Consumo alimentar e estado nutricional de adolescentes matriculados em escolas da rede particular e estadual do bairro de Vila Mariana, São Paulo
Data
1999
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
A adolescência é uma etapa evolutiva caracterizada por intensas transformações biológicas, psicológicas e sociais que influenciam no comportamento alimentar. Por todas essas transformações o adolescente torna-se permeável a preferências alimentares que podem acarretar hábitos alimentares inadequados e deficiências nutricionais. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi investigar o padrão alimentar de adolescentes, em relação à influência das condições socioeconômicas, do sexo e do grupo etário. Pesquisou-se 724 adolescentes provenientes de escola particular (316) e estadual (408), agrupados de acordo com o sexo e segundo os grupos etários de 10 a 12 anos, de 13 a 15 anos e de 16 a 19 anos. Realizou-se avaliação antropométrica, classificando-se o estado nutricional de acordo com o índice de Massa Corporal (IMC). A investigação do hábito alimentar foi realizada utilizando o inquérito do Dia Alimentar Habitual e Freqüência do Consumo de Alimentos. A prevalência de obesidade foi de 12,0 por cento e 24,2 por cento para o sexo feminino e masculino, respectivamente, em adolescentes da escola particular e, de 17,7 por cento para o sexo feminino e 15,8 por cento para o sexo masculino da escola estadual. Os resultados quanto à inadequação do consumo de proteína não apresentaram diferenças entre sexo, faixa etária e nível socioeconômico tendo, de forma geral, prevalência menor que 5 por cento para todos os grupos de adolescentes. Quanto à energia, em torno de 30 por cento de todos os grupos estudados apresentaram consumo abaixo do recomendado e, apenas os adolescentes do sexo masculino, de 16 a 19 anos, da escola estadual apresentaram maior inadequação de consumo em relação aos adolescentes da escola particular (p 100 mmol/l), atingiram percentuais de 3 por cento e 47 por cento respectivamente. A proporção (63,8 por cento) das soluções preparadas com a colher-medida preconizada pelo Ministério da Saúde que apresentou concentração de sódio dentro dos limites de segurança foi estatisticamente maior (p < O,01) do que as preparadas com outros tipos de medidas (33,3 por cento). O nível socioeconômico, a escolaridade materna e o número de filhos menores de cinco anos não mostraram diferença estatisticamente significante quando relacionamos estes fatores com a indicação, freqüência de administração da solução, quantidade dos ingredientes, tipos de medidas utilizadas e concentração de sódio nas soluções analisadas. Sendo assim, considerando os
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1999. 265 p. ilustabgraf.