Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros

Data
2011-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To review perinatal factors associated with a growth deficit in preterm infants at a corrected age of one year. METHODS: Cohort study of preterm infants with a birth weight < 2,000 g. Percentiles and Z scores of body weight (W/A), length (L/A) and head circumference (HC/A) at one year of corrected age were calculated by using the Centers for Disease Control and Prevention curves. RESULTS: Among 303 preterm infants, the frequencies of measures below the 10th percentile (P10) and Z scores -2 were 43.2% and 24.4% for W/A, 22.1% and 8.6% for L/A and 15.8% and 4.6% for HC/A, respectively. Logistic regression analyses showed factors associated with higher odds for W/A < P10 were resuscitation at birth (1.8 times) and small for gestational age infants (3.0 times). In infants rated as small at full-term postconceptual age, the odds for W/A < P10 were 4.0 times as high in those with a birth weight between 1,000 and 1,499 g and 3.5 times as high in those > 1,500 g. As birth length was reduced, the odds for L/A < P10 increased, but this was not associated with birth weight. The odds for HC/A < P10 were 2.5 times as high in small for gestational age infants. In infants with a body weight < 1,000 g, the odds for HC/A < P10 were 4.4 times higher, compared with those between 1,000 g and 1,499 g and 5.3 times higher if compared with those > 1,500 g. CONCLUSION: At a corrected age of one year, preterm infants with a birth weight < 2,000 g were found with high growth deficits frequencies, and associated factors were variable, depending on the analyzed deficit, with intrauterine and postnatal growth restriction being outstanding predictors.
OBJETIVO: Analisar fatores perinatais associados a déficit de crescimento em prematuros com 1 ano de idade corrigida. MÉTODOS: Estudo de coorte de prematuros com peso ao nascer < 2.000 g. Calcularam-se os percentis e escores Z de peso (P/I), comprimento (C/I) e perímetro cefálico (PC/I) com 1 ano de idade corrigida, utilizando a curva do Centers for Disease Control and Prevention. RESULTADOS: Entre 303 prematuros, as frequências de medidas abaixo do percentil 10 (P10) e de -2 escores Z foram, respectivamente, 43,2% e 24,4% de P/I, 22,1% e 8,6% de C/I e 15,8% e 4,6% de PC/I. A análise de regressão logística mostrou que fatores associados à maior chance de P/I < P10 foram reanimação ao nascimento (1,8 vez) e pequeno para a idade gestacional (3,0 vezes). Nas crianças classificadas como pequenas na idade pós-conceptual de termo, a chance de P/I < P10 foi 4,0 vezes maior naquelas com peso ao nascer entre 1.000 g e 1.499 g e 3,5 vezes maior naquelas > 1.500 g. A chance de C/I < P10 aumentou com a diminuição do comprimento ao nascer, mas não associou ao peso ao nascer. A chance de PC/I < P10 foi 2,5 vezes maior nas crianças pequenas para a idade gestacional. Nas crianças com peso < 1.000 g, a chance de PC/I < P10 foi 4,4 vezes maior quando comparadas àquelas entre 1.000 g e 1.499 g e 5,3 vezes maior quando comparadas àquelas > 1.500 g. CONCLUSÃO: Com 1 ano de idade corrigida, prematuros nascidos com peso < 2.000 g apresentaram frequências elevadas de déficits de crescimento, e os fatores associados variaram com o déficit analisado, destacando-se a restrição de crescimento intrauterino e pós-natal.
Descrição
Citação
GOULART, Ana Lucia; MORAIS, Mauro Batista de; KOPELMAN, Benjamin Israel. Impacto dos fatores perinatais nos déficits de crescimento de prematuros. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 57, n. 3, p. 272-279, jun. 2011
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