Mar À Venda: Pescadores E Turismo No "Piauí Novo" (Anos 1970)
Data
2017-05-29
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The present work has the objective of investigating the daily life of workers from the beach of Pedra do Sal, in Parnaíba, on the coast of Piauí, during the 1970s. This community was and it is still formed mainly by marine fishermen which during the studied period, was part of a tourism project headed by the state. It was understood as an opportunity that would bring development to the municipality, the so-called "industry without chimneys" was widely explored in notes, headlines and articles of newspapers circulated in this time in Parnaíba. In these texts the natural landscape of the Parnaiba beach, the demands that the place needed for the development of the tourist activity, as well as some interventions from the government in order to make the beach more urban. These themes circulated in the newspapers in the early 1970s and echoed through the first half of it. What draws the attention is that between these debates and portraits of Pedra do Sal, fishermen and other workers did not participate in this image, on the contrary, they were no seen and had no participation. In order to understand the daily life of the inhabitants of Pedra do Sal in these years, the Oral History was used as a methodological tool. Using two genres of oral history: life and thematic, it was possible through the narratives to; understand the world view of the workers of the locality in question; the way that their identities were built; the way they struggled against material poverty during the period studied and evaluate what directions the tourism project brought to the beach dwellers. With the purpose of analyzing the various speeches and political interests on the pages of the newspapers about the community of Pedra do Sal, were used the copies of the newspapers that circulated in Parnaíba and that are accessible and preserved, they are: Folha do Litoral, Norte do Piauí, Jornal Inovação and A Libertação.
O presente trabalho tem por objetivo investigar o cotidiano de trabalhadores da praia de Pedra do Sal, em Parnaíba, no litoral do Piauí, durante os anos 1970. Esta comunidade era e ainda é formada majoritariamente por pescadores marítimos e durante o período estudado, foi alvo de um projeto turístico encabeçado pelo Estado. Entendida como oportunidade que traria desenvolvimento para o município, a chamada “indústria sem chaminés” era largamente explorada em matérias, notas, manchetes e artigos de jornais circulados nesta época em Parnaíba. Aparecia nestes textos a paisagem natural da praia parnaibana, as demandas que o lugar necessitava para o desenvolvimento da atividade turística, bem como algumas intervenções do poder público a fim de tornar a praia mais urbana. Estes temas foram veiculados nos jornais no início da década de 1970 e ecoados até a primeira metade da seguinte. O que chama atenção é que em meio a esses debates e retratos de Pedra do Sal, os pescadores e demais trabalhadores não participavam desta imagem, pelo contrário, eram indivíduos invisibilizados. A fim de compreender o cotidiano dos habitantes de Pedra do Sal nestes anos, foi empregada a História Oral como ferramenta metodológica. Utilizando dois gêneros de história oral: a de vida e a temática, foi possível, por meio das narrativas, compreender a visão de mundo dos trabalhadores da localidade em questão; a forma que construíam suas identidades; a maneira que lutavam contra a pobreza material durante o período estudado e avaliar quais os sentidos que o projeto turístico trouxe para os moradores da praia. Já com o fito de analisar os vários discursos e interesses políticos nas folhas dos jornais sobre a comunidade de Pedra do Sal, foram utilizados os exemplares dos jornais que circulavam em Parnaíba e que se encontram acessíveis e preservados, sendo eles: Folha do Litoral, Norte do Piauí, Jornal Inovação e A Libertação.
O presente trabalho tem por objetivo investigar o cotidiano de trabalhadores da praia de Pedra do Sal, em Parnaíba, no litoral do Piauí, durante os anos 1970. Esta comunidade era e ainda é formada majoritariamente por pescadores marítimos e durante o período estudado, foi alvo de um projeto turístico encabeçado pelo Estado. Entendida como oportunidade que traria desenvolvimento para o município, a chamada “indústria sem chaminés” era largamente explorada em matérias, notas, manchetes e artigos de jornais circulados nesta época em Parnaíba. Aparecia nestes textos a paisagem natural da praia parnaibana, as demandas que o lugar necessitava para o desenvolvimento da atividade turística, bem como algumas intervenções do poder público a fim de tornar a praia mais urbana. Estes temas foram veiculados nos jornais no início da década de 1970 e ecoados até a primeira metade da seguinte. O que chama atenção é que em meio a esses debates e retratos de Pedra do Sal, os pescadores e demais trabalhadores não participavam desta imagem, pelo contrário, eram indivíduos invisibilizados. A fim de compreender o cotidiano dos habitantes de Pedra do Sal nestes anos, foi empregada a História Oral como ferramenta metodológica. Utilizando dois gêneros de história oral: a de vida e a temática, foi possível, por meio das narrativas, compreender a visão de mundo dos trabalhadores da localidade em questão; a forma que construíam suas identidades; a maneira que lutavam contra a pobreza material durante o período estudado e avaliar quais os sentidos que o projeto turístico trouxe para os moradores da praia. Já com o fito de analisar os vários discursos e interesses políticos nas folhas dos jornais sobre a comunidade de Pedra do Sal, foram utilizados os exemplares dos jornais que circulavam em Parnaíba e que se encontram acessíveis e preservados, sendo eles: Folha do Litoral, Norte do Piauí, Jornal Inovação e A Libertação.