Fatores prognósticos no tratamento das lesões traumáticas arteriais fêmoro-poplíteas em um centro de trauma brasileiro
Data
2020-11-26
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: Despite significant outcome improvements seen after traumatic arterial limb injuries, they still remain a significant cause of limb loss and mortality. This study sought to identify predictors of mortality and major amputation for patients undergoing revascularization after femoropopliteal arterial trauma. Methods: This is a retrospective review of an institutional Vascular Trauma Registry from an urban trauma center in Brazil. All patients with an arterial femoropopliteal injury admitted to our hospital from November 2012 to December 2017 who underwent a vascular reconstruction were included. Univariate analyses followed by logistic regression analyses were performed to identify factors independently associated with the primary outcomes of amputation and mortality. Results: Ninety-six patients with vascular reconstructions were included. They had on average, 27 years old. The RTS was, on average, 7.152. The ISS was, on average, 15. 11 patients (11.5%) had amputation and 14 (14.6%) died. In the logistic regression model for amputation, was observed that patients with ischemia time greater than 6 hours presented approximately 10 times more chance of amputation than those with ischemia time equal or less than 6 hours (CI95%: 1,2 to 79,9). With each increase of one unit in the RTS, the chance of the patient having an amputation reduces 43% (CI95%: 2 a 96%). Logistic regression model for mortality, revealed that patients with ischemia time greater than 6 hours had approximately 6 times more chance of mortality than those with ischemia time equal to or less than 6 hours (CI95%: 1,26 to 24,77). Patients presented with hemodynamic instability were approximately 9 times more likely to die than those with hemodynamic stability (CI95%: 2,36 a 36,67). Each increase of one unit in the ISS, the chance of death increases by 14% (CI95%: 3 to 26%). Conclusion: Ischemic time, physiological status on admission and trauma scores are important risk factors to be considered in limb revascularization of patients with femoropopliteal arterial trauma. Local protocols must be established to guide the best treatment for these patients.
Introdução: Apesar das melhorias significativas nos resultados observados após lesões arteriais traumáticas de membros, estas ainda permanecem como uma causa significativa de perda de membros e mortalidade. Este estudo buscou identificar preditores de mortalidade e amputações maiores em pacientes submetidos a revascularização após trauma arterial fêmoro-poplíteo. Métodos: Esta é uma revisão retrospectiva de um Registro de Trauma Vascular institucional de um centro urbano de trauma no Brasil. Todos os pacientes com lesão arterial fêmoro-poplítea internados em nosso hospital de novembro de 2012 a dezembro de 2017 que foram submetidos a reconstrução vascular foram incluídos. Análises univariadas seguidas de análises de regressão logística foram realizadas para identificar fatores independentemente associados com os resultados primários de amputação e mortalidade. Resultados: Noventa e seis pacientes com reconstruções vasculares foram incluídos. Eles tinham, em média, 27 anos. O RTS foi, em média, de 7,152. O ISS foi, em média, de 15. 11 pacientes (11,5%) tiveram amputação e 14 (14,6%) morreram. No modelo de regressão logística para amputação, observou-se que pacientes com tempo de isquemia maior que 6 horas apresentaram aproximadamente 10 vezes mais chance de amputação do que aqueles com tempo de isquemia igual ou menor que 6 horas (IC95%: 1,2 a 79,9). A cada aumento de uma unidade no RTS, a chance de o paciente amputar diminui 43% (IC95%: 2 a 96%). O modelo de regressão logística para mortalidade revelou que pacientes com tempo de isquemia maior que 6 horas tinham aproximadamente 6 vezes mais chance de mortalidade do que aqueles com tempo de isquemia igual ou menor que 6 horas (IC95%: 1,26 a 24,77). Pacientes com instabilidade hemodinâmica tiveram aproximadamente 9 vezes mais chance de morrer do que aqueles com estabilidade hemodinâmica (IC95%: 2,36 a 36,67). A cada aumento de uma unidade no ISS, a chance de óbito aumenta em 14% (IC95%: 3 a 26%). Conclusão: O tempo isquêmico, o estado fisiológico na admissão e os escores de trauma são importantes fatores de risco a serem considerados na revascularização do membro de pacientes com trauma arterial fêmoro-poplíteo. Protocolos locais devem ser estabelecidos para orientar o melhor tratamento para esses pacientes.
Introdução: Apesar das melhorias significativas nos resultados observados após lesões arteriais traumáticas de membros, estas ainda permanecem como uma causa significativa de perda de membros e mortalidade. Este estudo buscou identificar preditores de mortalidade e amputações maiores em pacientes submetidos a revascularização após trauma arterial fêmoro-poplíteo. Métodos: Esta é uma revisão retrospectiva de um Registro de Trauma Vascular institucional de um centro urbano de trauma no Brasil. Todos os pacientes com lesão arterial fêmoro-poplítea internados em nosso hospital de novembro de 2012 a dezembro de 2017 que foram submetidos a reconstrução vascular foram incluídos. Análises univariadas seguidas de análises de regressão logística foram realizadas para identificar fatores independentemente associados com os resultados primários de amputação e mortalidade. Resultados: Noventa e seis pacientes com reconstruções vasculares foram incluídos. Eles tinham, em média, 27 anos. O RTS foi, em média, de 7,152. O ISS foi, em média, de 15. 11 pacientes (11,5%) tiveram amputação e 14 (14,6%) morreram. No modelo de regressão logística para amputação, observou-se que pacientes com tempo de isquemia maior que 6 horas apresentaram aproximadamente 10 vezes mais chance de amputação do que aqueles com tempo de isquemia igual ou menor que 6 horas (IC95%: 1,2 a 79,9). A cada aumento de uma unidade no RTS, a chance de o paciente amputar diminui 43% (IC95%: 2 a 96%). O modelo de regressão logística para mortalidade revelou que pacientes com tempo de isquemia maior que 6 horas tinham aproximadamente 6 vezes mais chance de mortalidade do que aqueles com tempo de isquemia igual ou menor que 6 horas (IC95%: 1,26 a 24,77). Pacientes com instabilidade hemodinâmica tiveram aproximadamente 9 vezes mais chance de morrer do que aqueles com estabilidade hemodinâmica (IC95%: 2,36 a 36,67). A cada aumento de uma unidade no ISS, a chance de óbito aumenta em 14% (IC95%: 3 a 26%). Conclusão: O tempo isquêmico, o estado fisiológico na admissão e os escores de trauma são importantes fatores de risco a serem considerados na revascularização do membro de pacientes com trauma arterial fêmoro-poplíteo. Protocolos locais devem ser estabelecidos para orientar o melhor tratamento para esses pacientes.