Terapia antiadesão para crise vaso-oclusiva em doença falciforme : revisão sistemática
Data
2017-11-24
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Objective: To evaluate the efficacy and safety of anti-adhesion agents in the management of painful crises in patients with sickle cell disease. Methods: Systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials according to the Cochrane methodology. Participants: individuals with sickle cell disease. Intervention: the following anti-adhesion therapies were considered for inclusion of the study - rivipansel, crizanlizumab, propranolol, poloxamer, pentosan polysulfate sodium, glycosylation inhibitors, anti-p-selectin aptamers and MEK inhibitors. Comparison: standard treatment, placebo or no treatment. Outcomes: rate of painful crisis, duration of the crisis in hospitalized patients, pain intensity, opioid consumption, biomarkers of endothelial activation and adverse effects. Results: We found four studies with a total of 584 participants (children and adults of both sexes) who tested the active drug compared to placebo. Three studies (rivipansel phase II and poloxamer phase II and III) evaluated the effect of the medication as an abortive treatment of the painful crisis. The study poloxamer phase II was described only in a narrative way since the results provided did not allow to perform meta-analysis. This study (high risk of bias) reported a significant reduction in the pain score for the poloxamer arm, but there was no significant difference in the duration of the crisis and opioid use. On the other hand, the studies rivipansel phase II and poloxamer phase III (low risk of bias for both) were combined in meta-analysis. Regarding the duration of the crisis and the intensity of pain, the meta-analysis between the two studies did not show a significant difference between the intervention and placebo groups. At last, the study crizanlizumab tested the drug for prevention of painful crises. This study (198 participants) was considered as low risk of bias, and showed that the annual rate of painful crisis was significant lower (reduction of 62.9%) in the high-dose crizanlizumab group compared to placebo. None of the included studies evaluated the biomarkers of endothelial activation. Adverse effects were, in general, similar between active drugs and placebo groups. Conclusion: Current evidence is insufficient to recommend anti-adhesion agents for manage painful crisis of individuals with sickle cell disease.
Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança de medicações antiadesão no manejo de crises dolorosas de pacientes com doença falciforme Métodos: Revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados segundo a metodologia Cochrane. Participantes: indivíduos com doença falciforme. Intervenção: foram consideradas as seguintes terapias antiadesão para inclusão do estudo - rivipansel, crizanlizumab, propranolol, poloxamer, pentosano polissulfato sódico, inibidores de glicosilação, aptâmeros anti-p-selectina e inibidores de MEK. Comparação: tratamento padrão, placebo ou nenhum tratamento. Desfechos: taxa de crise dolorosa, duração da crise em pacientes hospitalizados, intensidade da dor, consumo de opioide, biomarcadores de ativação endotelial e efeitos adversos. Resultados: Foram encontrados quatro estudos com total de 584 participantes (crianças e adultos de ambos os sexos) que testaram a droga ativa em comparação ao placebo. Três estudos (rivipansel fase II e poloxamer fase II e III) avaliaram o efeito da medicação como tratamento abortivo da crise dolorosa. O estudo poloxamer fase II foi descrito apenas de forma narrativa já que os resultados fornecidos impossibilitaram sua inclusão na metanálise. Esse estudo (alto risco de viés) relatou redução significativa no escore de dor para o braço poloxamer, porém, não teve diferença significativa na duração da crise e no consumo de opioides. Já os estudos rivipansel fase II e poloxamer fase III (baixo risco de viés para ambos) foram combinados em metanálise. Em relação a duração da crise e a intensidade da dor, a metanálise não demonstrou diferença significativa entre os grupos intervenção e placebo. Por último, o estudo crizanlizumab testou a medicação na prevenção das crises dolorosas. Esse estudo foi considerado como baixo risco de viés, envolveu 198 participantes e demonstrou que a taxa anual de crise dolorosa foi significativamente menor (redução de 62,9%) no grupo crizanlizumab (alta dose) em comparação ao placebo. Nenhum dos estudos incluídos avaliou os biomarcadores de ativação endotelial. No geral, a incidência de efeitos adversos entre os grupos intervenção e placebo foi semelhante. Conclusão: Evidência atual é insuficiente para recomendar medicações antiadesão no controle da crise dolorosa dos indivíduos com doença falciforme.
Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança de medicações antiadesão no manejo de crises dolorosas de pacientes com doença falciforme Métodos: Revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados segundo a metodologia Cochrane. Participantes: indivíduos com doença falciforme. Intervenção: foram consideradas as seguintes terapias antiadesão para inclusão do estudo - rivipansel, crizanlizumab, propranolol, poloxamer, pentosano polissulfato sódico, inibidores de glicosilação, aptâmeros anti-p-selectina e inibidores de MEK. Comparação: tratamento padrão, placebo ou nenhum tratamento. Desfechos: taxa de crise dolorosa, duração da crise em pacientes hospitalizados, intensidade da dor, consumo de opioide, biomarcadores de ativação endotelial e efeitos adversos. Resultados: Foram encontrados quatro estudos com total de 584 participantes (crianças e adultos de ambos os sexos) que testaram a droga ativa em comparação ao placebo. Três estudos (rivipansel fase II e poloxamer fase II e III) avaliaram o efeito da medicação como tratamento abortivo da crise dolorosa. O estudo poloxamer fase II foi descrito apenas de forma narrativa já que os resultados fornecidos impossibilitaram sua inclusão na metanálise. Esse estudo (alto risco de viés) relatou redução significativa no escore de dor para o braço poloxamer, porém, não teve diferença significativa na duração da crise e no consumo de opioides. Já os estudos rivipansel fase II e poloxamer fase III (baixo risco de viés para ambos) foram combinados em metanálise. Em relação a duração da crise e a intensidade da dor, a metanálise não demonstrou diferença significativa entre os grupos intervenção e placebo. Por último, o estudo crizanlizumab testou a medicação na prevenção das crises dolorosas. Esse estudo foi considerado como baixo risco de viés, envolveu 198 participantes e demonstrou que a taxa anual de crise dolorosa foi significativamente menor (redução de 62,9%) no grupo crizanlizumab (alta dose) em comparação ao placebo. Nenhum dos estudos incluídos avaliou os biomarcadores de ativação endotelial. No geral, a incidência de efeitos adversos entre os grupos intervenção e placebo foi semelhante. Conclusão: Evidência atual é insuficiente para recomendar medicações antiadesão no controle da crise dolorosa dos indivíduos com doença falciforme.