 semanas. Foi observado que a maioria dos óbitos infantis estão relacionados à prematuridade, entre os anos de 2022 e 2023 foram 49 óbitos de nascidos prematuros (81,6%) dos óbitos infantis do município. Dos óbitos registrados nos anos de abrangência do estudo 55,5% tem como uma das causas do óbito a síndrome do desconforto respiratório. Identificou-se entre prematuros da Zona noroeste que as doenças de maiores intercorrências são em sua grande maioria do trato respiratório, como a bronquiolite, broncopneumonia e pneumonia. Observou-se calendário vacinal em atraso. Considerações finais: A alta taxa de morbimortalidade desses bebês exige um acompanhamento cuidadoso, com alta responsável e transição eficiente para outros serviços de saúde. A análise dos prontuários revelou a falta de informações completas e a baixa adesão aos calendários vacinais. O contato com as famílias permitiu compreender as dificuldades e demandas no cuidado de prematuros, demonstrando a importância da implementação de políticas públicas e suporte social às famílias, com o objetivo de garantir o desenvolvimento saudável e a qualidade de vida desses bebês e suas famílias.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da exposição prolongada de células microgliais (BV-2) e hipotalâmicas (mHypoA-2/12) ao ácido graxo saturado palmitato: uma simulação in vitro da exposição do sistema nervoso à uma dieta hiperlipídica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-18) Mota, Isabela Regina [UNIFESP]; Silva, Cristiano Mendes da [UNIFESP]; Dias, Clarissa Tavares [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8701131899270187; http://lattes.cnpq.br/7868915353525184; https://lattes.cnpq.br/8618422507894644; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O consumo em larga escala de dietas hiperlipídicas é um fator de risco para o desenvolvimento de obesidade. O excesso de ácidos graxos saturados nessas dietas ativa vias inflamatórias e eleva o estresse oxidativo. No sistema nervoso central (SNC) esse processo pode causar morte neural em diferentes regiões do encéfalo, gerando alterações cognitivas e comportamentais. Objetivo: O principal objetivo deste trabalho é analisar o efeito da exposição de linhagens de células microgliais e hipotalâmicas a uma baixa concentração de palmitato a médio prazo, sobre vias relacionadas à inflamação. Métodos: Foram usadas células BV-2 (micróglias) e mHypoA (células hipotalâmicas adultas). Após o teste de viabilidade celular (MTT), foi selecionada a concentração de 25 µM para o protocolo. Ambas as linhagens foram expostas ao palmitato (25 µM), com um grupo controle paralelo. Após 10 dias, a secreção de citocinas (IL-1B, interferon gamma, TNF-α, IL-10, IL-6 e IL-4) foi analisada no meio de cultura via ELISA. Resultados: A exposição ao palmitato reduziu significativamente a viabilidade celular nas células BV-2 (50 µM) e mHypoA (100 µM). Analisando o meio de cultura das células expostas ao palmitato (25 µM), as células BV-2 mostraram aumento de IL-6 e redução de TNF-α, enquanto as mHypoA apresentaram apenas aumento de IL-6.Conclusão: O modelo proposto se mostrou efetivo na indução de marcadores pró-inflamatórios nas linhagem de células estudadas, porém, é necessário levar em conta a dinâmica de secreção das diferentes citocinas na análise dos resultados.